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Cérebro ou Mente

Da edição de agosto de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Será que as pessoas são controladas por um supercomputador? De acordo com a fisiologia, é o cérebro humano a base do pensamento e da ação e, além de armazenar conhecimento, influencia o corpo. Presume-se que este cérebro seja a fonte da inteligência, da consciência, da razão e de todos os movimentos. Apesar de volumosa pesquisa, porém, os cientistas físicos sentem que ainda não conseguiram perscrutar suas profundidades e complexidades.

A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) sustenta que toda inteligência e consciência procedem de Deus. Poder e ação procedem da Mente divina — a inteligência suprema e infinita. Esta Mente que é Deus concebe o homem e o universo e controla permanentemente o que cria. O homem reside na Mente que o criou; a Mente não reside no homem. A partir desse ponto de vista qualquer pessoa é capaz de inverter crenças a respeito do cérebro que haveriam de limitar-lhe a capacidade de raciocínio, ou o movimento, a consciência e a inteligência.

Uma tese básica da Ciência Cristã é que a Vida, sendo Deus, não está na matéria. Essa premissa leva à conclusão de que um cérebro de ordem material não pode ser a fonte da vida de ninguém, nem o elemento condicionador que a governa. A condição primária da vida humana é a consciência. A crença material alega que a consciência reside no cérebro material. Se o cérebro não funciona bem ou recebe forte pancada, o resultado pode ser inconsciência.

A Mente divina, porém, está sempre consciente do homem. A Mente, Deus, nunca pode perder o controle consciente de Sua criação. Portanto, o homem, que habita na consciência da Mente, nunca pode estar num estado de inconsciência. Um mortal inconsciente é uma ilusão a respeito do verdadeiro estado de consciência. O que quer que cause a crença de inconsciência — seja doença, seja acidente — não tem poder de afetar a Mente ou a idéia da Mente.

Cristo Jesus conhecia o poder que a Mente tem de controlar e manter suas idéias. Quando lhe trouxeram um jovem epiléptico, o Mestre, com efeito, repreendeu a crença total em cérebro. Disse: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.” Marcos 9:25; Despojada de sua máscara, a crença errônea de epilepsia não tinha coisa alguma para sustentá-la nem poder de comunicar-se.

Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “É a mente mortal que convulsiona seu substrato, a matéria.” Ciência e Saúde, p. 80; O cérebro não passa do estado objetivado da crença mortal, que na Ciência Cristã é chamada mente mortal. Essa mente mortal não passa de uma suposição de que a Mente divina não seja onipotente e onipresente.

A realidade espiritual dá testemunho de que Deus é todo o poder. Portanto, qualquer crença que desafie essa realidade é irreal, é uma mentira. É tanto surda como muda, como o Mestre a rotulou, e pode produzir os fenômenos errôneos que se originam nas suas crenças errôneas apenas como ilusão que exibe outras ilusões.

Na medida em que aceitamos o fato espiritual de que habitamos na Mente, tranqüilizamo-nos na certeza de que a consciência que a Mente tem a respeito de nós como seu reflexo, capacita-nos a sermos coerentemente inteligentes. Como o homem é reflexo da Mente, precisamos refletir a Mente como nossa consciência. É tão impossível estar separados da consciência como estar separados de Deus, a Vida.

Caso seja doença ou acidente o que pareça bloquear a capacidade de movimento de alguém, sustando os impulsos do cérebro às diversas partes do corpo, esse estado é uma crença, não um fato. Tal bloqueio pode ser curado quando nos conscientizamos de que a Mente exerce controle absoluto sobre o homem. Mesmo quando o corpo de alguém se movimenta adequadamente faz-se necessário compreender que é a Mente, e não o cérebro, seu fator controlador. A Sra. Eddy diz-nos no livro-texto da Ciência Cristã: “A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa.” ibid., p. 283;

Quão falaz é acreditar que uma Mente infinita e suprema aja por intermédio da matéria para impelir a ação! Uma vez que a Mente é a fonte da ação, o homem — a idéia manifesta da Mente — depende diretamente desta fonte para exercer ação correta. Na proporção em que uma pessoa desperta para sua fonte, Deus, a Mente divina, tal pessoa é capaz de curar estados que alegam que o movimento procede do cérebro e foi interrompido ou debilitado em virtude de algum mau funcionamento dos impulsos materiais.

