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Matéria de capa

O ”eu” espiritual é sempre vitorioso!

Da edição de julho de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Sentinel


No dia 17 de abril, exatos 100 dias antes do início das Olimpíadas de 2012 em Londres, o ginasta britânico Louis Smith esperava emocionar a torcida local, conforme contou ao jornal London Evening Standard: “Ouvir o barulho da torcida nos apoiando será uma sensação incrível”.

Para os aficionados do esporte, essa “sensação incrível” já está sendo alimentada por artigos destacando os antigos medalhistas de ouro, tais como: Nadia Comaneci, da Romênia, a primeira ganhadora da nota “10 perfeito” na categoria ginástica feminina em 1976; o decatlonista britânico Daley Thompson ganhando ouros consecutivos em Moscou e em Los Angeles (1980 e 1984); o jamaicano Usain Bolt correndo 100 metros com apenas 41 passadas em Pequim, há quatro anos.

O interesse e expectativa também estão aumentando para muitas pessoas, no Reino Unido e em todo o mundo, até para aquelas que usualmente não prestam muita atenção aos esportes, mas que agora passaram a se interessar, devido ao fato de que as Olimpíadas representam muito mais do que apenas um grande evento esportivo. As Olimpíadas são como um raio de esperança que penetra o imaginário global a cada quatro anos, como o raio de sol passando pela névoa incessante das manchetes perturbadoras.

Assistir ao desfile das nações, na cerimônia de abertura de cada Olimpíada, nos faz pensar que o mundo deveria ser assim durante o ano todo, todos os anos. Quando os Jogos transcorrem com entusiasmo, há muitos bons desempenhos, não somente da parte de ganhadores de medalhas. Woody Allen certa vez disse: “Oitenta por cento do sucesso é simplesmente comparecer”. O fundador das Olimpíadas Modernas, o Barão de Coubertin, foi mais além. Seu lema tornou claro que era mais importante participar do que vencer. Entretanto, exige-se dos atletas das Olimpíadas que deem 100 por cento de si mesmos, com alguns competidores levando para casa o bônus de uma cobiçada medalha.

Nem todos podem ter êxito, ainda que seja em “comparecer” aos muitos locais em Londres e fora de Londres (incluindo Manchester, Coventry e Weymouth Bay). Tal como Woody Allen, nossas habilidades talvez estejam em outras áreas, e não nos esportes. As pessoas que desejam ingressos para assistir aos jogos também competem entre si, uma vez que há pessoas demais para assentos limitados. Mas, quer sejamos competidores ou espectadores, existe um tipo de “comparecimento” que as Olimpíadas acolhem e do qual necessitam: especialmente da parte daqueles que estão dispostos a flexionar seus “músculos metafísicos” em prol do bem comum, e daqueles que têm um “regime diário de treinamento”, o de, em espírito de oração, praticar a arte do discernimento espiritual.

As Olimpíadas são como um raio de esperança que penetra o imaginário global a cada quatro anos, como o raio de sol passando pela névoa incessante das manchetes perturbadoras.

Atendendo ao chamado para “estarmos lá” como uma testemunha espiritual do bom plano de Deus para o evento, podemos ajudar a pavimentar o caminho para o êxito dos Jogos da 30a Olimpíada e da 14a Paraolimpíada. Nossas orações podem também nivelar e sustentar cada evento, durante cada estágio da competição, e ajudar a alcançar um “legado” importantíssimo para Londres, quando a cerimônia de encerramento tiver se diluído em lembrança histórica.

“Estarmos lá” mentalmente, em oração, é amar a Deus e o nosso semelhante, reconhecendo que o bem prevalecerá sobre o mal em um evento que pode oferecer muito em termos de valores para a humanidade, apesar de os Jogos Olímpicos já terem sido usados também para propósitos terroristas e políticos.

Outras preocupações existem com relação aos Jogos Olímpicos, desde o custo para sua realização em tempos de austeridade económica, até temores de tráfico humano em meio à elevada demanda por prostituição. A tentação dos atletas de usar técnicas artificiais para o aprimoramento muscular também exige atenção.

Aceitaremos o chamado para sermos testemunhas espirituais com relação à segurança e pureza dos atletas, das autoridades e das multidões? Estaremos dispostos a ser humildes apoiadores metafísicos da vitória do caráter sobre o ego entre os competidores? Teremos a confiança necessária para manter a expectativa de que o Cristo libertará da tentação de trapacear, comunicando, como sempre o faz, a mensagem divina do intrínseco valor moral a cada um e a todos?

De um determinado ponto de vista, tais problemas sugerem fissuras no tecido do idealismo olímpico, as quais sugerem que a “paz e a boa vontade” que representam possam ser invertidas. De um ponto de vista espiritual, tais preocupações são acerca das fissuras imaginárias no próprio tecido da totalidade infinita de Deus, as quais sugerem que Deus, o bem, esteja ausente e que o mal exista para causar esse vácuo e preenchê-lo.

