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Original para a Internet

O Cristo liberta o pensamento aprisionado

Da edição de dezembro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de setembro de 2019.


Você já se sentiu como se fosse um prisioneiro de circunstâncias que fogem ao seu controle? Talvez um problema de saúde ou uma série de erros do passado tenham roubado a sua alegria ou limitado a obra da sua vida. Sem dúvida, essa é a maneira como muitos dos detentos que eu conheci na prisão diziam que se sentiam. Mas, ao fazer um trabalho voluntário, compartilhando os ensinamentos da Ciência Cristã em uma casa de detenção, pude perceber, observando os próprios detentos, que muitos deles, buscando avidamente por redenção e cura, encontravam a verdadeira libertação e o alívio dos fardos mentais e físicos por meio do poder do Cristo, conforme revelado na Ciência Cristã.   

Em toda a Bíblia podemos ler a respeito da capacidade de Deus e de Sua promessa de libertar Seus filhos do cativeiro. O livro de Isaías inclui esta mensagem de ânimo e esta promessa ao se referir à libertação do povo hebreu do cativeiro na Babilônia: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas ... Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti” (54:2,10). Essas palavras devem ter fortalecido a fé que o povo tinha no amor de Deus e em Suas promessas de libertação.

Quer estejamos literalmente atrás das grades ou, em sentido figurado, nos sentindo aprisionados por alguma circunstância difícil, a luz do Cristo — a mensagem de cura e salvação de Deus para a humanidade — tem total autoridade e poder para reverter todas as formas de pensamento limitado ou pecador e para “alargar o espaço de [nossa] tenda”, a nossa consciência. Jesus, como Filho de Deus, refletia plenamente a presença divina do Cristo, a Verdade, e indicou o modo divino de verdadeiramente nos libertarmos de tudo o que parece nos aprisionar. Ele disse: “...conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Jesus ensinou e demonstrou a verdade a respeito do existir, trazendo à luz a natureza todo-poderosa e todo-amorosa de Deus como Espírito, e o fato eterno de que o homem é a ideia espiritual de Deus. Essas verdades nos libertam para que não venhamos a acreditar em falsidades a respeito de nós mesmos.

Mesmo nos dias de hoje, a atividade do Cristo, a Verdade, é um raio penetrante de luz espiritual, ou conhecimento, que preenche todo o espaço e ilumina a consciência humana, tocando cada coração receptivo. Desse modo, as sombras efêmeras do erro, crenças materiais que se manifestam externamente como pecado e doença, não podem controlar o nosso pensamento nem ter qualquer pretensão duradoura sobre ele. Essa atividade do Cristo pode ser comparada com a descrição da ação da luz solar apresentada em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy: “A luz do sol cintila da cúpula da igreja, lampeja na cela da prisão, penetra no quarto do doente, dá esplendor à flor, embeleza a paisagem, abençoa a terra”. Ela continua: “O homem, feito à semelhança de Deus, possui e reflete o domínio de Deus sobre toda a terra. O homem e a mulher, coexistentes e eternos com Deus, refletem para sempre, em qualidade glorificada, o infinito Pai-Mãe Deus” (p. 516).

Eu admito que tive de “alargar o espaço da [minha] tenda”, abrir meu pensamento de forma mais ampla para essa verdade, quando comecei meu trabalho voluntário em uma casa de detenção. Eu precisava compreender mais claramente a verdade espiritual e a natureza inocente do homem criado por Deus. Eu tinha de deixar de observar as aparências externas e expandir meu olhar, ou ponto de vista mental, em direção à realidade divina da totalidade do Espírito. Minhas orações assumiram um novo sentido de urgência e de mais compaixão. A Ciência do Cristo veio me resgatar e começou a elevar meu pensamento para a verdade do existir.

Somos tão livres quanto nossos pensamentos, e essa liberdade mental traz cura.

