Durante a minha infância eu estava ciente de que meu pai recebia diversos tipos de tratamento material. Mas ele morreu quando eu contava onze anos e isso abalou-me a confiança no poder de curar dos médicos.
A essa altura dois amigos queridos deixaram nossa vila para trabalhar e foram viver mais perto de Londres. Numa visita que nos fizeram, falaram aos meus familiares a respeito da nova religião que haviam encontrado: a Ciência Cristã. Indaguei a respeito dela e me foi dada a simples resposta de que ela aceita a verdade exposta no primeiro capítulo de Gênesis, segundo a qual “Criou Deus ... o homem à sua imagem” (1:27) e, portanto, o homem é de fato espiritual, refletindo a perfeição de Deus. Que revelação para mim! Significava isso que Deus me havia feito espiritual e que Ele cuidava de mim? Era a Ciência Cristã uma alternativa ao uso da medicina e um elo com o que Cristo Jesus havia vivido e ensinado? Asseveraram-me que a resposta a esses pontos era positiva. Isso me tornou muito feliz e livre de preocupações e tão confiante na terna solicitude de Deus que deixei de valer-me dos remédios receitados pelos médicos. Quando minha mãe me levou para uma visita de rotina ao médico que me vinha tratando de um caroço no pescoço (o caroço havia então desaparecido), disse ele: “Ora, vivas, sua filha teve a sorte de livrar-se desse mal!” A Ciência Cristã me havia curado. Mais tarde compreendi que a singela aceitação desse ensinamento lógico me trouxera a cura.
Nossa cidadezinha estava bem distante de qualquer atividade da Ciência Cristã, mas eu havia sentido o toque de seus ensinamentos práticos. Quando comecei a trabalhar, coloquei de lado uma semana de salário para comprar um exemplar do livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. De início não lhe prestei muita atenção, mas tinha a sensação de que esse livro era a preciosa chave das Escrituras que eu talvez viesse a necessitar algum dia. Quando já estava perto dos vinte anos mudei-me para uma cidade onde haviam se iniciado cultos da Ciência Cristã, e daí por diante passei a valorizar os ensinamentos e a comprovar que eram válidos em muitos casos.
Quando nosso filho tinha mais ou menos sete anos, teve um dos dedos preso no portão da pracinha de brinquedos de sua escola. A professora que o trouxe para casa receava que ele houvesse perdido a ponta do dedo. De acordo com as leis de nossa terra, o menino foi levado a um médico, e evidentemente havia perdido a ponta do dedo. Entramos em contato com um praticista da Ciência Cristã que passou a orar por ele. Meu marido e eu fomos convidados a unir-nos nesse trabalho em espírito de oração, estudando esta declaração da Sra. Eddy: “A criação está sempre se manifestando e tem de continuar a manifestar-se eternamente, por causa da natureza de sua fonte inesgotável. ... Mas a semente está dentro de si mesma, só na proporção em que a Mente divina é Tudo e reproduz tudo — na proporção em que a Mente é a multiplicadora, e a idéia infinita da Mente, o homem e o universo, é o produto” (Ciência e Saúde, pp. 507–508). A ponta do dedo cresceu outra vez bem como a unha, apesar dos receios do médico. Foi uma cura rápida.
Outra ocasião o meu joelho doía muito e eu mal e mal conseguia mover-me. Enquanto orava para obter alívio, um versículo bíblico veio em meu socorro (1 Reis 18:21): “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” Vi que eu estava “coxeando” e seguiu-se grande influxo de ânimo com a resposta que a Bíblia dá nesse mesmo versículo: “Se o Senhor é Deus, segui-o.” Eu sabia que o plano infinito de Deus só podia oferecer liberdade espiritual e o bem aos Seus filhos, e esse era o único ponto de vista que eu precisava. Prazerosamente aceitei a mensagem e logo passei a caminhar normalmente.
Aprecio sinceramente a devoção e a consagração da Sra. Eddy, as quais a capacitaram a descobrir a Ciência da cura cristã e a nos dar o livro-texto, Ciência e Saúde, com instruções e idéias que até mesmo eu posso compreender, seguir e desfrutar. Filiação e atividade em diversas igrejas filiais em ocasiões diferentes têm-me proporcionado proteção e alegria durante muitos e muitos anos.
Huntingdon, Condado de Cambridge, Inglaterra