A Ciência Cristã nos assegura que essa possibilidade não existe e revela a verdade da onipresença e onipotência de Deus. Vigiando e denunciando quaisquer potenciais negativos sobre essa base, todos podem trabalhar juntos rumo à vitória, cada um à sua própria maneira, afirmando que a verdade da espiritualidade universal é soberana sobre todas as sugestões de que a vida seja meramente material.

A Bíblia inclui analogias esportivas maravilhosas para demonstrar como isso acontece em cada uma de nossas experiências. Rememorando o registro das Escrituras acerca de personagens que viveram em estrita relação com Deus, Paulo, o Apóstolo, disse: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:1,2).

Nas competições olímpicas, os atletas algumas vezes correm até a linha de chegada, ou conseguem se superar para correr o último trecho, apesar de uma lesão dolorosa ou exaustão. Nos “jogos” da vida, somos frequentemente “assediados” por características e traços de caráter que pretendem nos rotular como pecadores ou por atitudes não espirituais que percebemos nos outros, nas quais somos tentados a acreditar que possam nos causar embaraços. Em ambos os casos, essa metáfora nos encoraja a continuar correndo sempre em frente, sabendo que não podemos ser impedidos de chegar à linha de chegada, à meta de ver e provar a graça eterna de Deus.

Isso é especialmente verdadeiro quando trabalhamos por uma cura que esperávamos fosse uma corrida curta, mas que se transformou em uma corrida de longa distância, ou que está se transformando em uma espécie de maratona.

Da mesma forma que os atletas olímpicos reverenciam grandes atletas do passado entre seus predecessores, podemos mentalmente lembrar a “nuvem de testemunhas”, incluindo o próprio Apóstolo Paulo e, mais recentemente, Mary Baker Eddy. O exemplo deles comprova que o pecado não tem poder para prevalecer, e revela o fluxo de ideias que nos advêm constantemente de Deus, e que nos trazem libertação mental e física.

Diferentemente dos vivas de encorajamento e aplausos durante as duas semanas dos Jogos Olímpicos e os 12 dias da Paraolimpíada, esse “barulho da torcida” de testemunhas da realidade espiritual é incessante. Embora silencioso aos ouvidos, é poderoso no pensamento. Podemos senti-lo em nosso coração cada vez que o abrimos à Palavra de Deus, quando lemos a Bíblia ou Ciência e Saúde.

Tal encorajamento interior é necessário na jornada rumo a Deus, porque a mente carnal, que as Escrituras denominam como o opositor a tudo o que é bom, constantemente pretende estar em nosso encalço, à medida que nos esforçamos para progredir na compreensão e demonstração da nossa real natureza espiritual como filhos de Deus. Como um oponente que zomba de nós, ela deseja nos persuadir de que somos limitados, finitos e mortais, tentados a pecar e vulneráveis à doença, quando a realidade é justamente o inverso, conforme demonstrado por Jesus “o Autor e Consumador da [nossa] fé”.

Comentando sobre essa passagem de Hebreus, a Sra. Eddy disse: “S. Paulo escreveu: ‘Desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta’; isto é, ponhamos de lado o eu material e o sentido material, e procuremos o Princípio divino e a Ciência de toda cura” (Ciência e Saúde, p. 20).

Naturalmente, o chamado mais profundo de cada um é esforçar-se diariamente para pôr de lado um pouco mais desse ego ou ”eu material limitado”, substituindo-o pela natureza divina verdadeira do homem como o reflexo de Deus.

Que venha 17 de julho! Eu estarei flagrantemente torcendo pelo “Team GB”: a Equipe da Grã-Bretanha, oficialmente a “Associação Olímpica Britânica”. Ganhando ou perdendo, sei que os atletas que representam a Grã-Bretanha darão o melhor de si nessa empreitada.Naturalmente‚ o chamado mais profundo de cada um é esforçar-se diariamente para pôr de lado um pouco mais desse ego ou “eu material limitado”, substituindo-o pela natureza divina verdadeira do homem como o reflexo de Deus. Isso não é algo que fazemos especialmente durante as Olimpíadas, a cada quatro anos. No entanto, as qualidades que reconhecemos nos atletas globais, de empenho constante em aprimorar suas habilidades e a concentração deles na tarefa que têm em mãos quando chega a hora de aplicá-las podem ser um modelo para aqueles que se dedicam à prática da cura pela Ciência Cristã como seu próprio dom para o mundo.

Mas, também estarei torcendo por outro “Team GB”, a equipe dos “amados de Deus”: cada um dos atletas, dando o melhor de si; os fãs que encorajam os atletas; os organizadores, os trabalhadores e as equipes de segurança que fazem o melhor possível; e os espectadores pela TV e Internet em todo o mundo, cujos bons pensamentos estarão contribuindo para tornar esse evento o raio de sol global que está divinamente predeterminado para existir.

O barulho da torcida será bem alto em todo o Reino Unido, à medida que o mundo focar sua atenção em Londres.

A torcida silenciosa da multidão de testemunhas espirituais de hoje estará apoiando uma grande Olimpíada a cada passo do caminho.

Artigo originalmente publicado na edição Christian Science Sentinel.

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