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Negar a matéria no tratamento?

Da edição de novembro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


O tratamento pela Ciência Cristã não pode ser comparado a outros sistemas de cura. Não é uma técnica material. Não envolve o exercício de vontade humana. Não inclui drogas nem a manipulação do corpo.

O tratamento cristão e científico é oração. É oração que reconhece a perfeição de Deus e do homem de maneira tão completa e nega as pretensões da mortalidade de maneira tão efetiva que a saúde e a moral sadia readquirem seu lugar natural em nossa vida. Não há fórmula mecânica em tal tratamento. Ele provém da inspiração divina, do pensamento espiritual original.

O mais importante impulso do tratamento eficaz provém de nosso discernimento da totalidade de Deus. Isto é básico nos ensinamentos da Ciência. Deus é infinito. O Espírito é a substância de todo ser; ele dá significado a todo existência. A convicção dessa verdade, fluindo profundamente em nossa consciência, é essencial à cura. Só se estivermos dispostos a admitir a totalidade do Espírito é que teremos a base para o reconhecimento da perfeição do homem.

Porque a realidade é de fato o Espírito, o homem é espiritual em vez de material. Uma afirmação que discerne o homem como imortal, a expressão da perfeição de Deus, requer que o sentido material arrogante seja humilhado. O sentido material define o homem como mortal — uma entidade que, quando muito, tem um vago relacionamento com o Espírito. O sentido espiritual reconhece que o homem é a manifestação permanente do Espírito e percebe que essa identidade nunca é sustentada pela matéria.

Além das ricas afirmações da totalidade de Deus e de que o homem expressa Sua perfeição, o tratamento fica fortalecido quando inclui uma negação inteligente da existência da matéria. A Sra. Eddy fornece poderosa liderança à cura. Tendo sido sanadora excepcionalmente bem sucedida, dá em seus escritos uma orientação indispensável à prática da cura. Explica, por exemplo: “Aceita a existência da matéria, e estarás aceitando que a mortalidade (e, portanto, a moléstia) tem fundamento na realidade. Nega a existência da matéria, e poderás destruir a crença em condições materiais.” Ciência e Saúde, p. 368;

O leitor casual talvez ache um pouco estranho, se não violento, que um autor anime a negação da matéria. Porém, esse é um ponto crucial para aqueles que praticam a cura científica. Quando o Cientista Cristão nega a matéria, ele tem em mente algo bem diferente do que outros podem presumir. Para a maioria das pessoas, negar a matéria implica negar os objetos — uma cadeira, talvez um automóvel, mesmo a terra. Isso é o que as pessoas geralmente consideram ser a matéria. Mas não é isso o que ocorre com o Cientista Cristão. Ele encara a matéria sob uma luz bem diversa.

Realmente, mesmo o físico que estuda a estrutura da matéria é incapaz de dar para ela uma explanação definitiva. Costumava-se pensar que o átomo fosse a unidade fundamental na estrutura da matéria. A seguir surgiu a teoria de que os elétrons, prótons e nêutrons fossem as partículas básicas na estrutura da matéria. Mais tarde, vieram os mésons e, hoje, consideram-se os “quarks” as unidades fundamentais.

Quando o Cientista Cristão nega a matéria, está negando algo bem mais importante do que em geral considera-se o que é físico — tal como o corpo material. A Sra. Eddy dá uma definição acurada e final de “matéria” no Glossário de Ciência e Saúde. Usa termos tais como “mitologia; mortalidade; outro nome para a mente mortal; ilusão” ibid., p. 591;.

Quando o braço de um Cientista Cristão dói e ele nega a existência da matéria, não está negando a existência do braço. Está negando a existência da mortalidade. Isto é, está rejeitando a crença de que a substância seja material, de que o ser harmonioso seja limitado, finito e esteja destinado a ter um fim. Seu tratamento baseia-se na imortalidade do Espírito e, portanto, na identidade eterna do homem como reflexo do Espírito. O que as pessoas chamam matéria é, em essência, uma forma mental. Quando essa forma mental assenta na admissão de mortalidade, engana-se quanto à natureza do homem. O sanador nunca nega a identidade do homem; nega as limitações e restrições mentais quanto à identidade.

Se caímos na cilada de uma negação casual da existência da matéria — como a maioria das pessoas a consideram — nossa negação não terá muito significado e poderá ser, até mesmo, enganadora. Precisamos entender com clareza a descrição científica de que a matéria é mentalidade material, temporal. A matéria não é verdadeiramente substancial. O Espírito imortal é substancial. A matéria, toda matéria, retrata vários estágios do pensamento mortal. O pensamento mortal precisa ceder lugar ao fato de que o homem é, em realidade, imortal. E, assim, o tratamento afirma sempre a natureza imortal de Deus e de Sua idéia, o Nega sempre a existência da matéria, isto é, traz à tona a falácia da mortalidade e dos seus incômodos sintomas.

A mente mortal resiste ser rotulada acuradamente dentro do conceito de matéria que a humanidade tem. Tal exposição, porém, precisa ocorrer se queremos curar na mesma base científica que deu a Cristo Jesus a capacidade de curar. Ele explicou a certa altura de seus ensinamentos que “a carne para nada aproveita” João 6:63.. Pouco depois de fazer essa explanação, alguns dos seus discípulos o deixaram. Era-lhes difícil aceitar tais ensinamentos.

É uma aventura tomar conhecimento da supremacia de Deus, de Sua perfeição infinita, e crescer nessa compreensão. Precisamos, porém, estar dispostos a abandonar o que não está de acordo com essa verdade. Precisamos estar dispostos a abandonar nossa crença na matéria e nas limitações mentais. E, então, nossa vida precisa demonstrar amor pela espiritualidade, precisa mostrar que estamos cada vez mais livres da materialidade. Quando virmos verdadeiramente que a matéria não é nada mais do que a projeção específica das crenças de mortalidade, curaremos com muito maior eficácia a doença e o pecado. E em lugar da matéria encontraremos ilustrações da imortalidade.

A identidade outorgada por Deus e todos os objetos espirituais da imortalidade são idéias da Mente divina. A aceitação do verdadeiro ser, a consciência imortal, é poderosa força sanadora na consciência humana.

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