Em realidade, o único impulso que governa o homem é o do Amor. A Mente é Amor, e os impulsos comunicados desde esta fonte divina são suaves, ternos e estão sempre presentes. Como Deus é Amor, as idéias do Amor não estão fora do alcance do Amor. A Mente, o Amor, transmite inteligentemente ao homem os seus impulsos ininterruptos e quando este fato é visto com clareza aniquila-se a crença de que uma comunicação do cérebro foi interrompida.

Sendo a Mente divina toda a inteligência, é portanto a fonte de nossa capacidade de raciocinar e do intelecto. Em geral atribui-se a capacidade de aprendizado de uma criança àquilo que se chama cérebro. A Ciência Cristã, porém, capacita pais e professores a se afastarem de tais limitações e a verem que a Mente é a fonte de toda capacidade de aprendizado. Não restringimos a beleza ou a verdade a um cérebro material, e também não deveríamos limitar a inteligência à matéria.

Oh, quanto a Ciência Cristã é capaz de libertar filhos e pais, se pretensões de haver inteligência na matéria alegarem limitações! Quando se percebe que a Mente é a fonte da inteligência do homem, fica desvendada a liberdade que ele tem de sacar sem reservas de sua verdadeira fonte. Hereditariedade, enfermidade, genética, defeitos de nascença — toda e qualquer forma de bloqueio que nega o fluxo livre da inteligência — são mentiras a respeito de Deus e Sua criação. A fonte da inteligência é a Mente, a Vida — o Princípio criador chamado Deus. Deus é Princípio invariável, e nenhuma idéia está separada dEle. Muitas crianças ficaram livres da dificuldade de aprender quando as verdades da Ciência Cristã foram aplicadas e a crença de que o cérebro seja o órgão do aprendizado foi substituída pela compreensão lógica e inteligente a respeito da natureza espiritual da origem da criança — o Espírito.

Certa Cientista Cristã constatou a necessidade de afastar o olhar do cérebro para a Mente como a fonte da inteligência de seu filho quando surgiram impedimentos no aprendizado, impedimentos estes oriundos de outro tipo de problema. A mãe era educadora e estava familiarizada com as teorias a respeito dos Q. I. Seus filhos prometiam muito desde tenra idade, e a Cientista Cristã viu-se a comprazer-se no sentido errôneo de inteligência na matéria. Como a matéria não é fonte de nenhuma forma de inteligência, a crença precisa ser refutada, quer seja boa, quer má. A Cientista Cristã constatou-o quando um de seus filhos, criança extremamente brilhante, entrou para a escola e houve dificuldade em lidar com ele. Certa vez um professor sugeriu que a criança devia repetir o ano. Isto forçou a progenitora a despertar para o fato de que aceitar a capacidade de aprendizado baseada numa crença em cérebro é tão errado quanto aceitar capacidade limitada de aprendizado devido à tal crença. A criança passou de ano e a mãe começou a encarar de maneira diversa as capacidades da criança, vendoas como outorgadas por Deus. Isso capacitou a criança a cumprir com as exigências educacionais de maneira mais satisfatória.

Voltar-se para o cérebro em busca de inteligência, movimento ou consciência é de fato uma forma de violar o primeiro mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” Êxodo 20:3. é uma exigência de que se reconheça Deus como a Mente — a fonte governante e controladora do universo, inclusive o homem. Nenhum poder opõe-se a essa Mente criadora; nenhum bloqueio ou interrupção de seus atributos pode realmente acontecer. O homem reflete a plenitude da ação da Mente, habitando para sempre na consciência divina. A Mente e não o cérebro é responsável pelo homem.

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