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É antiquado falar em magnetismo animal?

Da edição de julho de 1989 dO Arauto da Ciência Cristã


É possível que de vez em quando a expressão “magnetismo animal” apareça em alguma revista, se o autor quiser impressionar os leitores. Para muitas pessoas, porém, magnetismo animal é, provavelmente, uma expressão do século passado.

Será que o tema deve mesmo ser relegado à categoria de artigo de museu?

Na verdade, não há melhor maneira de se explicar alguns dos acontecimentos da atualidade, a não ser em termos de magnetismo animal. Por exemplo, o que fez com que uma nação, aparentemente culta, civilizada e respeitadora da ordem legal, permitisse a tentativa de extermínio de grupos inteiros de pessoas, incluindo criancinhas, apenas porque um demagogo desequilibrado e mentiroso assim o determinou? Influência mesmérica é a explicação que parece aproximar-se mais do âmago da questão.

O cristianismo científico desmascara o alcance que a influência mental mesmérica, ou seja, o magnetismo animal, exerce na experiência humana. Ao levarmos em conta o magnetismo animal, não estamos regredindo, mas sim, progredindo, não estamos lidando com superstição, mas ao contrário, estamos adotando atitude racional. A verdade sobre o tema não causa medo. Infunde, isso sim, coragem e domínio. A compreensão do assunto não é incômoda e negativa, mas positiva e libertadora.

Com efeito, compreender esse oposto da Ciência Cristã
Christian Science (kris´tiann sai´ennss) é vital para a prática da cura científica. Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, é a melhor fonte de instrução para quem quiser renovar ou aprofundar seu entendimento a respeito do tema. As explicações ali contidas são diretas e úteis. Por exemplo, esse livro informa que magnetismo animal é outro nome para o hipnotismo. Mas ali também vemos que o termo, como é usado na Ciência Cristã, tem significado muito mais amplo do que a simples tentativa de uma pessoa influenciar outra, hipnotizando-a. A crença de existir mente na matéria, de haver outra mente a não ser a Mente divina infinita, deixa a pessoa que a aceita, enredada numa influência mesmérica. A Sra. Eddy explica: “A mente mortal, que opera da base da sensação na matéria, é magnetismo animal.. . .” Ciência e Saúde, p. 178.

Essa influência não depende de olhares fixos, pêndulos oscilantes, nem de frases repetidas em voz suave. Contudo, está sempre transmitindo a impressão de coisas que parecem reais, quando, afinal, são crenças ilusórias. Talvez os exemplos mais óbvios de mesmerismo de massas sejam as manias coletivas, a moda e a cultura popular. Só depois de passada a época é que as pessoas olham para trás, em perspectiva, e perguntam por que determinadas coisas naquele tempo pareceram perfeitamente naturais, fosse o que fosse: fumo, excesso de comida, ou “amor livre”.

Contudo, a doença também é mesmérica. Cada vez mais, médicos e pesquisadores admitem que cerca de 80 por cento dos males físicos têm, sem dúvida, origem mental. Todavia, a Ciência Cristã mostra que todas as doenças consistem de crença, independentemente de qual seja o sintoma, ou a aparência física. Quando a crença obscura que ocupa o pensamento, é destruída pela Verdade, isto é, pela luz do Ser divino, a doença é curada, seja qual for seu estágio ou sua gravidade. As curas que se deram no ministério de Cristo Jesus e durante os anos em que se vem praticando a cura pela Ciência Cristã, são mais do que suficientes para provar a verdade dessa afirmação, embora haja lugar para mais demonstrções.

Então, por que é que aquilo que admitimos ser só uma crença, parece muitas vezes tão persistente, por mais que nos esforcemos para saber a verdade espiritual? Não será porque não cedemos à revelação completa da Ciência divina, ou seja, do Consolador? Afirmamos a totalidade de Deus, mas na prática continuamos a ser leais a um esquema de existência material que aceitamos como básico e real, tentando fazer com que as verdades espirituais funcionem dentro desse esquema. Em termos práticos, continuamos hipnotizados. Isso indica, sem dúvida, que precisamos levar em consideração, com maior diligência, aquilo que a Ciência Cristã ensina sobre magnetismo animal.

Se, por exemplo, estivermos ativamente “trabalhando” para vencer várias fases do magnetismo animal, sem entretanto reconhecer o ponto principal de que toda discórdia e todo mal são ilusões hipnóticas, então ainda temos algo a aprender. Se estivermos tentando combater o magnetismo animal pela força de vontade e por meio de nosso próprio esforço, perdendo com isso nossa alegria espiritual, então precisamos crescer um pouco mais.

Nosso progresso em compreender que só existe uma única Mente, sendo Deus essa Mente e não havendo portanto nenhuma outra mente nem influência, é o que nos liberta das ilusões mesméricas do magnetismo animal, seja ignorante, seja maligno. Acontece que esse progresso não se dá pelo aprendizado de alguma técnica especial. Como diz S. Paulo: “O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.”  Romanos 8:7. Logo, precisamos do batismo espiritual e da purificação, tão importantes para nos libertar desse rebelde pendor carnal.

