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Original para a Internet

Observar o Natal sob uma nova perspectiva

Da edição de dezembro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de outubro de 2019.


Depois de ouvir um amigo usar a palavra observarpara descrever as tradições e a religião de sua família, refleti mais profundamente sobre o que significa observar, celebrar e reconhecer o Natal. Quando eu “observo” o Natal, o que é que eu vejo?

Comecei minha pesquisa com a Bíblia. Desde o Antigo Testamento, foram os profetas ― observadores espirituais perspicazes ― que previram a vinda da salvação. Como quem vê a primeira pálida luz do amanhecer, esses profetas vislumbraram o alvorecer da salvação que Cristo Jesus apresentaria ao mundo.

Em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy assim define a palavra profeta: “Aquele que vê espiritualmente; desaparecimento do senso material ante os fatos conscientes da Verdade espiritual” (p. 593). Esse é um papel que nós também podemos assumir nos dias de hoje. Nesse caso, se quisermos realmente ver espiritualmente, então, observar o Natal requer visão espiritual e também exige que se conceitos mortais sejam deixados de lado. Dedicar nossa atenção principalmente a ver espiritualmente o que é o Natal nos leva a abraçar as atividades festivas, ou seja, decorações, compras, comes e bebes, festas, etc., de uma maneira mais proveitosa e equilibrada. Dentro dessa proposta, é preciso olhar de forma muito atenta, a fim de observar os fatos da verdade espiritual que são fundamentais para o alvorecer do Cristianismo e que foram muito bem recebidos e acolhidos com o nascimento de Cristo Jesus.

Várias outras definições da palavra observar incluem: ver, assistir, praticar ou adotar, e obedecer. Observar o Natal não significa apenas comodamente assistir a um evento; envolve estarmos vivamente em sintonia com o constante aparecimento do Cristo em nossa vida. Imagine o espanto dos pastores quando, como o Evangelho de Lucas nos relata, a glória do Senhor brilhou ao redor deles e “um anjo do Senhor” lhes disse que um Salvador havia nascido. Não há registro de que tenham debatido a questão entre eles ou verificado sua agenda para ver se teriam de adiar a viagem até uma data conveniente. Eles foram ver essa criança. “E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (2:15). Eles entenderam a magnitude da mensagem e foram obedientes a ela. Ser testemunhas do Salvador, o Cristo do Senhor, tornou-se sua prioridade absoluta.

Esse tipo de observação envolve ouvir atentamente e seguir a inspiração do Espírito. No evangelho de Mateus, os magos seguiram a estrela, isto é, a luz da inspiração, e prestaram homenagens ao rei recém-nascido. O rei Herodes esperava que os magos voltassem com um relatório sobre o boato de que havia nascido um rei, mas eles se moviam sob a influência sagrada desse evento e, avisados por Deus em sonho, não retornaram a Herodes.

Nossa disposição de seguir a orientação divina muda também a nossa perspectiva. Compreendemos que se trata de simplesmente nos recusarmos a nos deixar levar pela visão tradicional e pela agitação da época natalina; que se trata de honrarmos a influência inspiradora do Cristo exatamente aqui, atuando em nossa vida exatamente agora.

Anos atrás, enfrentei um Natal sozinha. Eu havia me mudado para o outro lado do país, para longe da família, e não conhecia muita gente ali. Teria sido fácil sentir-me solitária e deprimida, já que eu não tinha quem me convidasse para as celebrações tradicionais do Natal. Mas decidi considerar essa ocasião como uma oportunidade de passar o período festivo procurando chegar a um senso mais espiritual sobre o Natal e vendo como aquele alvorecer do Cristianismo se expressava em minha vida.

No livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], a Sra. Eddy escreve: “A base do Natal é a rocha, Cristo Jesus; seus frutos são a inspiração e a compreensão espiritual da alegria e do regozijo ― não por tradição, costume ou prazeres corpóreos, mas devido à verdade fundamental e demonstrável, devido ao céu que está dentro de nós. A base do Natal é o amor que ama os seus inimigos, que proporciona o bem em troca do mal, amor que ‘tudo suporta e é benigno’ ” (p. 260). Nossas tradições natalinas e nossas reuniões de família, ou seja, as maneiras comuns com que a maioria das pessoas comemora o Natal, não são, em si mesmas, o que realmente faz com que o evento seja um momento de alegria e paz. Aquilo que comprovadamente sentimos como o espírito do Natal é a Verdade e o Amor, a ação do Cristo, o céu dentro de nós. O amor representado pela troca de presentes ou pelos abraços calorosos quando cumprimentamos amigos e familiares são simplesmente algumas das expressões exteriorizadas desse Cristo.  

Quando passei aquele Natal sozinha, compreendi que aquela data não podia ser arruinada só porque eu não tinha uma família reunida em torno de uma árvore. Eu não podia estar privada do Amor sempre presente. Se minha maneira de observar o Natal tivesse como base a rocha do Cristo, isso não podia ser perdido. Se eu observasse ou aderisse à verdade subjacente ao Natal, então eu vivenciaria a riqueza de sua bênção, exatamente naquele momento.

Aquele Natal acabou sendo um momento feliz, cheio de paz e gratidão. Nos anos que se seguiram, à medida que amigos queridos passaram a me incluir em suas tradições e festividades especiais, ou quando eu me reunia com minha família, eu consegui trazer minha nova visão do Natal a cada celebração.

O que podemos trazer para a maneira como celebramos o Natal? Um coração aberto, uma profunda humildade e uma vontade de abraçar o Cristo em nossa vida e de sermos impulsionados pelo amor de Deus em tudo o que fazemos. Em um artigo intitulado “What Christmas Means to Me” [O que significa o Natal para mim], publicado na revista The Ladies’ Home Journal (e republicado no The Christian Science Journal de dezembro de 1907, nO Arauto da Ciência Cristã de dezembro de 1995 e em Miscellany, pp. 261–263), a Sra. Eddy escreveu: “Eu celebro o Natal com minha alma, meu sentido espiritual, e assim comemoro a entrada, na compreensão humana, do Cristo concebido no Espírito, em Deus e não em uma mulher, como sendo o nascimento da Verdade, o alvorecer do Amor divino, irrompendo sobre as trevas da matéria e do mal, com a glória do ser infinito”.

Ao abraçarmos o Cristo como nossa força motivadora, vamos ver que nossas tradições de Natal são modestas maneiras de expressar amor profundo pela verdade que Jesus revelou e pelo seu exemplo de amor isento de ego.

Quando observamos o Natal, reconhecendo que estamos realmente na presença do Cristo, estamos de fato gratos, empenhados em nosso crescimento espiritual e prontos para servir aos outros.

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