Novas Idéias Estão aparecendo para a cura das doenças. Como nunca antes, procuram-se métodos alternativos para a manutenção da saúde. O que nos diz a Bíblia sobre isso?
No primeiro capítulo e nos três primeiros versículos do segundo capítulo do livro de Gênesis, na Bíblia, lemos que Deus criou tudo e “viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. .. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército”(Gênesis 1:31, 2:1).
Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras comenta o livro do Gênesis, dando-nos um conceito espiritual da criação, dizendo: “O Princípio divino, ou seja, o Espírito, abrange e expressa tudo, e portanto tudo tem de ser tão perfeito quão perfeito é o Princípio divino” (p. 518).
A saúde é uma expressão das qualidades da criação divina. Jesus, o Salvador, mostrou a capacidade que o homem tem de manter o conceito correto de saúde, em vez de permanecer limitado à noção de que a vida reside na matéria. É o senso material de vida, o senso equivocado, a ilusão errônea, que dá lugar a sofrimento, invalidez e morte.
Aquilo que se apresenta como sintomas de doenças, dores, desarmonia funcional do corpo, mal-estar, até mesmo alguma enfermidade, talvez diagnosticada como incurável, não procede de Deus. Nada disso foi criado pelo Criador perfeito. Os ensinamentos e as obras de curas de Cristo Jesus comprovam esse fato.
Jesus, certa vez, contou a seguinte parábola: “... qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido” (Lucas 15:8, 9).
Essa parábola sugere, para mim, um tratamento completo para a cura de problemas, tanto de saúde, financeiros, de relacionamento, ou outro qualquer. As dez dracmas podem representar os bens que alguém possa ter: saúde, harmonia, pureza, suprimento.
Perder de vista um desses bens é como perder uma dracma. Vem a preocupação, às vezes até o desespero. O que fez a mulher da parábola? Acendeu a candeia. Acaso não é isso o que deveríamos fazer, isto é, buscar a luz da compreensão espiritual? Deixar de lado as escuras evidências materiais, firmando-nos no reino espiritual, onde nada está perdido?
A seguir, nossa personagem varreu a casa, como quem limpa o pensamento de todas as sugestões de perda, de desarmonia, de pecado, de fracasso, procurando ver a perfeição da criação divina, que nunca reside na matéria e nunca foi perdida. Esse esforço conduz à descoberta da harmonia. A palavra “descobrir” significa “tirar a cobertura, o véu, ou qualquer coisa que oculta” (Novo Dicionário Aurélio Buarque Holanda). O véu que parece encobrir a saúde pode ser o medo. Em Ciência e Saúde lemos: “A causa promotora e base de toda doença é o medo, a ignorância ou o pecado. A moléstia é sempre provocada por um falso conceito mentalmente cultivado, não destruído” (p. 411).
Aquilo que se apresenta como enfermidade, talvez diagnosticada como incurável, não procede de Deus.
Vislumbrar a verdade do ser é como vir a encontrar uma dracma perdida. Talvez um fracasso momentâneo nos negócios sugira que estamos separados de Deus, talvez sob o véu chamado “crise mundial”. Ele deve ser “varrido” do pensamento e substituído pelo pensamento de que Deus está sempre provendo Sua criação com idéias, para que se descubra a fonte infinita de suprimento.
Em realidade, nada que nos vem de Deus pode estar perdido, nem sequer momentaneamente. É a falta de percepção da realidade espiritual subjacente o que faz aparecer o sofrimento. Pode-se até acrescentar que é ingratidão chegar a pensar que Deus tenha nos abandonado ou que tenha nos tirado algo. Na parábola vemos que a dracma continuava à disposição de sua proprietária, mas ela não a estava encontrando.
Quando eu trabalhava como professora, tive um problema de saúde considerado grave e precisei de laudo médico para justificar um longo período de faltas. Os médicos chegaram a cogitar de aposentar-me por invalidez. Vejo, hoje, que ao receber essa notícia, “acendi minha candeia”. As idéias contidas em Ciência e Saúde me ajudaram a afirmar diligentemente minha perfeição, apesar das evidências físicas não mostrarem isso. Consegui acender minha “candeia” e “varrer” de minha consciência o medo. Procurava desviar meus olhos daquilo que não correspondia à harmonia. Não achei a minha “dracma” de um dia para o outro, mas eu sabia que havia de encontrá-la, pois ela existia. Aos poucos me recuperei e no ano seguinte pude exercer minhas funções. Trabalhei muitos anos, sem faltar nenhum dia.
Depois de achada a dracma, vem o regozijo partilhado com as vizinhas e amigas. Reconhecer uma cura, alegrar-se com a solução de um problema de suprimento ou desarmonia desperta o desejo de dar um testemunho público de gratidão.
Tive um problema grave de saúde. As idéias de Ciência e Saúde me ajudaram e, aos poucos, me recuperei.
As Igrejas e Sociedades da Christian Science oferecem à comunidade, às quartas-feiras, reuniões onde são relatadas experiências de cura e solução dos mais variados problemas.
Descobrir a perfeição da criação divina, uma criação que nunca foi alterada, começa com uma alegria na própria consciência. O testemunho em alta voz diante da comunidade é o júbilo e a gratidão partilhados entre amigos e conhecidos e corresponde às palavras de Cristo Jesus: “...sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Ao fazer dessa afirmação um objetivo de vida, desfruta-se, sempre, todo o bem e nenhuma dracma estará perdida.
    