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Superando o turbilhão emocional

Da edição de novembro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Perto de Rotorua, na Nova Zelândia, ocorrem fascinantes fenômenos chamados “poços de barro fervente”. O lodo quente ferve, fumega e cospe das profundezas da terra. Esses poços lembram-me o fumegar e cuspir mentais em que nós mesmos nos ocupamos por vezes. Ó turbilhão emocional! Quanto pode afetar a nossa saúde e a nossa felicidade!

Para vencer o turbilhão emocional temos de mudar a base de nosso pensamento. E, mais cedo ou mais tarde, conscientizamo-nos de que não o podemos fazer sozinhos. Somos forçados a nos volver ao Princípio da harmonia, a Deus, o Espírito infinito ou a Mente divina, nosso Pai-Mãe.

Contudo, não negociamos com Deus. Nós nos rendemos a Ele. Na Ciência Cristã
Christian Science (kris´tiann sai´ennss), rendemos todo sentido material de homem, de identidade mortal num corpo material. Aprendemos a ver o homem como consciência espiritual, que reflete o Espírito. Mais e mais, apreciamos a maravilhosa identidade imortal que todos temos, a verdade de nosso ser, expressada, sustentada e abençoada por Deus.

Quando nos damos conta de que somos idéias de Deus, não podemos ser arrastados pelas correntes emocionais do mesmerismo das multidões. Quando oramos de maneira acertada, as tentativas do mundo em definir nossos prospectos de acordo com grupos sociais e quocientes de inteligência não podem abalar nosso equilíbrio espiritual. Nossos sentimentos e ações não serão governados pelas crenças em hereditariedade, genética, horóscopo, hipnotismo, drogas — ou quaisquer outros conceitos materiais.

Ater-se conscientemente à superioridade dos fatos espirituais específicos que corrigem tais crenças constitui tratamento pela Ciência Cristã. Tal conscientização representa o Cristo sanador, a Verdade, em ação, exemplificado por Jesus. Livra-nos dos erros do turbilhão emocional e do sofrimento físico resultantes. Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreve: “O erro dissimulado, a luxúria, a inveja, a vingança, a malícia, ou o ódio perpetuarão ou até criarão a crença em moléstias.” E acrescenta mais adiante: “O que verdadeiramente se faz mister é destruir o inimigo e deixar o terreno a Deus, a Vida, a Verdade e o Amor, lembrando-te de que só Deus e Suas idéias são reais e harmoniosas.”Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 419;

O que sentimos a nosso próprio respeito como homens ou mulheres? Temos de manter cientificamente nossa paz sobre esse ponto ou toda sorte de emoções perturbadas talvez tente nos engolfar. Descontentamento. Solidão. Luxúria. Inveja. Autocomiseração. A Ciência divina ergue-nos acima do sentido de identidade ligado ao que é físico e a sexo, para o Cristo ideal da identidade real que exemplifica nosso estado imortal, e então vemos que não nos falta coisa alguma. A infinidade e a majestade das qualidades da Mente são nossas como reflexo da Mente — toda beleza, pureza e nobreza da verdadeira varonilidade e feminilidade. O Cristo abre-nos os olhos para que vejamos a toda nossa volta os abundantes sinais da Alma para deles desfrutar; e assim nos sentimos satisfeitos.

Uma vez tenhamos aceito que o homem é a prova perfeita do próprio ser de Deus, então a química entrecruzada do sentido pessoal não nos preocupa tanto. Cessamos de fumegar e de cuspir a respeito de rancores e ressentimentos. Em vez de nos pormos na defensiva como se estivéssemos para ser magoados a qualquer instante podemos prosseguir livremente, cuidando para ver a prova do Filho amado do Pai, a prova do Cristo em todos — “em quem [Eu, Deus] me comprazo” Mateus 3:17;.

A perfeição da Mente é contínua. Não tem fluxo nem refluxo. Que poderia a Mente perfeita, o Amor, saber de interesses, temperamentos e pontos de vista em conflito? Nada! Tudo isso é impossível na presença eterna do Amor. Deus nos conhece a todos eternamente como somos realmente, seres em união com Ele e com cada um dos outros, uma família unificada em Cristo — que manifesta junta a glória de Deus e está feliz sob o controle do Princípio.