Seria óbvio dizer que a Ciência Cristã deve ser praticada com base em seus princípios. Agir de outro modo é, aliás, difícil, para não dizer impossível. Quantas vezes, porém, nos deixamos levar por um sentido material de existência, tentando depois, diligentemente, com religiosidade até, aperfeiçoar esse sentido material. Pode ser que tenhamos a impressão de que, se partirmos de um ponto de vista cristãmente científico, não seremos completamente humildes e honestos, afirmando algo que ainda não demonstramos. Por outro lado, talvez a sugestão seja de que antigamente tínhamos essa visão metafísica, mas agora já não conseguimos tê-la, ou não conseguimos senti-la com suficiente clareza ou convicção.

Tudo isso é efeito do magnetismo animal, é especificamente influência mental mesmérica. Devemos resistir a essas sugestões, negálas em bases espiritualmente científicas, pois desse modo elas começarão a desvanecer-se. Como conseqüência, muitas vezes vemos de repente que aquelas impressões eram anormais e contrárias à nossa natureza. Então recuperamos o conceito que sempre tivemos, baseando-nos na Ciência Cristã. Esse processo não precisa demorar dias ou semanas. Começamos a ver as coisas com clareza e deixamos de nos sentir confusos, titubeantes ou atordoados. Passamos a vislumbrar com clareza, inteligência e energia espiritual, as idéias intrínsecas ao homem, que é a expressão da Mente divina.

O pendor da carne, nome que a Bíblia dá à mente mortal, ou seja, à crença de haver mente na matéria, ficaria satisfeitíssimo em eliminar completamente a compreensão a respeito do magnetismo animal sobre os registros do conhecimento humano, em especial do pensamento dos Cientistas Cristãos. Para esse fim, usa qualquer argumento como, por exemplo, que a discussão desse tema é demasiado profunda, ou antiquada, não progressista, ou mais simplesmente estragaria a alegria cândida de aprender acerca da grande realidade de Deus. A Sra. Eddy captou, com exatidão e descontentamento, tal tendência na maneira de pensar, quando escreveu, referindo-se a quem exerce a má prática mental: “Ouvireis tal indivíduo afirmar que o magnetismo animal nunca o incomoda, mas que a Sra. Eddy ensina magnetismo animal....” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 212.

É certo que a Ciência Cristã ensina a totalidade da Mente e Amor divinos, o que desmascara a mentira do magnetismo animal. Descreve alguns dos efeitos do magnetismo animal: confusão mental, letargia e aceitação de pensamentos estranhos às tendências naturais (no artigo “Ways that are Vain” no livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany). Todavia, uma disposição renovada de aprendermos aquilo que a Ciência Cristã ensina acerca do assunto, quebra o efeito mesmérico desse gênero de sugestões, às quais não devemos nos sujeitar, e elimina o medo daquilo que não deve ser temido. Qualquer pessoa que, conscienciosamente, estudar tudo o que existe acerca desse tema nos escritos da Sra. Eddy, obterá uma visão equilibrada do assunto e, por conseguinte, fará mais progresso, em vez de menos, sentirá mais alegria e terá mais curas.

Nossa Líder ensina que, para alcançar isso, a obediência exerce papel essencial. O Manual de A Igreja Mãe, no artigo 8º, § § 6º e 8º, deixa claro que essa obediência não é optativa. Temos que despertar e resistir à sugestão agressiva de não nos acautelarmos contra o magnetismo, não só em relação a nós mesmos como indivíduos, mas também no que diz respeito a nossa Igreja. Enquanto não despojarmos sua falsidade agressiva da capacidade de fascinar, nossos esforços físicos não servem para nada. A estagnação e a falta de progresso, bem como as divisões internas, são, em última análise, a conseqüência da falta de oração suficiente a respeito das mentiras mesméricas da mente carnal.

É interessante notar que a Sra. Eddy, ao descrever a cidade do Espírito, comenta: “Na direção norte, suas portas abrem-se à Estrela Polar, a Palavra, o ímã polar da Revelação....” Ciência e Saúde, p. 575; ver Apoc., cap. 21. É natural que as pessoas se voltem sempre mais para a Ciência Cristã. Também é natural que os Cientistas Cristãos sejam unidos, alegres e fortes. À medida que a pseudo-atuação do magnetismo animal for desmascarada pela totalidade da Mente divina, não mais parecerá atrair nem repelir, não mais conseguirá afastar nem dividir. Embora essa mentira das mentiras tenha tido a pretensão de ser suficientemente grande para esconder o universo de Deus como um todo, suas pretensões de grandeza e substância são anuladas, eliminadas pelo efeito sanador do Cristo, a Verdade.

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