“Tenho de lhe dizer por que vim justamente para esta universidade”, disse-me ele, enquanto corrigíamos sua primeira prova de inglês. “Foi a erva. Quero dizer, a gente consegue as melhores drogas do mundo, aqui mesmo no sul da Flórida! Maconha, cocaína, heroína — tudo. E bem barato. Em qualquer esquina. É ouro puro!!”
Não havia muito o que dizer. Eu era apenas sua professora de inglês, mas mesmo assim, queria ajudar. Afinal, ele fora honesto. De alguma forma, sabia que aquele rapaz impetuoso um dia compreenderia tudo, iria descobrir que há muito mais na vida, e na faculdade, do que drogas fáceis a qualquer hora. Durante aquele período universitário, começou a descobrir justamente isso.
Talvez seja esta a porta de saída do vício das drogas: aprender que há algo melhor. Algo mais, na vida, do que emoções fáceis a qualquer hora. Algo mais permanente, mais belo e mais reconfortante; algo que não se possa beber, cheirar, tragar, fumar nem injetar, algo que não prejudique o corpo em nada, algo que, em última análise, é espiritual.
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