“Absolve-me das [faltas] que me são ocultas” Salmos 19:12; podia muitíssimas vezes significar para nós: Absolve-me de todo conceito errado de homem. Diz-se do escritor inglês Charles Lamb que, ao ser repreendido por odiar alguém a quem não conhecia, redarguiu espirituosamente: “Ora, está claro que não o conheço! Como o poderia odiar se o conhecesse?”

Nunca acolha o pensamento desalentador de que você não é necessário, não é estimado, é de segunda classe. Isso não é verdade. Cada um de nós é um ente querido do Pai, faz parte integrante de Seu plano; podemos conscientizar-nos disso como um fato, agora mesmo. Cada pessoa é um ente especial, que brilha com luz refletida diretamente de Deus. Deus tem uma missão para cada indivíduo. Guia-nos a ela, dá-nos poder de realizá-la e recompensa-nos por assim fazer. Tal é a imagem que precisamos manter a nosso respeito. E esta é uma imagem válida!

A mente mortal procura influenciar quem estiver desprevenido a que monte um show patético e apresente um turbilhão emocional a fim de evitar assumir responsabilidades ou de atrair atenção e simpatias. Desvende esse ardiloso erro e expulse-o! É mais benéfico — e muito mais agradável — vencer desafios, procurar honestamente correção e aceitá-la, continuar aprendendo e crescendo.

Consideramo-nos emotivos, pessoas possantes que têm de nervosamente levar tudo de roldão o tempo todo, no escritório, no lar, no supermercado? Isso não traz bons resultados. Precisamos inverter o quadro, atribuir apenas a Deus toda energia e capacidade, toda orientação. Manter um sentido científico de humildade, ver Deus — sem reservas — como o Tudo-em-tudo a quem simplesmente refletimos, não só nos eleva e enaltece como também apressa qualquer cura de que tenhamos necessidade.

É loucura pensar que os turbilhões passados sejam precedentes para o presente e o futuro. Antes, limpemos nossa memória com a ajuda do sentido espiritual e vertamos apenas amor em nossa consciência até conseguirmos pronunciar uma bênção sobre cada lição aprendida. Perdoar (a nós mesmos em primeiro lugar) e a seguir confiar implicitamente em que a similitude do Cristo existente em cada um de nós nos guie para a ação correta — pode tranqüilizar o coração vacilante.

Quando vemos que o Espírito infinito é a substância de que somos feitos, e que o Amor enche todo espaço e constitui toda consciência, como podemos ter medo? A idéia da onipotência divina que você e eu representamos não é frágil, mas é vigorosa, robusta, isenta de idade, cheia de vigor espiritual e não se impressiona com o erro. Nenhum tumulto de medo há nela! Nenhum hábito de sofrimento. Nenhum molde de dor — e nenhuma expectativa de dor ou de medo da dor! “Nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos”  Atos 17:28; — e aí estamos a salvo.

Isso se resume no seguinte: Se queremos que as feridas físicas sarem, precisamos deixar que a Verdade cure as feridas mentais. Se queremos estar livres de doença ou infecção, precisamos deixar que o Amor silencie todo pensamento doentio e infeccionado, todo temor e ressentimento que pretendam estar nos devorando. Erradique do pensamento todo elemento impuro e venenoso e observe que as condições físicas melhoram!

Foi-me preciso resistir com determinação ao medo, ao ressentimento, à impaciência e à autocomiseração durante uma experiência que tive há alguns anos. Enquanto atravessava uma rua, fui atingida por um carro em alta velocidade. Declinei da atenção médica oferecida e aceitei o tratamento metafísico. Afirmei decididamente que nenhum traço de invalidez podia permanecer e que em cada dia que passava eu seria capaz de fazer algum movimento novo, normal. As longas horas foram ocupadas em conversas com Deus e, por certo, Seu terno amor atendeu a todas as minhas necessidades. Embora o dano corporal parecesse sério, tive uma bela cura no período de um mês.

O poderoso mandamento “Acalma-te, emudece!” Marcos 4:39. com que o Mestre, Cristo Jesus, acalmou as ondas, é tão eficaz em acalmar a turbulência mental hoje como o foi no seu tempo. Será que não devemos nos valer desse poder do Cristo? Acreditar nele? Com a significação daquele mandamento a encher nosso coração, podemos tomar mentalmente o mundo todo nos nossos braços e ajudar a trazer-lhe paz.

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