Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O efeito do bem no planeta

Da edição de abril de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã


Os ensinamentos da Ciência Cristã nos levam a encontrar consolo, confiança e conforto em todas as circunstâncias, inclusive em calamidades públicas. A Ciência Cristã explicita o poder benéfico do Cristo, vivo e atemporal, que atua na consciência e se expressa na humanidade em forma de união de esforços, solidariedade, superação e força para reconstruir! A espiritualidade é imanente e natural ao ser e, ao de- senvolvê-la, encontramos infinitas maneiras de expressar o Cristo.

O pensamento puro pode nos levar a uma ação de bondade ou compaixão para com nosso próximo, assim como nos possibilita ver a natureza harmoniosa. Ao aprofundarmos nossos conhecimentos a respeito de Deus, compreendemos que a manifestação do poder do Espírito é natural, e entendemos como foi possível para Cristo Jesus realizar obras maravilhosas. A força do Cristo é o efeito constante e sanador da consciência do bem, da realidade espiritual e divina, ativa e disponível a todos; seu efeito salutar e harmonioso não compactua com o caos, com o acaso nem com tragédias.

Esta revista, fundada por Mary Baker Eddy há 109 anos, publica artigos e depoimentos que comprovam o poder prático da espiritualidade, o efeito sanador da oração no bem-estar individual e coletivo, e nossa interação harmoniosa com a natureza. Ao ler os casos de como a graça divina se manifestou e trouxe cura, paz, saúde e harmonia para os autores há uma conexão com o poder e o amor do Princípio criador por toda a sua criação, e sentimos que “tudo o que abençoa um, abençoa todos” (ver Ciência e Saúde, p. 206), de acordo com a lei divina apresentada pela Ciência Cristã a toda a humanidade. Essas curas são vivenciadas em diferentes contextos e suprem necessidades específicas: físicas, mentais, morais e espirituais.

Você já ouviu falar no “efeito borboleta”? Ele foi descoberto pelo matemático Edward Lorenz, quando trabalhava com previsões metereológicas no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Em termos simples, esta é a noção representativa que o efeito borboleta sugere: “...este efeito é ilustrado com a noção de que o bater das asas de uma borboleta num extremo do globo terrestre, pode provocar uma tormenta no outro extremo no intervalo de tempo de semanas” http://pt.wikipedia.org/wiki/ Teoria_do_caos). Sob esse prisma, imagine o poder e alcance de um pensamento bom ou ideia espiritual nutrida em oração mental e silenciosa?

Em momentos de grande comoção coletiva perante situações de calamidades, como ondas de calor ou de frio no planeta, o tsunami que afetou a população no Japão, os desmoronamentos nas encostas dos morros do Rio de Janeiro, as secas no Rio Grande do Sul, as inundações no estado do Acre, as atividades vulcânicas e outros cataclismas em diferentes partes do mundo, a presença, a bondade e o amor divinos têm sido questionados diante de imagens de destruição e sofrimento. Entretanto, quando pensamos em Deus, o bem, como a própria totalidade, reconhecemos que Sua criação, o homem, a natureza e o universo são uma expressão harmoniosa da bondade e do amor divinos, os quais excluem qualquer elemento de destruição. A força consoladora do Cristo é o efeito do bem na consciência de todos. É importante pensar na influência e alcance infinitos desse influxo divino atemporal.

Quando pensamos em Deus, o bem, como a própria totalidade, reconhecemos que Sua criação, o homem, a natureza e o universo são uma expressão harmoniosa da bondade e do amor divinos, os quais excluem qualquer elemento de destruição.

É contrário à bondade divina supor que Deus seja capaz de castigar seus amados filhos por meio de cataclismas. Essa imposição sugere fatalismo. Alguns antropólogos afirmam que na América Latina existe uma cultura fatalista, que tende a fixar as pessoas na inevitabilidade dos problemas, o que dificulta o encontro de soluções.

