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A negação que conduz à cura

Da edição de agosto de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Há um modo seguro de evitar que sejamos levados a acreditar numa mentira, e esse modo consiste em conhecer a verdade. É assim que a Ciência Cristã cura. É preciso conhecer a verdade espiritual que nos capacita a descrer da condição errônea que se nos defronta e assim curá-la.

A metafísica divina da Ciência Cristã ensina recusarmo-nos a acreditar em qualquer coisa que queira erguer-se contra a verdade estabelecida — ainda que essa verdade nem sempre seja evidente. Dessa maneira o não acreditar é uma parte fundamental do método de cura da Ciência Cristã. “Não acreditar no erro destrói o erro, e leva ao discernimento da Verdade” Ciência e Saúde, p. 346;, escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde.

A verdade revelada explica a natureza de Deus como Espírito, ou Mente, e Sua criação como inteiramente espiritual. Ciência e Saúde, o livro-texto da Ciência da Verdade, ensina seus leitores a distinguir entre idéias espirituais, que são eternamente reais, e crenças mortais, que são irreais.

Uma coisa é aceitar a verdade absoluta de modo intelectual e teórico, e coisa bem diferente é extinguir as numerosas crenças falsas adquiridas ao aceitar-se o testemunho dos sentidos físicos, os quais nos identificam como entes mortais. Esses sentidos errados argumentam obstinadamente em contrário ao que estamos aprendendo a respeito de Deus, o bem. Quão ridícula deve parecer aos que nada conhecem de Ciência Cristã — e às vezes até mesmo aos próprios Cientistas Cristãos — a declaração de algum estudante desta Ciência, justamente em meio a uma desarmonia gritante: “Isto em realidade não está acontecendo!”

Esta é, não obstante, a natureza revolucionária da metafísica científica. Nega a evidência dos sentidos. Não acredita em suas mentiras. Por muito desafiador que tal modo de encarar as coisas possa ser, é ele o modo correto, pois se o espiritual é real, então o material é irreal. E aquilo que é irreal não pode ser melhorado ou mudado; pode apenas ser reconhecido como irreal — isto é, pode ser negado.

Por exemplo, quando nos defrontamos com uma condição física dolorosa, será que contamos a nós mesmos que temos um problema físico? Será que então começamos a nos perguntar o que ele virá a ser, quanto tempo levará para ficarmos livres dele, e qual terá sido sua causa? Tal atitude significa afastarmo-nos da metafísica científica. Se nos detivermos nesse raciocínio, talvez aceitemos ignorantemente como real toda dor e todo medo e invalidez que a mente mortal apresente. Talvez até sintamos um laivo de ressentimento contra a situação desagradável e tenhamos de travar luta com o orgulho, pois pensávamos conhecer o suficiente da Verdade para evitar tais dificuldades. E logo, quando nos dispusermos a trabalhar cientificamente, estaremos convencidos de que há alguma matéria doente que precisa ser convertida em matéria sadia. Que foi que aconteceu? Mordemos a isca da mente mortal — acreditamos na mentira.

Cristo Jesus expôs a fraude da mente mortal. Advertiu: “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.” Mateus 5:25;

Quando algum erro se nos afronta, quer seja desonestidade, incapacidade, acidente ou raiva, por que nem sempre deixamos de acreditar no quadro errôneo, substituindo-o mentalmente pela verdade concernente à situação? Porque a falsa crença de haver vida, inteligência e substância na matéria é um estado hipnótico, incapaz de conhecer a Verdade e pode acreditar unicamente nas suas próprias crenças; e porque o erro específico que está a nos atormentar faz parte deste sentido mesmérico, material, e portanto pretende exercer efeito hipnótico sobre nós enquanto não reconheçamos e percebamos a Verdade.

Desse modo podemos compreender por que é importante começar o dia com o reconhecimento da supremacia do Espírito. Negar por completo o sentido mortal, material, das coisas, nos ajuda a resistir ao efeito hipnótico de qualquer sugestão mental específica que se apresente. Com a compreensão clara da existência espiritual estamos equipados para não acreditar em nenhuma mentira que o adversário esteja pretendendo promover.

A experiência ensina-nos outro ponto importante. Aquilo que rompe a crença mesmérica não é apenas uma crença melhorada ou uma crença diferente; é a verdade eterna. Se cremos estar doentes, somente prolongamos o sofrimento ao descrever condições físicas. Tanto um corpo adoentado como um corpo sadio são crenças falsas nas quais é preciso não mais acreditar. O que rompe o fascínio é a verdade de que o homem é a idéia espiritual de Deus, e que, portanto, nunca está doente; que, por não haver matéria, não pode haver matéria sadia ou doente, nem pode haver mortais doentes.

“Ele falou, e tudo se fez” Salmos 33:9;, diz-nos o Salmista. Essa é a grande verdade que nos autoriza a descrer daquilo que quer invadir o universo espiritual e perfeito da Mente.

Cristo Jesus foi o Mestre da metafísica. Nunca se detinha no reino da crença mortal, nem se permitia ser hipnotizado pelo sentido material e sua vontade humana. Jesus sabia que a mortalidade é um conceito errado da existência. Ele amava e vivia o Espírito, ensinava a reconhecer o Espírito e provava que as crenças em matéria eram mentiras. “Meu Pai trabalha até agora,” disse ele, “e eu trabalho também.” João 5:17;

Na separação que a Ciência Cristã estabelece entre a Verdade e o erro ela é tão absoluta quanto o Mestre. “Pode a crença destruir a crença?” pergunta a Sra. Eddy. E a seguir responde: “Não: para fazêlo é preciso compreensão. A Ciência medica os males causados pela crença material, substituindo-os pela Verdade demonstrada.” E na mesma página lemos: “Precisas reconhecer que o erro nada é: então, e então, é que o dominas na Ciência.” Miscellaneous Writings, p. 334.

Aquilo que sabemos da perfeição do Espírito é que nos mostra o que devemos negar e dá-nos, ao mesmo tempo, poder e autoridade para assim fazer.

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