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A Bíblia: força vital na Escola Dominical

Da edição de julho de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando os professores da Escola Dominical têm de enfrentar o desafio de manter concentrada a atenção de crianças irrequietas, recorrem, às vezes, a meios convencionais de ensino a fim de despertar o interesse dos alunos. Infelizmente, o resultado mais freqüente é que os próprios meios usados tornam-se o centro das atenções, em lugar da verdade que deveriam ajudar a transmitir. A essência, porém, daquilo que o professor da Escola Dominical da Ciência Cristã tem por obrigação ensinar, deve possuir em si mesma uma atração muito mais forte do que aquela proporcionada por meios externos. No Manual de A Igreja Mãe, a Sra. Eddy escreve: “As Escrituras serão ensinadas às crianças da Escola Dominical, e estas serão instruídas de acordo com sua compreensão ou aptidão para apreender os significados mais simples do Princípio divino que lhes é ensinado.” Man., § 2° do art. 20.

As Escrituras contêm o que todas as pessoas anseiam por sentir e compreender, quer acreditem nisso, quer não: a verdade a respeito de Deus e do homem. É inato nas pessoas o desejo de saber quem são, por que existem e para onde vão. Procuram conhecer sua identidade, finalidade e destino. Se não conseguem satisfazer esse desejo, caem em rotinas inexpressivas. O que é revelado pelas Escrituras com clareza crescente, é a verdadeira natureza do homem como Deus o criou, o propósito que Deus deu ao homem e o caminho de salvação pelo qual esse propósito é alcançado. Tudo o que foge dessas verdades espirituais, falha em dar ao aluno o verdadeiro senso de orientação de que tanto necessita. As Escrituras, iluminadas pela Ciência Cristã, estão repletas daquilo que esses jovens procuram, talvez inconscientes de quão importantes os ensinamentos da Bíblia são para seus anseios mais íntimos. Além de ajudá-los a resolver problemas na escola ou no relacionamento com outras pessoas, a Bíblia pode trazer-lhes cura.

Certa noite, um menino de onze anos adoeceu subitamente, tanto que logo seus irmãos e pais perceberam seu mal-estar. Como vinha freqüentando assiduamente a Escola Dominical da Ciência Cristã havia vários anos, conhecia bem o poder divino de cura demonstrado por Cristo Jesus e outros personagens mencionados na Bíblia. Retirou-se com sua mãe para o quarto, onde juntos recapitualaram muitas curas de Jesus e outros exemplos da autoridade divina, aprendidos na Escola Dominical e através das lições bíblicas semanais do Livrete Trimestral da Ciência Cristã.

Comentaram que, se esse poder de cura já havia se evidenciado séculos antes do nascimento de Jesus, durante todo o ministério do Salvador, na vida da Sra. Eddy, à medida que ela seguia o exemplo de Jesus e em experiências anteriores, desse menino e de seus irmãos, sem dúvida esse mesmo poder estava presente e acessível também naquele instante. Após dez ou quinze minutos de oração com sua mãe, durante os quais reconheceram a autoridade onipresente de Deus, o menino ficou completamente curado e em condições de se reunir de novo à família.

Não será essa a missão de nossas Escolas Dominicais, isto é, ensinar a vivência do Cristo aos nossos filhos e ajudá-los a despertar para a vitalidade sempre atual dos ensinamentos de Cristo Jesus e da Bíblia em sua totalidade?

Naturalmente, muitas pessoas, inclusive jovens estudiosos da Ciência Cristã, procuram obter respostas às suas perguntas e anseios, olhando em muitas direções. Aliás, a mente mortal se intromete e tenta convencer-nos de que nossa origem e destino deveriam ser buscados em algum outro lugar, em vez de os procurarmos nas verdades espirituais reveladas nas Escrituras e nas obras da Sra. Eddy. Por quê? Porque a luz do Cristo, a Verdade, põe a mente mortal a descoberto, mostrando aquilo que ela é: o nada, disfarçando-se como inteligência e influência reais. Portanto, o desafio, não só dos professores e alunos da Escola Dominical, mas também de todos nós, reside na tendência da mente humana de permanecer adormecida diante da Verdade salvadora que satisfaz as mais profundas necessidades da humanidade.