Ao passar a discernir com maior clareza que Deus vê e ama Seus filhos espirituais como Seu reflexo puro e espiritual, o que não tem nada a ver com idade ou antecedentes culturais ou raciais, percebi que começava a aceitar, de maneira mais completa, a verdade a respeito da unidade eterna do homem com Deus. Com base nesse pensamento, eu me recusei a aceitar que o medo, a ignorância e os erros tenham qualquer poder inerente de aprisionar o pensamento de uma pessoa e privá-la da alegria e do seu propósito de vida. Nem mesmo um muro de seis metros de altura e arame farpado podem impedir que alguém desperte mentalmente para sua verdadeira herança espiritual e para o propósito de vida que lhe é dado por Deus. Observei curas de depressão, de falta de esperança e de problemas físicos por meio da compreensão de que o homem não é um pecador material, fatalmente imperfeito, mas sim o reflexo de Deus — uma ideia espiritual que jamais pode estar separada de sua origem divina ou Princípio, o Amor.   

É bem verdade que às vezes podemos nos sentir frente a enormes desafios representados por circunstâncias desanimadoras, e podemos duvidar de que a renovação e o crescimento espiritual sejam possíveis. Mas, em realidade, não há poder inerente em nada que procure escravizar alguém, nem em alguma crença ou medo que sugira que algum problema possa dominar uma pessoa.  

A única “prisão” que existe, por assim dizer, é o que a Ciência Cristã chama de mente mortal, que Mary Baker Eddy define como “erro que cria outros erros”, e “uma crença de que a vida, a substância e a inteligência estejam na matéria e sejam constituídas de matéria” (Ciência e Saúde, pp. 591–592). E, à proporção que deixamos de aceitar uma crença como sendo verdade, podemos afirmar nosso domínio, por meio do Cristo, sobre o erro que alega que o mal e a matéria têm o poder de escravizar o pensamento dos filhos de Deus. Mary Baker Eddy escreve: “A Ciência Cristã explica que toda causa e todo efeito são mentais, não físicos. Ela levanta o véu do mistério que envolve a Alma e o corpo. Mostra a relação científica do homem com Deus, desembaraça as ambiguidades entrelaçadas do existir e liberta o pensamento aprisionado” (Ciência e Saúde, p.114).

No Cristo, a Verdade, não há prisões nem pensamento aprisionado, porque a única Mente que existe é Deus, a inteligência única, eterna e imortal que governa o homem. Tudo é governado pela presença radiante de Deus, o poderoso e terno Espírito divino, que enche todo o espaço e que está abençoando cada um de nós de incontáveis maneiras neste exato momento. A Bíblia declara “...onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3:17).

Podemos perceber, de uma forma nova, exatamente onde algum problema parece existir, a suave presença de um Deus todo-amoroso que nos orienta e que nunca nos abandonou. Somos tão livres quanto nossos pensamentos, e essa liberdade mental traz cura. Nosso privilégio hoje, diz Mary Baker Eddy, referindo-se às palavras do apóstolo Paulo, é aceitar “a gloriosa liberdade dos filhos de Deus”, e ser livres! Ela acrescenta: “Esse é vosso direito divino” (Ciência e Saúde, p. 227).

No passado, os hebreus cativos de fato voltaram para sua terra natal. Com as lições aprendidas e um senso renovado de obediência e amor a Deus, o povo começou a reconstruir sua cidade e sua vida com o coração alegre, porque eles sabiam que Deus estava com eles. Quanto mais devemos nós, nos tempos atuais, saber que Deus está conosco, dado que o Cristo e a Ciência Cristã revelaram a verdade eterna da presença constante de Deus?  

A liberdade é o estado natural do nosso existir por sermos filhos de Deus; é nosso direito divino, senão jamais poderíamos demonstrá-la. Por meio da influência libertadora do Cristo, tudo em nossa vida que pareça nos deter, privar-nos da alegria, ou nos fazer sentir aprisionados desaparecerá naturalmente, assim como as sombras em um quarto desaparecem quando abrimos as cortinas. Lemos na Bíblia: “...esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de mim procede, diz o Senhor” (Isaías 54:17).

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