Durante minha fase de caloura na Faculdade Principia, tive uma experiência surpreendente, que me comprovou como a mudança no pensamento se manifesta no corpo. Eu estava na equipe de tênis da faculdade e, embora tivesse anteriormente tido muitas oportunidades de orar para a cura de desafios, tais como fadiga e desunião na equipe, em times do ensino médio e da faculdade, eu sempre tive medo de sofrer lesões.
Certo dia, durante o treino, enquanto estávamos nos exercitando com corridas curtas de um lado para o outro da quadra, torci o tornozelo e ouvi um estalo. Imediatamente meu pensamento se volveu a Deus. Saí da quadra e comecei a orar. Não queria olhar para o tornozelo nem ficar impressionada com o quadro material; em vez disso, ative-me ao pensamento de que eu nunca poderia ser removida do cuidado de Deus. Silenciosamente, também insisti no fato de que eu não poderia ser punida por dar meu máximo no treino daquele dia, esforçando-me para expressar qualidades do Espírito.
Ao invés de deixar que todos os companheiros da equipe se aglomerassem solidariamente à minha volta, meu treinador declarou: “Vamos mostrar à Heather nossa perfeição”! Que ótima ideia! Agarrei-me fortemente a esse pensamento e a dor começou a desaparecer. Felizmante, consegui retornar ao treino.
Entretanto, mais tarde naquela noite, quando voltava da biblioteca, meu tornozelo começou a doer muito. Desde o momento em que voltei ao meu quarto, ouvi apenas a Deus e anotei em um papel as boas ideias que me vinham à mente. Comecei agradecendo o fato de ter conseguido treinar mais cedo naquele dia, e declarei que “Substância é aquilo que é eterno e incapaz de manifestar discórdia e sofrer decomposição” (Ciência e Saúde, p. 468). Também neguei a ideia de recaída, pois havia sofrido uma lesão semelhante no tornozelo havia muitos anos.
Na manhã seguinte, contudo, meu tornozelo estava inchado e era difícil caminhar. Fui ao escritório da Praticista da Ciência Cristã no campus. A primeira coisa que ela me perguntou foi se eu tinha pensado em orar com a ideia de liberdade. Respondi que não, e fiquei muito grata por essa perspectiva diferente.
Orei muito nesse dia com as ideias do Hino 136, que começa assim: “É minha escolha a Deus servir, Deus liberdade traz” (Hinário da Ciência Cristã). Também ponderei sobre esta citação da Bíblia: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Reivindiquei veementemente que eu tinha o direito divino de ser livre. Isso acalmou bastante o medo, muito embora ainda não conseguisse treinar tênis nessa tarde.
Teríamos um grande torneio naquele fim de semana e, à medida que a data se aproximava, ficava preocupada em saber se eu estaria apta para jogar. Decidi apenas “entregar tudo a Deus”, confiando completamente em Sua orientação e em Seus cuidados. Quando me sentei para ler a Lição Bíblica Semanal da Ciência Cristã na noite anterior ao torneio, li esta passagem na Leitura Alternada: “Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer a carne?” (Salmos 56:4, conforme a versão bíblica King James).
Foi como se uma enorme nuvem que estava sobre mim tivesse se dissipado. Eu ainda estava carregando interiormente um grande medo de me lesionar durante as práticas esportivas, mas aquela passagem eliminou completamente toda ansiedade. Compreendi que não há espaço para o medo, uma vez que eu expresso a Deus, e isso era o que eu fazia sempre e, principalmente, toda vez que pisava na quadra de tênis. Exatamente naquele momento, soube que uma transformação havia ocorrido em meu pensamento. Muito embora a evidência física não tivesse mudado, imediatamente tive a certeza de que a cura havia ocorrido. Nem preciso dizer que, na manhã seguinte, quando acordei, todo o inchaço e a dor haviam desaparecido; consegui caminhar livremente e, até mesmo, competir no torneio de tênis.
Sou especialmente grata pelas curas que ocorrem quando nos volvemos a Deus e nos livramos da dúvida, do medo, da frustração e de outras formas de magnetismo animal agressivo. Também sou grata pelas mensagens angelicais e pela inspiração divina que recebemos diariamente, as quais nos fazem lembrar que realmente temos o direito divino à liberdade e à harmonia.
Testemunho publicado originalmente na edição de 30 de maio de 2011 do Christian Science Sentinel.