À medida que a mente humana desperta para uma conscientização mais clara do Cristo, reconhecendo a Mente, Deus, como a única verdadeira consciêcia que existe, estará ávida por obter mais daquele alimento espiritual do Cristo, a Verdade e mais habilitada a rejeitar os falsos apetites do materialismo. Ora, como podemos nos compenetrar dessa consciência do amor e desvelo de Deus? Como pode o professor da Escola Dominical encorajar tal progresso em seus alunos?

Os conhecimentos adquiridos através dos sentidos físicos ou de investigações intelectuais não bastam para causar a mudança necessária. O despertar espiritual surge quando entendemos a verdade e aprendemos a viver guiados por nossos sentidos espirituais e quando anulamos as reivindicações que nos chegam através dos sentidos físicos. Nossos sentidos espirituais ampliam-se quando satisfazemos nossos anseios profundos e naturais por conhecer a verdade, por ser aquilo que Deus nos criou: Sua descendência espiritual. O despertar espiritual começa quando amamos a Deus profunda e honestamente. Deus é Amor, a fonte de todo o bem verdadeiro que já aconteceu em nossa vida.

Os ensinamentos de Cristo Jesus não são meros conhecimentos que devam ser transmitidos de um cérebro para outro. São muito mais do que isso, pois a idéia do Cristo, expressada nesses ensinamentos, desponta na consciência de cada um. Os professores encorajam esse despontar em seus alunos (como os pais em seus filhos), tentando entender de modo mais profundo o fato de que Deus é a única Mente e que o homem O expressa constantemente. Reivindiquemos como nosso o direito de sermos sempre receptivos e atentos ao Cristo, a Verdade, pois aquilo que se manifesta como o homem, é desde já a consciência espiritualmente alerta. Tal consciência é a verdadeira natureza espiritual de filhos, como a Sra. Eddy bem os define em Ciência e Saúde: “Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor”. Ciência e Saúde, p. 582. É claro que conseguiremos perceber que os jovens são e sempre foram pensamentos espirituais, encontrando assim nosso próprio status espiritual como filhos de Deus, à medida que desafiamos a descrição limitadora da mente mortal a respeito de filhos, conforme aparece na segunda parte daquela definição: “Crenças sensuais, mortais; contrafações da criação, cujos originais melhores são os pensamentos de Deus, não no estado de embrião, mas no de maturidade; suposições materiais de vida, substância e inteligência, opostos à Ciência do ser”. Ibid., p.583.

Devido à sua autoridade espiritual, os ensinamentos de Cristo Jesus ajudam a elevar nosso pensamento e o de nossos alunos. Lemos em Mateus: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.”  Mateus 7:28,29. Como é que os escribas ensinavam? Baseavam seus ensinamentos em tradições, passadas de geração a geração.

Com freqüência, considera-se que a tradição tenha autoridade, mas quando Mateus compara os ensinamentos de Jesus com os dos escribas tradicionais, certamente constatamos que a autoridade de Jesus procedia de outra fonte. Seria carisma pessoal ou autoridade oriunda de sua personalidade? Nenhum dos dois. Procedia de Deus. Jesus deixou transparecer esse fato, quando disse: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.”  João 5:19.

Nós também podemos nos volver a Deus em busca de orientação, inspiração, cura e sabedoria. Os recursos do Amor divino também estão acessíveis e podem ser demonstrados na vida de cada um de nós.

Ao recorrermos às Escrituras para encontrar apoio e orientação em nossa tarefa de ensinar e encaminhar os jovens alunos da Escola Dominical, encontraremos meios que ajudarão os jovens a descobrir essa imensa força que lhes estimulará a sede inata de melhor compreensão espiritual. Essa sede é abençoada pela compreensão cada vez maior acerca da totalidade e plenitude de Deus. Como Cristo Jesus declarou: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”  Mateus 5:6.

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