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Original para a Internet

Vencida a necessidade de óculos

Da edição de dezembro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de outubro de 2019.


Durante muitos anos minha vista pareceu ir diminuindo; primeiro foi a dificuldade para ler e depois, para ver de longe.

Realmente, não tratei da minha vista por meio da oração e continuei escolhendo óculos da moda, que eu achava que ficavam bem em mim. Por fim, comprei óculos bifocais, para me ajudar tanto para ver de longe quanto para ler. No entanto, no início do ano passado, esse par de óculos caiu e se quebrou, durante um passeio de bicicleta. Isso significou voltar à ótica, onde me disseram que não havia conserto para os óculos e que eu deveria comprar outros, que custavam mais caro. Nessa ocasião, eu não tinha dinheiro suficiente para isso, então, decidi não comprar.

Durante esse período, eu estava também empenhada em uma tarefa para minha Associação de Alunos da Ciência Cristã, a qual consistia em ler o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, de capa a capa, como se fosse um “livro totalmente novo para mim”. Quando cheguei ao capítulo “Apocalipse”, li a citação de Apocalipse 21, versículo 1, e fiquei realmente impressionada pelo fato de que S. João “viu” um novo céu e uma nova terra: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. 

Em sua interpretação espiritual dessa passagem, a Sra. Eddy escreve: “Por meio de qual sentido essa visão veio a S. João? Não foi por meio dos órgãos materiais da vista, pois os olhos não são capazes de assimilar uma cena tão maravilhosa. ... O autor do Apocalipse estava no nosso plano da experiência humana, no entanto via o que os olhos não podem ver — aquilo que é invisível ao pensamento não inspirado”.

A Sra. Eddy continua, dizendo: “…o senso corpóreo de S. João a respeito dos céus e da terra havia desaparecido, e em lugar desse senso errôneo havia ficado o senso espiritual, o estado subjetivo pelo qual ele podia ver o novo céu e a nova terra, que abrangem a ideia espiritual sobre a realidade e a consciência dessa realidade. ... lembra-te das palavras de Jesus: ‘O reino de Deus está dentro de vós’. Essa consciência espiritual é, portanto, uma possibilidade presente” (pp. 572–574).

Ao ler essas passagens, compreendi plenamente que foi o senso espiritual, não o olho material, que capacitou João a ver o que ele viu. Esse senso espiritual, essa percepção espiritual, está sempre conosco, pois fomos criados por Deus, e eu sabia que é nisso que podemos confiar para ver e ouvir, não no olho ou ouvido materiais.

Umas duas semanas depois, uma noite, eu estava deitada e decidi ler uma cópia bastante antiga e desgastada da palestra de uma reunião da Associação. O papel estava bastante amarelado e fino e as letras estavam esmaecidas. Eu estava tentando ler, quando pensei que deveria pegar meus óculos antigos para ler, mas eles estavam em outro quarto e era inverno, eu estava aconchegada na cama quente. Então, disse em voz alta: “O que eu estou pensando? Isso é uma bobagem!” Eu sabia, graças à leitura de Ciência e Saúde, que o ouvido e a vista não são materiais; eles são espirituais, nunca falham. Então, decidi naquele momento que a ideia de precisar de óculos era uma ilusão, e mentalmente rejeitei o pensamento de que o homem (termo que inclui cada um de nós, criados por Deus) não consiga enxergar nitidamente. Decidi que leria a palestra inteira sem óculos, cinco páginas impressas em letra miúda. Levou mais de uma hora. No final da leitura, adormeci.

Foi aproximadamente três meses depois que, de repente, percebi que não estava lendo com os óculos de leitura e, de fato, minha visão de longe estava tão boa que conseguia facilmente ler os horários do trem, no painel eletrônico no final da plataforma da estação. 

Eu vinha pensando sobre o senso espiritual e sobre o fato de que, quando abrimos nosso pensamento, somos capazes de compreender a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy mediante esse senso espiritual. Eu sabia que o senso espiritual é a expressão da presença e do poder de Deus e havia sido isso que preenchera meu pensamento enquanto lia a palestra. 

Dei-me conta de que não estava usando os óculos nem para perto nem para longe, e isso foi uma revelação!

Oito meses depois de ler aquela palestra sem os óculos, o oftalmologista me avisou que era hora de um novo exame da vista. Quando fui fazer esse exame, mencionei que minha visão estava melhor, e os resultados do exame comprovaram isso. Minha visão estava 20/20, cem por cento normal, tanto para longe quanto para ler. O oftalmologista pareceu bastante surpreso e um tanto aborrecido, pois eu não iria comprar outro par de óculos caros.

Desnecessário dizer que sou muito grata pelo reconhecimento de que nossa visão é espiritual, não material, e porque isso corrigiu meu pensamento, demonstrando a verdadeira vista do homem e revelando que este não pode, de modo nenhum, perder seu senso espiritual devido às circunstâncias ou à idade avançada.

Kim Radford
Londres, Reino Unido

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