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A chave para uma paz duradoura

Da edição de agosto de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Eis um ditado: “Fale ao príncipe que há dentro do homem e o príncipe aparecerá.” Nem sempre acontece assim. Mas muitas vezes, ao apelarmos para os sentimentos mais elevados de um indivíduo, obtemos uma resposta positiva. Pode não ser a voz de um “príncipe” mas, provavelmente, também não será uma resposta agressiva.

É claro, há ocasiões em que as pessoas com quem temos de lidar parecem não corresponder aos nossos esforços. Essa tendência se deve ao fato de as olharmos sob um ponto de vista puramente humano, tentando assim encontrar a perfeição. Sob tais circunstâncias, encontrar o “príncipe” pode ser um processo bastante incerto.

A Bíblia, entretanto, dá-nos a chave para uma duradoura paz e harmonia com nosso próximo. Diz-nos que Deus, que é Espírito infinito, Amor divino, criou tudo, e tudo o que Ele criou era bom. Portanto o homem, a imagem de Deus, ou reflexo, deve expressar o Espírito. A princípio, isso pode parecer difícil de aceitar. Mas parece sensato que, se Deus nos criou à Sua semelhança e Deus é Espírito, então também nós devemos ser espirituais, não é? Conseqüentemente, a verdadeira natureza de todos deve ser espiritual e semelhante a Deus. Como Cristo Jesus disse: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (João 4:24). Podemos pensar assim porque já expressamos Sua natureza.

Como Deus é Amor, Sua idéia espiritual não inclui ódio, raiva, violência, vingança, ciúmes, inveja ou quaisquer elementos destrutivos. Esses elementos negativos devem ser concepções errôneas, ou falsas crenças sobre quem e o que nós somos, porque Deus criou somente o bem. Assim, supondo que todos esses elementos ruins sejam de fato irreais, como é que esse conhecimento vai nos ajudar, quando esses males estiverem, aparentemente, direcionados contra nós?

Sabendo que o homem é a semelhança de Deus, não precisamos acreditar que ele expressa qualidades belicosas. Em vez disso, podemos manter nossa premissa de que o homem é o reflexo de Deus e que os elementos destrutivos provêm da ignorância sobre a criação de Deus, são concepções errôneas sobre o homem. O problema é a ignorância a respeito do bem, e não um homem perverso, propriamente dito. Deus não criou um poder mau ou destruidor. Com esse raciocínio podemos considerar o caráter vingativo, a justificação própria e a presunção como realmente são: uma impostura.

Reconhecendo que o bem é o único poder real, não precisamos reagir àquilo que sabemos ser um conceito falso. Podemos orar para compreender que Deus é bom e onipotente e que o conceito errado é corrigido quando a verdade espiritual é aplicada. Eis aqui um exemplo de como tal oração restaura a harmonia.

Um amigo meu foi verbalmente atacado, sem nenhuma razão aparente, em diversas ocasiões, por pessoas que trabalhavam com ele em um projeto importante. Ele refletiu e, seguindo a orientação de Cristo Jesus que diz: “orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44), decidiu orar por aqueles que o tinham condenado injustamente. Continuou, também, fazendo o trabalho e expressando o bem, o melhor que podia. A oração de meu amigo incluiu a compreensão de que todos os envolvidos eram, em realidade, criados à semelhança de Deus — espirituais e bons. Essa oração, e uma atitude gentil frente à crítica, finalmente causaram uma mudança no relacionamento com as pessoas envolvidas. A harmonia e a cooperação foram restabelecidas.

Ver o homem perfeito em todas as pessoas com quem entramos em contato resulta em cura. Um casal que conheço mudou-se para outra cidade e lá desejou associar-se a uma grande organização que trabalhava em projetos de profundo interesse para eles. Nem bem foram admitidos ao grupo, começaram a circular boatos, levantando dúvidas quanto à honestidade e integridade do casal, o que lhes fechava as portas de oportunidades de trabalho eficaz para a organização. Como estudantes da Christian Science, eles conseguiram manter a convicção de que o Amor divino é expresso na mesma medida em que amamos os outros. Empenharam-se para amar a todos, naquela organização. Foram sustentados pela consciência de que é de importância fundamental comprovar a presença da justiça e da misericórdia.

A fim de eliminar os conceitos errados, tiveram de encarar a situação com um senso espiritual de amor cristão. Esta declaração da Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, em Ciência e Saúde, foi muito útil: “O Amor, redolente de altruísmo, inunda tudo de beleza e de luz.” Algumas linhas abaixo, no mesmo parágrafo, ela escreve: “O homem e a mulher, coexistentes e eternos com Deus, refletem para sempre, em qualidade glorificada, o infinito Pai-Mãe Deus” (p. 516).

O casal continuou a orar e a aferrar-se à firme compreensão de que a bondade de Deus está expressa em tudo. Colheram os resultados desejados e, pouco a pouco, tiveram oportunidades de participar do trabalho. Comprovaram o poder do Amor divino para pôr o erro a descoberto e destruí-lo.

Acaso não é lógico pensar que, ao compreendermos que nossa própria natureza é o reflexo, ou imagem, de Deus, o Amor, vemos que todos, em realidade, são a criação de Deus? E não seria natural expressarmos esse amor a nossos familiares e amigos, nas relações comerciais e com os funcionários públicos, tanto com os ricos como com os pobres?

Desse modo, a aplicação das verdades da Christian Science nas relações humanas adquire um significado mais amplo. É o primeiro passo na oração pela paz mundial. O discernimento da natureza espiritual do homem não pode excluir certas raças e nacionalidades. Conhecer o amor ilimitado de Deus por toda a Sua criação e reconhecer a semelhança do homem com Deus, ajuda a revelar esse homem, o amável reflexo de Deus, em todas as nações.

Deus, o bem, realmente é todo-poderoso! Podemos reivindicar o poder dessa verdade, diariamente, para todo o mundo. Tal oração apressará o dia em que cada um de nós falará ao “príncipe que há dentro do homem” e o “príncipe”, isto é, a idéia de Deus, responderá!

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