Após uma séria queda, encontrei-me sem poder levantar o braço. Senti o ombro deslocado e o braço parecia estar fraturado.
A Sra. Eddy diz-nos em Ciência e Saúde que entregar o ajuste de ossos fraturados e os deslocamentos aos cuidados de um cirurgião é, às vezes, sensato (pp. 401–402). No entanto, a essa provisão ela acrescenta uma afirmação inequívoca: “A Ciência Cristã é sempre o mais hábil cirurgião, mas a cirurgia é, dos seus ramos de cura, o último que será reconhecido.”
Eu sabia, por experiência própria, que problemas de todo tipo podem ser resolvidos quando o pensamento discordante — medroso, ignorante ou pecaminoso — é substituído pela compreensão de Deus e do relacionamento verdadeiro entre o homem e Deus. O ministrar de remédios ou a realização de uma operação cirúrgica não podem corrigir o pensamento e revelar a compreensão necessária. Portanto, raciocinei, a correção cirúrgica, feita por meios médicos, não era a maneira que eu adotaria para lidar com o caso. O pensamento errado precisava ser ajustado pela Verdade, que, por sua vez, mudaria a evidência física.
Decidi não chamar um praticista da Ciência Cristã para me assistir. Senti-me capaz de orar cientificamente por mim mesmo e concluí que chamaria um praticista somente se percebesse que não estava fazendo suficiente progresso espiritual em minha própria compreensão.
Uma das verdades que ajudou na cura, foi a compreensão mais completa de minha identidade espiritual como reflexo de Deus, a Alma. A Sra. Eddy afirma (ibid., pp. 301–302): “A imortalidade não está limitada pela mortalidade. A Alma não está circunscrita pelo finito. O Princípio não pode ser encontrado em idéias fragmentárias.” Isso ajudou-me a compreender que uma separação ou fratura em minha vida era impossível. Como poderia a bondade de Deus, que está em toda parte, incluir fratura ou separação? Não poderia! Portanto, eu sabia que a evidência física era ilegítima.
Logo senti como se meu ombro estivesse engessado, sendo puxado de volta para o lugar, e poucas horas depois, senti-o completamente normal. Mas o braço fraturado ainda me incomodava.
Considerei a possibilidade de tirar radiografia do braço. Examinei meus motivos e orei com afinco para seguir a vontade de Deus e não ser influenciado pelo raciocínio que sugere ser a cura possível somente por meios materiais. Firmei-me na realidade de que existe só uma vontade — a de Deus — e que não há nada para opor-se à Sua sabedoria e ao Seu poder.
Não muito tempo depois, percebi, um dia, que eu podia levantar o braço e usá-lo de maneira completamente normal. O único resquício do acidente era a dor considerável que acompanhava o movimento. Àquela altura, percebi a importância de apagar de meu pensamento qualquer lembrança de dor ou acidente. Reconheci que Deus inclui e concede somente o bem, e Ele não pode ter consciência de mais nada. Como sou o reflexo de Deus, também só recebo o bem em minha vida, para sempre, e, portanto, não posso ter nenhuma lembrança de dor. Pouco a pouco a dor desapareceu, e a cura completou-se.
O crescimento espiritual que parece mais importante nesta cura, é minha convicção e compreensão fortalecidas de que o problema básico nunca está num corpo material, mas sim num conceito incorreto de Deus e de Sua criação. Como a idéia correta vinda de Deus está sempre disponível para substituir o erro do pensamento, a cura por meios espirituais acha-se sempre assegurada.
São Francisco, Califórnia, E.U.A.
