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Original para a Internet

O melhor presente

Da edição de dezembro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 19 de setembro de 2019.


Quando eu era criança, na noite que antecedia o Natal, minhas irmãs, meu irmão e eu estávamos sempre muito excitados. Bem cedo, na manhã de Natal, nós nos esgueirávamos silenciosamente escada abaixo para ver os presentes que estavam embaixo da árvore e voltávamos a nossos quartos, sem sermos vistos. Um presente grande como uma bicicleta estaria desembrulhado, e depois nós nos esforçávamos para fingir que o presente tinha sido uma grande surpresa. Mas, às vezes, um presente muito pequeno, que esperávamos com ansiedade, acabava sendo realmente uma grande surpresa, porque a pequena caixa que o continha estava dentro de uma caixa muito maior, bem embrulhada.

É claro que o Natal é muito mais do que dar e receber presentes materiais. Na verdade, o Natal se refere ao que Deus, o Amor divino, dá liberalmente a todos — para que cada um de nós o receba livremente e o dê a outros com liberalidade. Isso pode se realizar de maneiras grandiosas ou nos pequenos atos de bondade. Por exemplo, minha mãe costumava nos dizer, quando ainda éramos pequenos: “Os melhores perfumes vêm em pequenos frascos”. Isso fazia com que nos sentíssemos possuidores de um valor e capacidade naturais, bem maiores do que nossa pequena estatura.

Todos têm capacidade e valor inatos, muito além do que aparece na superfície. Havia um homem, na Bíblia, que era coxo de nascença e não tinha muitas perspectivas. Ele simplesmente ficava sentado à entrada do templo, pedindo esmolas aos que entravam.

Quando Pedro e João, discípulos de Cristo Jesus, o viram ali, Pedro lhe disse que não possuía nem prata nem ouro, mas “o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” O relato bíblico continua: “E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram”. A cura, esse maravilhoso presente, foi uma enorme e inesperada surpresa para aquele homem que “de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus” (ver Atos 3:1–8).

Pedro, João e outros discípulos haviam recebido as seguintes instruções de Jesus: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios”. Jesus sabia que Deus, a fonte universal da saúde e da pureza inesgotáveis, lhes dera esse maravilhoso presente — a capacidade de curar. Depois acrescentou: “...de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). Jesus tinha a plena expectativa de que todos poderiam aprender a dar esse presente da cura que Deus dá liberalmente a todos.

Assim como minha mãe sabia que seus filhos podiam fazer mais do que sua pequena estatura indicava, Jesus sabia que todos os filhos de Deus — você, eu e todos — possuem capacidades que excedem em muito o poder humano. Em realidade, nós somos criados pelo Amor divino para refletir o Amor que cura. Nós somos o reflexo do Amor.

O Amor divino é tão grande que não pode ser embrulhado em nenhum pacote, seja qual for o tamanho, assim como também não pode ser embrulhada sua reflexão, o seu reflexo, pois esse Amor é infinito. Reflexão é pensamento, e os pensamentos de Deus são o que constituem o verdadeiro existir do homem, o existir de todos nós, como reflexos do Amor. Somos envolvidos, contidos, na consciência infinita do Amor divino. Somos constituídos por pensamentos que a Mente divina conhece e ama — a Mente que é o puro bem, que não inclui nenhuma limitação, doença ou desarmonia. Essa é a Ciência divina do existir, a Verdade que Cristo Jesus viveu e por meio da qual ele curava.

Essa Ciência do Cristo é um maravilhoso presente de Deus para a humanidade, e até hoje ela cura, quando compreendida e praticada. Essa compreensão é obtida quando abrimos nossa mente para ela e a acolhemos em nosso coração, por meio do estudo sincero da Bíblia junto com o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy, que explica o significado espiritual da verdade que Jesus demonstrou. Mediante esse estudo consagrado, acompanhado de oração sincera para melhor compreender a Ciência do Cristo e para permitir que ela nos transforme, o amor sanador de Deus é refletido em nós, e alcança todos os que estão em nosso pensamento.

Mas o que dizer de todos os pensamentos materialistas, limitados e debilitantes que tanto ocupam o pensamento humano — pensamentos sobre doenças, enfermidades e pecados? De onde vêm eles? Bem, esse é o ponto! Visto que eles não existem em Deus, o Espírito infinito, a Mente, o Amor que preenche todo o espaço, eles não têm de fato nenhuma realidade. Quando o Amor divino preenche e purifica nossa consciência humana individual, esses erros deixam de ser reais para nós e se dissolvem. É assim que a Ciência Cristã cura. Como está explicado em Ciência e Saúde: “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante a qual o pecado e a doença deixam de ter realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como a escuridão dá lugar à luz, e o pecado cede à reforma” (p. xi).

Portanto, se quisermos crescer em nossa capacidade de curar, por refletir o amor de Deus, podemos começar permitindo que o Amor divino preencha nossa consciência. Podemos permitir que esse Amor nos revele nossa própria identidade e valor verdadeiros, como também a verdadeira identidade e valor dos outros como reflexos de Deus. Quando o Amor divino enche nosso coração e nossa mente, valorizamos naturalmente os outros e os vemos mais puros e saudáveis ​​do que aparentam na superfície. Então, o amor que você expressa refletirá o poder de cura do onipotente Amor divino. Dessa maneira, o amor de Deus produz um efeito sanador surpreendente, mas divinamente natural, em sua vida e na vida de outros.

Palavras genuínas de apreço, ou ternas expressões de perdão, podem refletir o amor de Deus que habita em nosso coração; elas podem fazer com que a outra pessoa se sinta envolvida no Amor de Deus — e seja curada. A Sra. Eddy fez esta sábia observação: “Dar não nos empobrece no serviço de nosso Criador, e reter tampouco nos enriquece” (Ciência e Saúde, p. 79–80). O Amor divino simplesmente continua proporcionando todo o amor. Então, quanto mais o recebemos — abrindo-lhe a porta do nosso pensamento — e o refletimos em nosso coração e em nossas ações, mais sentimos em nós mesmos seu poder sanador e transformador. Consequentemente, os outros sentem que esse amor os está envolvendo também.

Barbara Vining
Redatora-Chefe

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