Embora eu tivesse freqüentado a Escola Dominical da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) até a idade de dezessete anos, ainda não sentia que a Ciência fosse eficaz para mim, apesar das provas que tinha visto de sua aplicação prática em minha família. Durante a infância, quando havia necessidade de cura ou de conforto, meu pai muitas vezes citava este versículo de Tiago (1:17): “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.” A Ciência Cristã é de fato uma dádiva preciosa de Deus, mas eu tinha de ver e provar isso por mim mesma.
Depois de ingressar na Universidade, comecei a tomar minhas próprias decisões sobre as coisas. Uma delas foi parar de freqüentar a Escola Dominical da Ciência Cristã. Gradativamente, porém, começaram a aparecer em minha vida problemas físicos e outros, até que finalmente recebi tratamento para doença mental. Embora os médicos dessem esse mal por curado, eu sentia que o tratamento médico não tinha atingido seus objetivos.
Chegou a hora em que senti que só me restava a Ciência Cristã, pois o tratamento médico havia sido ineficaz. Lembrei-me da eficácia da Ciência em minha própria família, inclusive de seu aspecto preventivo. Papai nunca ficara doente durante todo o tempo em que o observara, nem tinha faltado um dia sequer ao trabalho. Se a Ciência Cristã não pudesse me ajudar, pensei, nada mais poderia. Na realidade, lá no fundo, mesmo durante os anos em que eu me havia afastado da Ciência Cristã, ficara a convicção de que, se corretamente aplicado, este método podia curar-me.
Minha família sempre me dera apoio, sem me impor nem forçar os ensinamentos, pelo que sou muito grata. Havia horas em que eu sentia um desespero e uma sensação de futilidade como a que o filho pródigo da parábola de Cristo Jesus deve ter sentido (ver Lucas 15: 11–14). Assim como o filho pródigo foi recebido com calor de volta à casa paterna, assim também quando eu estava disposta a voltar à Ciência Cristã, meus familiares estavam prontos e ansiosos por ajudar-me a dar os passos necessários. Com seu estímulo, visitei uma praticista da Ciência Cristã.
Minha cura não foi de modo algum conseguida instantaneamente. A praticista recomendou sabiamente que eu fosse regularmente ao seu escritório para discutir questões surgidas de meu estudo das lições bíblicas do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. A cada visita, a luz da verdade espiritual iluminava mais minha consciência, afastando as sombras de um estado mental perturbado. Havia muitas pepitas a serem extraídas do ouro da instrução científica dada na Escola Dominical, mas que eu deixara ficar adormecido. Agora verdades vitais renasciam em meu pensamento receptivo. Comecei a aprender mais sobre minha natureza real como perfeita filha de Deus, e eu gostava do que estava aprendendo.
Dentro de poucos meses foi conseguida a cura completa da doença mental. Não muito tempo depois, casei com um estudante de Ciência Cristã e comecei a formar minha família. Aos nossos filhos são ensinadas as verdades desta religião e como usá-las em seu viver diário.
Recentemente pude ajudar minha mãe. Residente havia vários anos de um lar secular para aposentados, mamãe parecia estar perdendo o interesse pela vida; seu apetite declinou ao ponto em que seu peso foi considerado perigosamente baixo. Ela não recebia tratamento médico para esse mal. Uma amiga animou-me a orar por mamãe, assim como ela havia orado pela sua mãe em horas de necessidade. E eu estava contente em fazê-lo.
Usando uma hora específica de manhã, trabalhei com trechos de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras por Mary Baker Eddy que focalizavam as falsas crenças sobre idade avançada, tais como fraqueza e inutilidade. Eis duas das declarações que ponderei (pp. 168 e 219): “Em razão de os sistemas feitos pelos homens insistirem em que o homem adoece e se torna inútil, sofre e morre, tudo em consonância com as leis de Deus, devemos acreditar nisso? Acaso devemos acreditar numa autoridade que nega o mandamento espiritual de Deus relativo à perfeição — autoridade que Jesus provou ser falsa?” e “Não diremos que o corpo é fraco, se o quisermos forte; pois a crença na fraqueza deve ter estado na mente humana antes de poder manifestar-se no corpo, e a destruição da crença será a eliminação de seus efeitos.”
Decidi-me a refutar toda sugestão de que a saúde ou o valor do homem pudessem ser debilitados. Eu sabia que a verdadeira identidade de mamãe era uma de impecável perfeição espiritual, criada e preservada por Deus.
Dentro de três meses o apetite de mamãe voltou; ela aumentou de peso e voltou a ter interesse pelas coisas. De fato, o médico que a havia examinado antes não esperava que ela vivesse até o Natal. Ele e as enfermeiras ficaram surpresos com sua mudança.
Sou profundamente grata por muitas curas — especialmente essas duas, a primeira das quais mudou o curso de minha vida. Muito aprecio os esforços de minha família que ternamente apoiou minha florescente compreensão de Ciência Cristã. Também sou grata à praticista que me ajudou a retomar o caminho do qual eu me havia desviado. Foi por causa da Sra. Eddy, que altruisticamente obedeceu ao amor e à orientação de Deus, que temos normas específicas para a cura espiritual, conforme se acham delineadas em seu livro Ciência e Saúde.
Snyder, Nova Iorque, E.U.A.
