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Ajuda para os que ajudam

Da edição de agosto de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


É muito importante cuidar de nós mesmos quando precisamos cuidar de outra pessoa, mas algumas vezes não conseguimos ver claramente como fazer isso. Três idéias ajudaram-me a dar apoio a meu marido durante uma dura experiência pela qual ele passou e na qual havia períodos de intensa dor. Foi assim que as idéias me vieram ao pensamento.

Numa quarta-feira à noite, meu marido sentiu-se melhor e resolveu assistir à reunião de testemunhos em nossa igreja e, durante o culto, pude sentir grande paz e segurança. Ali, sentada, não sentia vontade de ir embora e voltar para casa, onde continuaria a enfrentar aquele problema. Na igreja, eu me sentia segura e próxima a Deus, e a presença dos queridos membros, compartilhando suas experiências de cura, fazia com que eu não me sentisse só. Contudo, eu sabia que todo esse bem não dependia de eu estar num determinado edifício. O que eu sentia ali era um sentimento consciente e tangível da presença de Deus.

Eu estava absolutamente convencida de que cada um de nós era sustentado pelo Amor infinito e, por isso, eu não precisava temer nenhum pedido de apoio.

Compreendendo isso, minha relutância em ir para casa foi substituída pela disposição de fazer tudo o que fosse espiritualmente necessário. Volvi-me a Deus com a pergunta que o apóstolo Paulo fez, na estrada de Damasco: “Senhor, que queres que faça?” (Atos 9:6, Versão Revista e Corrigida). E, nas pausas entre um testemunho e outro, vieram-me três respostas.

A primeira foi: “Continue a amá-lo.” Para mim, amar meu marido significava compreender plenamente que estávamos ambos do mesmo lado da luta (o bem sobrepujando o mal, a saúde vencendo a doença) e não permitir que a frustração com a doença me deixasse irritada com ele. Eu fora capaz de expressar ternura nessa situação e senti a confiança de que conseguiria continuar a pensar dessa maneira.

Percebi também que amá-lo significava não sentir medo por ele. Preocupação e tristeza muitas vezes são tidas como sinal de amor, mas um sentido mais elevado de amor — o amor que é divino e que vem de Deus — é isento de medo. É o amor que sentimos quando compreendemos a identidade espiritual do homem, outorgada por Deus, identidade essa não tocada pela dor ou pelo sofrimento, e cuidada com desvelo pelo Pai.

A primeira mensagem foi, então, a de amar meu marido de maneira a ter paciência, enquanto nós dois enfrentávamos esse problema, e de manter no pensamento sua verdadeira identidade espiritual, não me deixando levar pelo sentimento de tristeza.

Meu coração respondeu silenciosamente: “Sim, eu posso fazer isso.”

A segunda mensagem foi: “Não desista.” Para mim, isso significou que eu precisava continuar argumentando contra a evidência de sofrimento e não permitir que essa evidência tivesse alguma autoridade em minha consciência. Esse processo de negar com vigor a suposta legitimidade do sofrimento — negação baseada na compreensão do poder, da presença e do amor de Deus, é o caminho para a cura. Tive a certeza de que, agindo dessa maneira, eu trilhava a rota certa e estava contribuindo para a cura, por manter essa disciplina mental.

A terceira mensagem: “Apóie-se em Mim”, trouxe um doce sentimento de alívio. Nos momentos mais difíceis, parecia impossível não pensar em mim mesma como tendo de carregar sozinha um peso muito grande. Isso levava inevitavelmente a sentimentos de exaustão e incapacidade. Lembrei-me da primeira linha de Ciência e Saúde: “Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. vii).

“Mas, é claro”, pensei, “é bem normal que alguém se apóie em mim temporariamente, já que eu me apóio no 'infinito sustentador.' Ninguém vai cair.” Alguns dias depois, naquela mesma semana, meu marido desculpou-se por ter de se apoiar em mim nesse período de dificuldade e eu, inspirada, respondi que ele podia apoiar-se em mim o quanto quisesse, porque eu estava firmada na rocha, a divina Verdade do ser.

Eu sabia que ele também estava firmado nessa rocha, mas, se ele em determinado momento não se sentisse tão firme, poderia apoiar-se em mim. Eu estava absolutamente convencida de que cada um de nós era sustentado pelo Amor infinito e, por isso, eu não precisava temer nenhum pedido de apoio.

Meu marido ficou curado algum tempo depois e ambos nos regozijamos muito com essa cura. Essas três respostas à minha pergunta: “Senhor, que queres que faça?” me proporcionaram força até que a cura ocorreu. Sejam quais forem os meios que alguém possa ter escolhido para conseguir a cura, estas mesmas lições podem dar sustento àquele que presta ajuda:

• Ame a pessoa que está em dificuldade com o senso mais elevado de amor que lhe for possível e expresse ao máximo esse amor.

• Resista com disciplina à tentação de deixar que os sintomas físicos lhe façam acreditar que alguma doença ou ferimento seja real ou incurável.22 Mantenha em sua consciência os fatos espirituais que são a base da cura.

• Apóie-se em Deus, o infinito sustentador.

É na presença de Deus que encontramos completa segurança, tanto para o paciente como para quem o está ajudando, e Seu amor nos conduz e nos sustém perto dEle, até que a escuridão se desvaneça e nós possamos ver a luz novamente. “O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos”(Deuter. 33:27).


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