Quando era adolescente, eu não gostava de café; ao iniciar minha vida profissional, porém, uma xícara de café pela manhã, com os amigos, tornou-se parte importante da minha rotina. Com o passar dos anos, o hábito de tomar café aumentou a ponto de ter dor de cabeça, se não começasse o dia com uma xícara de café bem forte. Aliás, raramente estava sem uma xícara de café nas mãos.
Qual o problema? Tomar café não é algo que milhões de pessoas, em todo o mundo, apreciam? Sim, mas nem sempre podemos nos basear em números. Eu havia lido em um livro, cujas idéias respeitava profundamente e sobre o qual tentava basear minha vida, que uma pessoa poderia ter “apetite depravado” por café e outras substâncias. Por mais que tentasse, eu não conseguia tirar aquela frase do meu pensamento. Aqui está o que esse livro, Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, diz: “O apetite depravado por bebidas alcoólicas, por fumo, chá, café, ópio, só é destruído pelo domínio da Mente sobre o corpo. Esse domínio normal adquire-se pela força e compreensão divinas” (p. 406).
Durante muitos anos, achei que essa afirmação, escrita há mais de um século, não se aplicava ao mundo moderno, onde o hábito de tomar café é tão amplamente aceito. Eu inclusive me perguntava como o café poderia ser relevante para minha compreensão de Deus. Assim eu racionalizava: tomar café não poderia ser na realidade tão depravado quanto tomar bebidas alcoólicas, fumar, ou usar ópio — e eu não fazia nenhuma dessas coisas. Além do mais, aqueles eram vícios, obviamente, mas eu não estava viciado em café, dizia comigo mesmo. Eu apenas gostava de tomar uma xícara com os amigos. Por que deveria parar com essa prática social aparentemente tão inofensiva? Além disso, não tinha conhecimento de nenhum problema sério de saúde, associado ao café, portanto, concluí que ele não poderia ser nocivo para mim.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!