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O firmamento indivisível

Da edição de agosto de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


A mente mortal, chamada Satanás no livro de Jó, vangloria-se “de rodear a terra, e passear por ela” Jó 1:7.. Esse impostor chega mesmo a se intrometer em acalentados momentos de inspiração espiritual que elevam a consciência além das fronteiras daquela terra por onde passeia o diabo.

Pedro, Tiago e João defrontaram-se com essa mesma sugestão após sua experiência no alto do monte quando Jesus, ao ser transfigurado, falou com Moisés e Elias. Que revelação surpreendente da imortalidade e da espiritualidade inata do homem! Ao regressarem para junto do povo, um difícil caso de epilepsia desafiou o elevado estado de consciência de Jesus. Depois de haver realizado a cura, os discípulos lhe perguntaram: “Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?” Jesus referiu-se à descrença deles e acrescentou: “Esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.” Ao contrário dos discípulos, Cristo Jesus recusava-se a aceitar aquela intromissão da mente mortal. A Bíblia relata-nos que ele “repreendeu o demônio” e curou a criança. Ver Mateus 17: 1–21.

Na Ciência, a unidade formada entre a Mente e o homem determina a perfeição do homem. O firmamento, descrito no livro do Gênesis, fez “separação entre águas e águas” Gênesis 1:6.. Sob o ponto de vista metafísico da Ciência Cristã esse firmamento é a compreensão que expressamos por sermos reflexos de Deus, separando os elementos materiais e irreais do pensamento daquilo que é real e espiritual. Esse firmamento se constitui numa barreira intransponível para a mente mortal, garantindo nossa capacidade de reconhecer a inteireza e a santidade do ser espiritual do qual o homem está consciente. “A Ciência define a onipresença como a universalidade, aquilo que exclui a presença do mal”, explica a Sra. Eddy. E continua no mesmo parágrafo: “O Espírito inteligente, a Alma, é substância, muito mais inexpugnável e sólido do que a matéria; pois esta é temporal, enquanto aquele é eterno, a essência e a manifestação do ser.” Miscellaneous Writings, pp. 102–103.

Certa manhã uma estudante de Ciência Cristã sentiu-se especialmente consciente da proximidade do amor de Deus. Repentinamente foi invadida por um grande sentimento de temor. Dirigindo-se à Mente divina em busca de proteção, o seguinte pensamento lhe veio imediatemente em defesa: A mente mortal não pode dividir o firmamento!

A Cientista Cristã compreendeu que Deus, a Verdade, faz separação entre as águas dos conceitos materiais errôneos, e que o diabo não pode separar o firmamento da compreensão espiritual, porque a atmosfera divina que cerca o homem é totalmente impenetrável. Foi nesse momento que se deu a capitulação do medo! Este simplesmente evaporou-se ante o fulgor da Verdade e a Cientista Cristã voltou às suas orações com receptividade mais elevada. Ela havia vislumbrado que o homem está espiritualmente imune ao mal. A Sra. Eddy escreve: “Nesse Seu refúgio da Alma não penetra nenhum elemento da terra para expulsar anjos, para silenciar a intuição correta que vos guia com segurança ao lar.” Ibid., p. 152.

Nenhum suposto processo eletroquímico do cérebro pode retardar a contínua revelação do Espírito para sua bem-amada expressão, o homem. Pensamentos e temores mortais, não tendo criador real, não podem ver o homem nem tocá-lo. Na Mente não há intromissão nem abatimento, pois se a escuridão pudesse atacar a luz só conseguiria destruir-se a si mesma.

Cristo Jesus recomendou a seus seguidores que entrassem em seus quartos quando orassem. Que visão temos desse quarto? Consideramo-lo como sendo um cubículo mental escuro, isolado e restritivo? Não será, antes, o firmamento sem horizontes, fechado à mente mortal, mas aberto ao universo radiante das idéias espirituais? Nesse firmamento não há falsas leis de teologia, fisiologia, ou hereditariedade. Nele não há predomínio de crenças astrológicas da matéria. Na criação divina as luzes maiores e menores da Mente, do Amor divino, são as únicas influências que há, e estão sempre ao lado do bem.

O Salmista insta-nos: “Louvai a Deus ... louvai-o no firmamento, obra do seu poder.” Salmos 150:1. Quão diferente teria sido a experiência do irmão mais velho mencionado na parábola do filho pródigo, que nos foi relatada por Jesus, tivesse ele atendido a esse conselho! Um sentimento de injustiça e falta de apreço privaram-no da paz de espírito quando o pai, com grande generosidade, recebeu de volta o inconstante filho mais moço. Ao irmão mais velho, porém, foi ternamente asseverado: “Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.” Lucas 15:31. Nós, também, podemos ter a sólida certeza de que nosso Pai, Deus, está sempre conosco e que todos os pensamentos que a Mente tem são nossos. Esses pensamentos mantêm-nos em perfeita segurança e defendem-nos das sugestões mentais agressivas na proporção em que neles nos apoiamos.

A Ciência Cristã ensina-nos a ficar inabaláveis no firmamento; amplia nosso quarto de oração, transformando-o em fortaleza de domínio espiritual. Esta Ciência capacita-nos a resistir aos violentos ataques do erro com as verdades impenetráveis da Vida e do Amor. O que fazer, porém, se o diabo disser estar rodeando a terra e passeando por ela? Poderemos, nesse caso, começar a provar que o ser do homem é indestrutível. Uma idéia espiritual nunca se acha no caminho de uma crença material ou da matéria, quer essa crença se manifeste como pequenos desgostos do sentido pessoal, quer como um terrível furacão de temor e doença.

Cada idéia correta, que o homem inclui, está conosco em segurança no firmamento da compreensão espiritual — o conceito correto de lar, negócios, saúde, relacionamento humano, igreja. Deus mantém intatas as idéias corretas. À medida que progredimos na Ciência Cristã o firmamento protetor da compreensão torna-se gradativamente mais claro ao nosso pensamento que desperta. Esse progresso capacita-nos a reconhecer o ser verdadeiro e a pouco e pouco dar provas dele.

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