Certa madrugada, por volta das três horas, minha mãe telefonou-me sentindo-se muito angustiada. Ao tentar sair da cama constatara que não podia usar as pernas. Apesar de haver caído ao chão, conseguira arrastar-se até o telefone que se encontrava próximo.
Como Cientista Cristã, neguei imediatamente esse erro, pois sabia que toda verdadeira atividade pertence a Deus, e que ela não pode deixar de expressar Sua perfeição. Também neguei vigorosamente que houvesse qualquer poder separado de Deus e afirmei que as idéias espirituais movem-se com naturalidade de acordo com a Sua lei do bem. Reconheci o verdadeiro ser de minha mãe como sendo a semelhança perfeita de Deus. Assegurei-lhe que ela ficaria boa e que iríamos imediatamente ao seu encontro. Meu marido e eu nos dirigimos rapidamente à sua casa, que ficava a uns seis quilômetros de distância.
Ao chegarmos, constatamos que ela tentara voltar para a cama; estava gelada e quase não reagia à nossa presença. Logo a pusemos na cama fazendo com que se sentisse aconchegada e confortável. Foi então que ela disse num sussuro pensar estar morrendo. Passei meu braço à sua volta, novamente confortando-a e asseverando que ela estava bem. Demos-lhe algo para beber, pois seus lábios pareciam secos. Continuando a orar em silêncio, reconhecei que nada além do bem poderia penetrar em seus pensamentos, nem tampouco nos meus ou nos de meu marido.
O tema da lição bíblica daquela semana, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, era: “Provação após a morte.” Essa lição incluía a Oração do Senhor, que satisfaz a toda necessidade humana, e também as seguintes palavras: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal” (Jeremias 29:11) e ainda as palavras de Cristo Jesus (Mateus 21:21): “Se tiverdes fé e não duvidardes, ... até mesmo se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá.” Eu sabia que a verdadeira identidade de minha mãe nunca poderia de fato morrer, pois sua vida estava “oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Coloss. 3:2), por isso não tive medo. Saí do quarto para tratar do serviço da casa, deixando-a sob Seus cuidados, confiante de que a cura estava em andamento.
Quando voltei, minha mãe se encontrava dormindo serenamente; dirigi-me à janela e olhei para o bosque diante de mim. O dia estava amanhecendo e compreendi que, assim como nada pode deter a alvorada, nada pode evitar o surgimento do Cristo na consciência humana. Nada de prejudicial jamais acontecera ao filho de Deus. Enquanto observava a névoa da manhã se dissipar, vi com clareza que a Mente do Cristo está sempre presente para curar nossas enfermidades.
Minha mãe despertou com um colorido normal nas faces e disse sentir-se bem. Como já fossem oito horas da manhã, meu marido disse que iria de carro para casa aprontar-se para o trabalho, e depois traria o carro de volta para mim. Mamãe assegurou-lhe que nada disso era necessário, pois estava pronta para levantar-se. Ajudei-a a vestir-se e a sentar numa cadeira a confortável distância da lareira. Disse-lhe que Deus ama todos os Seus filhos e deixei-lhe literatura da Ciência Cristã para ler.
Ao voltar à tarde, minha mãe estava recebendo a visita de uma amiga e falava sobre a Ciência Cristã, relatando como se sentia e como a havíamos auxiliado. Havia sido completamente curada.
Sinto-me imensamente grata a Deus por essa maravilhosa prova de Seu cuidado, que demonstrou que Sua vontade é que vivamos. De fato, não há nada que esta maravilhosa verdade acerca de Deus e o homem não possa curar, quando aplicada corretamente.
Norwich, Norfolk, Inglaterra
