Nossa filha mais nova, que havíamos adotado, tinha as pernas extremamente arqueadas. Quando cresceu, conseguia andar, mas suas pernas não tinham uma aparência normal. Parecia haver algum problema nas articulações. Eu sabia que precisava espiritualizar meu pensamento para perceber sua identidade real, que é inteiramente espiritual e perfeita em sua formação.
A Bíblia sempre foi um guia para a nossa família e senti-me muito confortada quando encontrei estes versículos em Efésios, que afirmam: "...seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" (Efésios 4:15, 16).
Em outro contexto, uma das definições para a palavra adotar, inclui o conceito de "aceitar", e achei útil pensar sobre isso com relação à adoção da nossa filha. Havia sido fácil aceitar a menina, mas nunca aceitaríamos a crença inverídica de que ela não havia sido concebida corretamente. Ao adotá-la, nós a havíamos aceitado em toda a sua perfeição real, espiritual, e não tínhamos aceitado nada mais.
Um dia, cerca de três semanas após ter começado a orar, vi que os pés da minha filha estavam na posição correta.
A palavra articulação implica a idéia de "ligação". Compreendi que nossa filha nunca havia se desligado de seu Pai-Mãe real, Deus. Afirmei sua união com Deus e neguei que ela jamais pudesse ter sido separada de seu Genitor real, de seu verdadeiro lar. Em realidade, ela jamais havia sido órfã, porque nunca fora privada de sua ligação eterna, de sua união, com o Pai-Mãe Deus. Orei com essas idéias e encontrei uma inspiração renovada.
Um dia, cerca de três semanas após ter começado a orar dessa maneira, minha filha estava ao meu lado, e quando olhei para o chão, vi que os pés da menina estavam na posição correta. Não disse nada, mas apanhei-a no colo, abracei-a e a coloquei de novo no chão. Disse-lhe: "Olhe para seus pés." Ambas compreendemos que a cura fora completa e ficamos muito contentes.
A primeira coisa que ela desejou fazer foi patinar. Logo no sábado seguinte fomos ao rinque, e foi um dia maravilhoso para ela. Patinou com completa liberdade, glorificando a Deus todo o tempo. Nos anos que se seguiram, ela praticou equitação com êxito, dando até aulas para crianças pequenas. Na escola secundária, participou de uma linda coreografia de balé aquático e saiu-se muito bem. Após a apresentação, alguém a felicitou por ter pernas bonitas. Ela tinha quinze anos na ocasião e sentia muita gratidão a Deus e à Christian Science por essa cura maravilhosa.
Agradeço pelas muitas curas rápidas que nossa família tem tido ao longo dos anos. Mas sou ainda mais grata porque, embora essa cura de minha filha tenha levado mais tempo, ela me mostrou que nunca é tarde demais para sentir o poder sanador de Deus.
Nossos filhos tiveram muitas curas: a de múltiplas picadas de abelha na cabeça de nosso bebê, dentes endireitados sem o uso de aparelhos, força moral para enfrentar a pressão dos colegas, curas de doenças infantis, vitória sobre o medo de ficar longe de casa, a cura rápida de um ferimento na cabeça, e muitas outras, inclusive provas do amor e da proteção de Deus para os numerosos animais de estimação das crianças.
Sou eternamente grata por essa verdade sanadora, a Christian Science, e pelas oportunidades que temos de, como pais, volver-nos ao nosso Pai-Mãe Deus, o único Genitor verdadeiro, e sermos testemunhas da herança espiritual de nossos filhos.
Town and Country, Missouri, EUA