Outra tendência é achar um culpado e desconsiderar nossa responsabilidade. Deixamos de evoluir ao colocar a culpa no outro, sem considerar nossa interação social no cuidado com o meio ambiente. Cito o exemplo das inundações pós-chuvas nas grandes cidades, onde o concreto e o asfalto suprimem os espaços essenciais para que a chuva retorne ao solo e complete o ciclo natural das águas, devido à impermeabilização do solo. No livro Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy, ao questionar o enigma do universo, escreveu: “A adesão, a coesão e a atração são propriedades da Mente. Pertencem ao Princípio divino e mantêm o equilíbrio daquela força-pensamento que lançou a terra em sua órbita e disse à onda orgulhosa: ‘Até aqui virás, e não mais adiante’ ” (p. 124).

Certa vez, durante minha adolescência, fui veranear com os familiares em um chalé à beira da praia de Ubatuba, perto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Lá chegando, a primeira sensação que tive foi de medo, devido à sensação de que o mar poderia, facilmente, chegar até o chalé. A inspiração divina que tive foi reler o texto bíblico no qual Jó compreendeu o controle divino sobre as ondas do mar: “...até aqui virás e não mais adiante” (Jó 38:11). Essa foi a base de minha oração. Superei o medo e todos os familiares dormiram tranquilos; foram férias memoráveis. Tenho aprendido, com o estudo da Ciência Cristã, que quando esta palavrinha de três letras, o “bem”, ocupa a consciência, há um efeito benéfico, individual e ambiental, superior ao efeito borboleta, pois está alinhado com a noção da força, onipotência, onipresença e influência oniativa do Cristo.

Cristo Jesus nos ensinou a orar e mostrou que a oração é o recurso mental mais poderoso e eficaz que existe, sempre disponível, seja qual for o cenário humano que queira nos aterrorizar.

A oração abre a porta da consciência e do coração para deixar entrar o bem e seu efeito salutar. Cristo Jesus nos ensinou a orar e mostrou que a oração é o recurso mental mais poderoso e eficaz que existe, sempre disponível, seja qual for o cenário humano que queira nos aterrorizar. Naquela tempestade, em alto mar, a consciência que Jesus nutria da presença do bem e da harmonia resultou em imediata bonança e foi uma prova viva e cabal do poder da proteção divina (ver Marcos 4:35-39).

A Ciência Cristã revela o poder e a influência do pensamento científico cristão, que consiste em pensar e agir de forma coerente com a oração.

Na infância, morei em um lugar que alagava sempre que chovia muito. Naquela época, eu frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã, onde aprendi ideias espirituais salvadoras e curativas, tais como esta: “A força moral e a espiritual pertencem ao Espírito, que encerra ‘os ventos nos Seus punhos’; e esse ensinamento concorda com a Ciência e com a harmonia. ... O bem que fazes e incorporas, te dá o único poder que se pode alcançar. O mal não é poder. É um arremedo da força, que não tarda em trair sua fraqueza e cair, para nunca mais se levantar” (Ciência e Saúde, p. 192). Como resultado de constantes orações familiares e do apoio espiritual de uma Praticista da Ciência Cristã, mudamos para um apartamento e ficamos livres desse sofrimento. Posteriormente, o problema social causado por aquelas enchentes foi solucionado com obras públicas no sistema de drenagem.

Em uma situação de cataclismas em que corria risco de vida, o profeta Elias resolveu se abrigar dentro de uma caverna. Ali, a “voz de Deus” fez com que ele tivesse uma noção melhor e mais prática do Amor divino, descrito assim na Bíblia: “...um grande e forte vento fendia os montes... porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto; mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo um cicio tranqüilo e suave” (1 Reis 19:11, 12).

“O ‘cicio tranquilo e suave’ do pensamento científico estende-se sobre continentes e oceanos, até às extremidades mais remotas do globo” (Ciência e Saúde, p. 559). Para mim, esse trecho reafirma o “efeito do bem” ou “força do Cristo” em uma oração que alcança a todos, mesmo aqueles que talvez estejam expostos a desequilíbrios da natureza em regiões longínquas do planeta. *

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 2012

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.