“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Assim termina uma das fábulas de Esopo, ao comparar os instintos de sobrevivência de uma raposa e de um gato. A moral é que analisar demais nossas opções pode ser improdutivo ou, até mesmo, perigoso.
Nos dias de hoje, com a constante enxurrada de informações da mídia e suas atualizações pela Internet, em tempo real, o esforço para escolher e decidir sabiamente tende a aumentar. Existe um nome para isso: paralisia analítica. De forma simplista, quando pessoas e empresas analisam demais uma situação (como a raposa na fábula), a tendência é que os assuntos se tornem desnecessariamente complicados. A produtividade e o progresso podem ficar paralisados. Ao invés de, em algum ponto, as pessoas começarem a fazer algo com as informações, recursos e tempo disponível que têm em mãos, elas desperdiçam seu tempo e, no processo, perdem potenciais ganhos e oportunidades.
“Com tanta informação, as decisões que as pessoas tomam fazem cada vez menos sentido”, diz a professora Angelika Dimoka, uma neurocientista da Universidade Temple, na Filadélfia, EUA. A revista Newsweek conta como ela e seus colegas estudaram a atividade cerebral na tentativa de explicar o que está acontecendo (ver: www.thedailybeast.com/ newsweek/2011/02/27/i-can-t-think, html). Existe até um campo de estudos conhecido como “survival psychology" (psicologia da sobrevivência), que examina o que torna algumas pessoas capazes de se orientar de forma clara diante da indecisão paralisante, durante situações de emergência e crises.
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