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Por que prender-se?

Da edição de agosto de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Há ocasiões em que nos sentimos presos nalgum lugar escuro cercado de altas e sólidas paredes. Estar preso nunca é verdadeiro. Um mundo de luz foi revelado à humanidade com o advento do Mestre, Cristo Jesus, e com o despontar do Consolador por ele prometido: a Ciência divina.

A realidade do ser, como foi apresentada à humanidade por meio do Cristo, a Verdade, abriu as portas da prisão criada por um sentido mortal de homem. A Sra. Eddy diz-nos em Ciência e Saúde: “As crenças desarmoniosas, que espoliam a Mente, chamando-a de matéria, e que deificam suas próprias noções, ficam aprisionadas dentro daquilo que elas mesmas criam.” Ciência e Saúde, p. 251.

Mortalidade, palavra que designa toda discórdia, doença, atrito, tristeza, carência e miséria no mundo, é algo em que nos prendemos. Afligimo-nos sem saber. Impomos a nós mesmos todo terror e miséria que supostamente nos são impostos. Como? Com acreditar que o homem seja mortal ao invés de ser o filho de Deus, que é a própria Vida, o grande Eu Sou. Com crer nas imagens distorcidas apresentadas pelos sentidos materiais.

O Mestre conhecia muito bem sua filiação e nunca admitiu nenhuma outra identidade. Disse saber de onde vinha e para onde ia. Ver João 8:14. Que é ele para nós? O Guia. Quando da profundeza da humildade admitirmos nossa filiação e, com força, negarmos tudo o que tenta negar esse status sagrado, o cativeiro causado pela mortalidade desvanecer-seá gradualmente e parecerá menos real. Fácil? Muitas vezes não parecerá fácil. Trata-se de uma luta com os falsos sentidos físicos. Uma vez ganha, porém, essa batalha, palmo a palmo, trará grandes recompensas sob a forma de saúde, vigor, capacidade, utilidade; de liberdade para servirmos ao nosso próximo; de satisfação incalculável.

Em Miscellaneous Writings a Sra. Eddy diz: “A escuridão mental é erro insensato, não é inteligência nem poder, e sua vítima é responsável por essa suposta presença.” Mis., p. 355.

Muito cedo em meu estudo de Ciência Cristã comecei a captar vislumbres, aqui e acolá, do fato de que nossos males são auto-impostos. Muitos reagem a esse pensamento. Se nossas dificuldades são por nós mesmos infligidas, há, porém, algo que podemos fazer a respeito. O caminho encontra-se exposto do início ao fim tanto da Bíblia como dos escritos da Sra. Eddy. Lemos no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “O pensamento humano precisa libertar-se da materialidade e da servidão que ele mesmo se impôs.” Ciência e Saúde, p. 191. Afirmação direta e clara. Se nossos males são o resultado da ação de outros, de circunstâncias e ambiente, a situação poderá parecer desesperadora. No entanto, se são por nós mesmos impostos, podemos, então, começar a fazer algo a respeito a partir do momento em que percebemos esse fato.

Ao apegarmo-nos à verdade de nossa filiação divina e imaculada podemos substituir a irritação pela amável paciência. Radiante esperança pode eclipsar a melancolia. Bondade singela é capaz de impedir que se manifeste o egoísmo. Em muitas pessoas predomina uma atitude negativa, e desse mau começo muitos males se apossam do pensamento. Alguém, no entanto, disse certa vez: “Eu posso é o filho do Eu Sou.” Essa é uma afirmação correta. Ao compreendermos nossa verdadeira identidade, percebemos ser possível expressá-la, e à medida que a expressamos, o sentido pessoal é suplantado pelo verdadeiro ser individual, pelo reflexo espiritual. Dar generosamente, partilhar a alegria e o bem, pode mudar nosso dia.

Por que nos é possível refutar os intrusos pensamentos de desespero, má sorte, e outros semelhantes? Porque não somos de nós mesmos, como no-lo diz o apóstolo Paulo Ver 1 Cor. 6:19., mas somos obra de Deus, o bem. A percepção desse fato dá-nos agora acesso ao bem infinito de Deus.

Um falso sentido de identidade deve cair no esquecimento. Pela obstinação, porém, muitas vezes apegamo-nos com tenacidade a perdas imaginárias, ao embuste e ao mal-entendido! Contudo, pode ser muito fácil desfazermo-nos desses pensamentos e deixarmos o caminho aberto para que Deus se afirme em nossa consciência como a fonte e substância de nossa verdadeira identidade, que está livre de qualquer mácula do pseudo homem mortal. Por quê? Simplesmente porque qualquer discórdia é somente tão real quanto a realidade que lhe concedemos. Nada mais do que isso.

Quais são alguns dos falsos estados mentais que tentam aprisionar o indivíduo? Ódio, medo, irritação, luxúria, cobiça, egotismo, para mencionar apenas alguns. Poderíamos continuar interminavelmente nessa deplorável lista de nulidades.

O que é que traz libertação? Um sentido de beleza, paz, santidade, as qualidades da Alma e do Espírito, que são fartamente descritas no livro-texto. Essas qualidades estão à nossa espera para que as descubramos, aprimoremos e usemos em nossa vida diária. Eis aí o antegozo do céu.

Estamos sempre no limiar da escolha. “Escolhei hoje a quem sirvais” Josué 24:15., ordena a Bíblia. A escolha espiritual molda o caráter de modo acertado e assegura grande recompensa. As fortemente entrincheiradas portas que nos prendem à mortalidade cederão na direta proporção do nosso profundo reconhecimento e da conscienciosa e fiel prática do status espiritual do homem. As algemas da educação errada, da influência errônea, dos valores materialistas, rompem-se quando nos identificamos continuamente com a fonte eterna, o Pai.

Como S. Paulo, podemos afirmar e demonstrar, passo a passo, que nascemos livres. Ver Atos 22:28 (conforme a versão King James).

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