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Curas talhadas no céu

Da edição de julho de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


Os discípulos de Cristo Jesus admitiam a necessidade de orar corretamente. Haviam visto Jesus curar as multidões mediante a oração. Quando perguntaram ao Mestre como orar, ele lhes deu um modelo de oração que hoje conhecemos como a Oração do Senhor, ou seja, o “Pai Nosso”.

As curas operadas por Jesus comprovaram que a vontade de Deus não consiste em atormentar, empobrecer ou castigar o homem, mas sim em salvar a humanidade de todo o mal, da doença, do pecado e da morte. Jesus compreendeu que essa vontade suprema e bondosa de nosso Pai é aplicável na terra, aqui e agora, não apenas num lugar ou em data distantes.

A Oração do Senhor transmite-nos precisamente essa esperança, que se faça a vontade de Deus, “assim na terra como no céu”.  Mateus 6:10. A oração curativa evidencia, aqui na terra, a glória e realidade do céu.

Jesus não se afirmava detentor de um poder pessoal, mas disse: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai.”  João 5:19. Ele é nosso Guia, nosso Professor. Dele aprendemos que a saúde, a alegria, a abundância ou qualquer outra faceta da harmonia, o reino dos céus, é um dom de Deus ao homem. Mas precisamos reconhecer Deus como a fonte de todo o bem, sempre presente e disponível.

O Apóstolo Paulo confirma essa presença, quando nos diz que encontrarmos nossa própria glória (e sem dúvida a discórdia nada tem de gloriosa), é como olhar num espelho e encontrar a glória de Deus. Quando vislumbramos a gloriosa natureza de Deus, descobrimos que nossa natureza verdadeira é Seu reflexo espiritual. Ver 2 Cor. 3:18. A criação de Deus, o bem divino e Espírito infinito, é sempre harmoniosa e espiritual. O homem que Deus criou nunca está doente, nunca é pobre ou solitário. O homem criado por Deus não pode deixar de ser sempre completo.

A Ciência do Cristo é o espelho no qual olhamos para aprender a conhecer a verdadeira natureza de Deus, o Amor perfeito, imutável, imparcial. Quando fazemos isso com sinceridade e receptividade, (Paulo diz que o façamos com “o rosto devendado”), descobrimos que a natureza perfeita e atual do homem criado por Deus é amorosa, inteligente e saudável. Essa correta afirmação espiritual do homem tal como ele existe “no céu”, é o ponto de partida indispensável para demonstrar a harmonia “aqui na terra”.

Essa abordagem espiritual da cura procede de uma base inteiramente diferente dos sistemas da medicina material, nos quais o diagnóstico físico da doença é o ponta de partida do tratamento, diagnóstico que constitui o processo de formação de uma opinião deduzida da observação física.

Mas o uso da opinião humana como meio de cura acarreta um risco. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “A Ciência mostra que as opiniões e crenças mortais e materiais em conflito, emitem a todo momento os efeitos do erro, mas essa atmosfera da mente mortal não pode ser destrutiva para a moral e a saúde, quando se lhe opõe pronta e persistentemente a Ciência Cristã. A Verdade e o Amor são antídotos para esse miasma mental e assim fortalecem e sustentam a existência .” Ciência e Saúde, pp. 273–274.

Dado que a natureza da experiência humana parece estar intimamente ligada a processos físicos de causa e efeito, existe por vezes a tentação de acreditar ser essencial, para nosso bem-estar, prestar atenção escrupulosa à atividade do corpo humano. Por isso a Sra. Eddy realça a importância de orar com constância a partir da plataforma da atual e eterna perfeição do homem como semelhança de Deus, como na seguinte declaração: “A menos que compreendas plenamente que és o filho de Deus, e por isso perfeito, não possuis Princípio para demonstrar, nem regra para a sua demonstração. ” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 242.

À medida que alcançarmos uma imagem mais nítida do fato verdadeiro e celestial de nosso ser, passaremos a utilizar a lei espiritual (a vontade de Deus), declarando-a à doença, à carência, à infidelidade, à solidão ou a qualquer outra necessidade, para que o estado discordante ceda à ação do Cristo, o espírito da Verdade e do Amor.

Jesus curou baseado nessa autoridade divina e disse-nos a nós, os seus discípulos, que fizéssemos o mesmo. Ao seguir o exemplo do Mestre podemos demonstrar, cada vez mais, em nossa vida diária, a harmonia do “céu”. É esse o efeito da lei do Amor divino, “na qual,” diz Ciência e Saúde, “a natureza e Deus são um, e a ordem natural do céu desce à terra.” Ciência e Saúde, p. 118.

Em geral é preciso um advogado para ganhar uma causa em tribunal, isto é, é preciso alguém que conheça as leis e argumente as que são aplicáveis à causa específica. Às vezes, na Ciência Cristã, é necessário invocar em nossa oração o argumento crístico científico. A oração que cura por meio de argumentos, reconhece Deus como o único legislador e procura compreender com precisão qual a lei de Deus aplicável à discórdia que aparenta governar determinada situação humana. Pesquisar a Bíblia, com a ajuda do livro-texto da Ciência Cristã, auxilia esse argumento, tal como um advogado consulta compêndios de leis e casos semelhantes ocorridos anteriormente.

Defendemos nossa causa com confiança, quando compreendemos que a Mente divina, que sabe, é nosso juiz, que o efeito da lei de Deus é sempre abençoar, confortar, proteger, salvar, elevar e mostrar Seu carinho constante por todos os Seus filhos. A Bíblia diz: “O Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso rei: ele nos salvará.”  Isaías 33:22. Nosso argumento ao orar não consiste em informar ou persuadir a Deus, mas apenas usar a amorosa luz do Cristo, a Verdade, para refutar as falsas acusações formuladas pela mente mortal em favor da lei material.

Depois de termos apresentado nosso caso com humildade, convicção e gratidão sincera, afirmando corretamente a inocência e a pureza do homem de acordo com a lei de Deus, podemos ter a confiança de que o julgamento de Deus será manifestado, expressando-se em justiça perfeita e terna. A ação do Cristo nos libertará de tudo aquilo que pretende aprisionar nossa vida com dor, doença, desespero, carência ou quaisquer outros grilhões que pretendam nos aprisionar.

Então descobrimos a harmonia, a inteireza, a abundância e a pureza, o eterno fato inevitável “no céu”, visível “na terra” em ação harmoniosa e saúde.

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