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Os filhos de Deus nunca são ilegítimos

Da edição de agosto de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Cada filho de Deus, cada idéia espiritual concebida pela lei divina da Verdade e do Amor, tem propósito, legitimidade, destino divino. Nenhuma idéia espiritual está destituída de lugar no plano de Deus. Nenhuma fica fora da lei infinita de Deus.

A criação de Deus é um universo de perfeição. Algum dia toda a humanidade vai se submeter a esta verdade final. Abandonaremos as limitações da mortalidade — a crença de que a materialidade em vez de o Espírito seja a base da existência — e reconheceremos a validade da idéia pura de Deus.

Esse reconhecimento é obtido gradualmente, à medida que abandonamos as crenças no mal e aceitamos a totalidade de Deus e Sua bondade. A legitimidade de cada indivíduo não provém de uma ascendência mortal, mas diretamente da Verdade divina. Por ser Deus o único criador, a verdadeira natureza do homem é inteiramente espiritual. Quanto mais claramente se compreender que Deus é a única fonte do ser, tanto mais fielmente os atos humanos refletirão os fatos divinos.

A legitimidade genuína tem suas raízes na lei divina e a experiência humana deve ser posta em conformidade com esta lei. A concepção de uma criança dentro da proteção da moral e da lei humana promove a legitimidade que provém da Verdade. Os filhos merecem este profundo clima moral de pensamento porque ele dá proteção e apoio vitais para seu desenvolvimento. Que dizer, porém, com respeito aos filhos que não são concebidos dentro do abrigo de qualidades morais — pureza e sabedoria, virtude e integridade? Uma compreensão profunda da lei divina que descreve Deus e Seu relacionamento com Sua idéia perfeita capacita-nos a vivenciar uma reforma curativa e isso é essencial quando qualidades de pensamento que são menos que morais e espirituais contribuíram para o nascimento de uma criança.

Deus não dá origem a uma idéia desnecessária. Cada idéia de Deus é necessária para Sua inteireza. Porque a criação de Deus é inteiramente espiritual, Seus filhos são inocentes, nascidos do Amor e da Verdade. Esses fatos divinos trazem a cura em casos onde a atitude original dos pais estava cercada de motivos errôneos, permissividade e atos impensados.

O filho de Deus nunca é o produto da ignorância, imoralidade, ingenuidade — nunca o resultado do pecado ou do erro. O filho de Deus não nasce da mortalidade. O filho de Deus é a expressão do Amor imortal — nascido da lei divina e dentro da ordem da bondade divina. A crença de que atos errados sejam irrevogáveis, que seus resultados não possam ser invertidos, mas que finalmente se voltarão contra nós e nos dilacerarão, cederá a uma compreensão melhor de que Deus é o Pai e a Mãe de todos os Seus filhos.

O conceito de que um indivíduo seja um mortal obstaculizado por elementos ilegítimos prévios é uma mentira. A Sra. Eddy dá um diálogo escrito, um colóquio, entre o Bem e o Mal. O Mal clama: “Uma mentira é tão genuína como a Verdade, embora não seja filha tão legítima de Deus.” A refutação do Bem faz referência a Edmund, filho ilegítimo de Gloucester em Rei Lear de Shakespeare, e então com arrebatadora certeza insiste: “Deus não tem filhos bastardos que se voltam contra Ele e destroem seu Criador. Os filhos divinos nascem da lei e da ordem, e esses são os únicos que a Verdade conhece.” Unity of Good, pp. 22-23;

Os pais, ou a própria sociedade, poderão perguntar como os resultados de hoje, cujas sementes foram plantadas há muitos anos, podem ser mudados. A Ciência Cristã explica que o passado, para cada um de nós, é formado essencialmente dos pontos de vista que hoje dele temos. O registro de um passado improdutivo pode ser revisto no pensamento presente e seus erros corrigidos. Qualquer valor que o passado possa ter para nós em forma de lições aprendidas depende de nossa capacidade presente de esclarecer espiritualmente nossa concepção do passado. À medida que formos honestamente capazes de ver mais claramente a natureza de Deus e Sua criação, nossos pontos de vista sobre os acontecimentos humanos, tanto passados como futuros, serão focalizados mais claramente.

A espiritualização de nosso pensamento capacita-nos a acertar as coisas no campo humano, a dar uma perspectiva mais exata dos acontecimentos. A crença de que o bem seja inato à matéria ou dela possa ser obtido é o que obscurece a experiência, passada ou presente. A remoção dessa crença pode revelar a bondade de Deus em áreas que antes pareciam muito obscuras. “É preciso revisar a história humana, e apagar o registro material” Retrospecção e Introspecção, p. 22;, é o encorajamento da Sra. Eddy.

No entanto, essa revisão e cancelamento podem ocorrer de modo apropriado mediante o crescimento espiritual. É inútil olhar saudosamente para trás, desejando que as coisas tivessem sido diferentes. É possível, porém, conformarmo-nos à lei divina de maneira tão cabal e discernir tão claramente o conhecimento que Deus tem da perfeição que nossa vida de fato será transformada pelo Cristo, a idéia verdadeira de Deus. Então veremos o passado sob nova luz, e acertaremos definitivamente as contas de atos errados. Descobriremos, finalmente, que, do ponto de vista divino, o pecado carece de poder, não tem substância, é irreal. Poderemos confirmar a promessa de Jeremias: “Já não dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram.” Jeremias 31:29;

Quando as dificuldades presentes com os filhos parecem ter suas origens em ações dos pais fora dos imperativos morais, os conceitos limitadores de uma ascendência mortal e de um nascimento mortal podem ser rompidos. Podemos discernir o que Deus gerou, e nossa expressão de paternidade e maternidade espiritual nos capacitará a passar por uma transformação que revisará os acontecimentos. Então o sofrimento resultante de ações errôneas passadas será eliminado. Demonstraremos em certo grau a asseveração contida no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy: “Há liberdade moral na Alma.” Ciência e Saúde, p. 58.

Ficará provado que a imutável e incontestada lei de Deus da virtude e da inocência é o único poder que governa o homem. As ações diruptivas cederão à lei e ordem divinas. Os pais e os filhos chegarão um passo mais perto de seu verdadeiro relacionamento com o Pai-Mãe Deus.

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