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Tempo integral a serviço de Deus

Da edição de agosto de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Na parábola encontrada em Lucas 17:7–10, Cristo Jesus fala de um servo (ou “escravo”, segundo o original grego) que trabalha o dia inteiro e deve todo seu tempo, aptidão e energia ao patrão, e só pode tratar de seus próprios assuntos quando especificamente autorizado. Até mesmo quando lhe é concedido tempo para cuidar de seus interesses, o que fizer ainda assim pertence ao patrão. Nas ocasiões em que faz algum esforço especial para agradar ou quando executa alguma tarefa penosa, ele não merece nem recebe nenhum agradecimento ou recompensa especial. Não há maneira de ele obter lucro por meio de seus próprios esforços.

Poucos de nós voluntariamente confiaríamos que um ser humano viesse a dar-nos emprego equitativo sob tais circunstâncias. Mas, a moral dessa história de Jesus, é certamente que já estamos empregados a serviço de Deus como servos sem remuneração. Em realidade somos totalmente dependentes dEle. Não há nada que possamos necessitar sob a forma de sustento, saúde, companhia e atividade satisfatória que Sua vontade já não nos tenha proporcionado. Tudo o que realmente temos provém de Deus. Mesmo se dispomos de algum tempo, habilidade ou energia próprias para fazer outras tarefas e não precisamos dar todo nosso tempo para Deus, ainda assim não poderíamos ter mais do que Ele já nos concedeu. Não há maneira de obter lucro pelos nossos esforços independentes, porque o lucro é inexpressivo quando já temos tudo.

“Aha!” você diria, “mas aí está o equívoco. Como vou saber que Deus me deu tudo? Não posso ver, tocar nem sentir nada. Na verdade, minha vida está cheia de falhas. Faltam-me muitas coisas das quais tenho necessidade.”

Se temos dificuldade em perceber o bem infinito que Deus já nos concedeu, é porque Seu bem — que é o único bem que existe — é espiritual. Nosso sentido material das coisas, falsamente educado, que traduz as qualidades espirituais ilimitadas para a aparência de substância física limitada, é uma forma de cegueira que só pode ser removida pela compreensão espiritual, a mais elevada espécie de fé em Deus. A Sra. Eddy diz: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado.” Ciência e Saúde, p. 1.

Atendendo ao pedido de seus discípulos, que desejavam ter a fé aumentada, Jesus lhes contou a referida parábola. Se desejamos aumentar nossa fé para que se aproxime do nível que move montanhas de limitações materiais do nosso caminho, precisamos avaliar nosso trabalho como servos. Talvez concordemos (intelectualmente) que aqui estamos para servir a Deus, mas quantos de nós agimos dessa forma? Não agimos mais seguidamente como se nós fossemos o patrão e Deus o servo? Quanto tempo passamos alegremente fazendo nossas próprias coisas, procurando nosso próprio conforto, preocupados com nosso próprio conceito das coisas, sem sequer nos lembrarmos de Deus? Colocamos Deus em primeiro lugar cada dia em cada uma de nossas decisões? Ou será que O chamamos como se chama a um empregado — somente quando temos algo que precisamos ver resolvido? “Ei, Deus! — tenho dor de cabeça. Preciso aumentar meus rendimentos.

Preciso de emprego melhor. Arruma algo para mim, por favor, do estoque do Teu bem infinito”?

Quando oramos a Deus em épocas de aparente necessidade, e não percebemos a resposta, não é porque Deus está zangado conosco ou quer nos ensinar uma lição. Talvez seja simplesmente porque nos esquecemos de nosso papel como servos em tempo integral. E quando esquecemos nosso papel como Seus servos e nos acostumamos a servir a nós próprios em primeiro lugar, também esquecemos que Ele já nos concedeu tudo. Esquecemo-lo tão completamente que não conseguimos perceber as provas ao nosso redor. Mas quando despertamos e lembramos nossa posição e a de Deus, a bênção do bem está exatamente aqui conosco, dizendo: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu senhor.” Mateus 25:23.

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