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Sou muito grata por ter crescido num lar em que meus pais abordavam...

Da edição de abril de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Sou muito grata por ter crescido num lar em que meus pais abordavam a vida sob o ponto de vista espiritual. A orientação que me deram, representou um conceito mais expansivo do ser e de suas possibilidades.

Na infância fui animada a recorrer a Deus como meu Pai-Mãe e assim desenvolvi minha confiança na orientação e solicitude divina. As curas vinham com naturalidade, e muitas vezes eram instantâneas. Fui curada de fratura, verrugas, garganta inflamada, e fui também protegida contra ferimentos e mágoas. Tive problemas bem maiores nos anos subseqüentes, mas tive também vislumbres espirituais maiores. Tal como lemos em Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy (p. 66): “As aflições são provas da solicitude de Deus.”

Em meus estudos universitários consegui concluir, em menos de dois anos, um curso completo de matemática que normalmente leva quatro anos, graças a reconhecer que a inteligência é divinamente derivada e não uma possessão pessoal. Fortaleci meu entendimento do Princípio e de sua ação ao trabalhar com o conceito de que “O Princípio não pode ser encontrado em idéias fragmentárias” (ibid,. p. 302). Isso permitiu-me encarar a matemática em sua totalidade, vendo como cada aspecto dela encaixa-se num esquema sistemático. Após esse reconhecimento, estudar se tornou cada vez mais fácil e minhas notas melhoraram sensivelmente. Tive prova de que a afinidade que tenho por qualquer tema, está em relação ao meu conceito espiritual dele.

Com o crescimento espiritual veio a identificação e a cura de traços de caráter indesejáveis, até mesmo de alguns que poderiam ser considerados “adoráveis”. Uma cura de significação toda especial para mim foi a de cinismo. Graças ao meu desejo genuíno de não me identificar com esse traço de caráter, apreciando minha natureza espiritual imaculada e real, todo traço de cinismo desapareceu. Essa vitória me ajudou a romper o sentimento mesmérico de resignação a situações que pareciam derrotistas em potencial e a dar-me conta das possibilidades de curar.

Concedendo demasiada importância aos falsos traços de caráter, talvez, sem querer, estejamos fazendo com que eles se manifestem em nós. Sou grata por não ter reagido demais à atração que sentia pelos jogos de azar. Mediante o crescimento espiritual constatei que os jogos de azar deixaram de me atrair após algum tempo, e mais tarde aprendi a importância de não encarar a sorte como uma faceta da vida. Cada vez mais, percebo as evidências do governo da Mente, até mesmo nas menores instâncias e atividades de minha vida. Referindo-se ao estágio mental de purificação do pecado, a Sra. Eddy escreve (Miscellaneous Writings, p. 204): “Pela purificação do pensamento humano, esse estado da mente permeia, com harmonia cada vez maior, todos os pormenores dos assuntos humanos.”

Foi reconfortante despertar para a natureza infinita do bem e abandonar todo conceito limitado de vida, inclusive o apego a situações humanas. Estou aprendendo a confiar na provisão do Amor sempre presente a desdobrar-se e de suas expressões diversificadas. Essa lição, muitas vezes, se aprende por meio de provações e privações, mas o resultado é crescimento em graça.

Em meu mais recente emprego como jovem executiva, fui solicitada a presidir ao desenvolvimento de um plano de primeira linha numa grande corporação. Fui avisada de que encontraria resistência e que a politicagem interferiria com a conclusão do plano. No decore da primeira reunião da equipe de trabalho, foram apresentadas fortes objeções e era evidente que tanto a minha credibilidade, como a do projeto, estavam em jogo.

Eu me havia preparado bem, em oração, para esse primeiro encontro de trabalho. Conquanto me estivesse claro o seu objetivo, eu também estava disposta a confiar que a Verdade haveria de conduzir ao resultado esperado. Por isso, ao invés de reagir defensivamente ou exercer controle pessoal, fiz uma pergunta perscrutadora, tornando evidente o que realmente preocupava os presentes. Sem maior esforço de minha parte, as objeções foram retiradas e todos concordamos em prosseguir com o plano como estava previsto. Essa foi uma experiência que me deu uma grande lição de humildade.

Após a reunião, um dos colegas cumprimentou-me, dizendo que nunca vira nada igual. Ele não só ficou pasmado com o resultado final, como também com a maneira de obtê-lo. Para mim, esse foi um exemplo claro de que se deve confiar no poder inerente do Princípio, ao invés de na personalidade, para contornar a situação e assim alcançar resultado satisfatório. No mundo das grandes empresas, o poder pessoal é muitas vezes ambicionado e temido. Contudo, a autoridade de Cristo Jesus derivava de sua união consciente com Deus. O exemplo de Jesus permanece válido.

Os desafios que temos de enfrentar como indivíduos, não são meras afrontas pessoais, mas imposições da crença errônea. É universal a necessidade de superá-los. Por isso, ao curar-nos, favorecemos o nosso mundo. Sou grata a todos os que estão realizando esse trabalho de cura.


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