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Matéria de capa

Vencendo os limites da idade

Da edição de agosto de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas pessoas se preocupam com a chegada da terceira idade. Alguns pensam em se aposentar, outros gostariam de ter uma vida mais ativa, mas sentem-se limitados por alguma razão. Esta é uma transcrição de um programa de rádio sobre o assunto. Dele participaram .

Leide: Fala-se muito sobre a terceira idade, principalmente que, ao alcançá-la não podemos exercer tantas atividades. Qual é a sua opinião?

Alcidema: Acredita-se que nossa atividade fica limitada: Não se vive sozinho nem se anda sozinho e deve-se deixar de fazer certos serviços, mesmo os domésticos. Mas posso atestar, pela minha vida, que não foi isso que me aconteceu.

Leide: A senhora está aposentada hoje?

Alcidema: Sim, dei aula durante 30 anos, para alunos do segundo ciclo. Mas continuo a ler, a estudar e a cuidar da minha casa. Moro sozinha e tenho muita alegria no que faço.

Leide: E a senhora, D. Diva?

Diva: Há dois anos moro com minha filha e sou muito feliz, mas vivi muito tempo sozinha, numa casa fora do perímetro urbano. Por isso, tinha de viajar vários quilômetros por uma rodovia para chegar ao centro de São Paulo, onde se concentravam minhas atividades. À tarde eu trabalhava na Sala de Leitura, que é um tipo de livraria para o público em geral. Lá temos a Bíblia e o livro Ciência e Saúde à venda. Traz-me muita satisfação vendê-los aos visitantes. Para mim, isso é como oferecer "água fresca" àqueles que têm sede. Como temos reuniões abertas ao público, às quartas-feiras à noite, eu voltava para casa, sozinha, dirigindo, mas sabendo que estava sendo guiada por Deus. Sempre tive a certeza de que Deus estava protegendo a mim e a todos, abrindo o caminho para cada um de nós.

Leide: D. Alcidema como é que a compreensão de Deus a ajuda em suas atividades?

Alcidema: Ao compreender nossa relação com Deus, podemos viver melhor. Um estudo da Bíblia e do livro Ciência e Saúde é a primeira coisa que faço pelas manhãs e esse estudo me leva a entender um pouco mais a respeito do meu papel aqui e agora. Meus filhos estão todos casados, tenho netos e gosto muito de recebê-los em casa. Cuido de todas as minhas contas, assim como faço as compras de alimentos e produtos domésticos. Distribuo meu salário mensal de forma tal que possa sempre ter uma reserva para viagens ao exterior, o que afasta a idéia de que, a partir de determinada fase de nossa vida não podemos mais viajar. Além disso, tenho atividades na igreja e estudo bastante. Há três anos estive na França e, antes de ir, retomei aulas de francês para pôr em dia o meu conhecimento. Agora estou aprendendo computação.

Leide: Há algum trecho que as ajuda a entender por que são tão dispostas?

Alcidema: Lembro-me de que um dia, estava começando minhas tarefas domésticas e pensei neste versículo da Bíblia, que está no livro de Salmos: "Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem?" Desde logo admiti que amo a vida e porque a amo, faço tudo isso sem achar que é um peso para mim. Ainda procuro ajudar minhas noras, cuidando das crianças, quando elas precisam. Encarar a longevidade como oportunidade para ver o bem, fez-me pensar que ter anos de vida pela frente, não significa apenas que vamos viver muito, mas sim que temos de viver com prazer, alegria e ter uma vida ativa. A longevidade inclui atividade.

Diva: Com meus estudos da Christian Science compreendi claramente que o homem não tem idade, ele sempre pode estar ativo. Há uma frase em Ciência e Saúde que diz: "Nunca registreis idades. As datas cronológicas não fazem parte da vasta eternidade." Para mim, essa é uma verdade que posso vivenciar diariamente. Tenho disposição para trabalhar em casa, para caminhar e para viajar, porque sei que Deus está sempre conosco e que Ele nos dá oportunidades para ver as maravilhas da Sua criação.

Leide: D. Alcidema, conte-nos uma de suas experiências relacionadas às suas atividades.

"Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem?" A longevidade é para viver com alegria e executar algo bom.

Alcidema: Depois de pesquisar aquele versículo de Salmos, o significado da longevidade verdadeira ficou muito no meu pensamento, como uma oportunidade de estar sempre atenta e executando algo bom. Umas semanas depois, houve uma tempestade intensa em São Paulo e a partir das 15h, ficamos sem energia no meu prédio. Moro no 14° andar e precisava estar na igreja algumas horas mais tarde, pois eu deveria conduzir uma reunião, como aquela citada anteriormente pela D. Diva. Orei, para que Deus me ajudasse a cumprir com meu compromisso, dando-me idéias para encontrar uma solução. Eu deveria sair de casa por volta das 18h. Como a luz não chegava, avisei meu filho que costuma levar-me à igreja. Ele, então, se prontificou a subir os catorze andares, levar-me uma lanterna e descer comigo. Mas, ao abrir a porta da área de serviço, percebi que as escadas ainda estavam com as luzes de emergência e decidi começar a descer. Antes, porém, liguei para uma praticista da Christian Science, para que orasse por mim, para que eu não sentisse medo de cair e não me cansasse. Ela me falou da força e capacidade que Deus nos dá de ir em frente, especialmente quando estamos prontos para fazer a Sua vontade. Ela citou este versículo de Isaías: "Os que esperam no Senhor, renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam". Explicou-me que um comentário bíblico diz que o símbolo da águia é usado porque a águia é um pássaro que não apresenta nenhum sinal de envelhecimento e que esse seria o meu caso. Gostei muito dessa idéia. Agradeci a ela e, de pronto, empreendi minha descida pelos catorze andares. Desci com livros, bolsa, capa, mas cheguei muito bem e encontrei meu filho subindo, no segundo andar. Eu não me cansei e comprovei, uma vez mais, que a nossa força vem somente de Deus.

Leide: D. Diva, anteriormente falamos de atividades de lazer. Conte-nos sobre a cura que a senhora teve durante uma viagem.

Diva: Eu estava passando as férias com meu filho e sua família na Flórida. Certa noite, saímos para um lanche e ao voltar, um veículo bateu no nosso, provocando um grave acidente. Foi tudo muito rápido. Uns instantes após a colisão, abri os olhos, mas não via com clareza. Percebi que algo não estava certo. Lembrei-me de que Deus é a minha vida e disse isso várias vezes. Meu filho e minha nora tiveram ferimentos leves e meus netos ficaram ilesos. Meu filho pediu ao meu neto para sentar-se ao meu lado e repetir-me a Exposição Científica do Ser, conforme consta em Ciência e Saúde, que começa assim: "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria"(p. 468). Eu ouvia vagamente. Fui transportada para um hospital e ali passei três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em observação, mas sem receber medicamentos. Eu havia sofrido lesões internas muito graves. Um dos rins havia sido dilacerado e queriam operar-me. Meu filho, imediatamente após o acidente, ligou para uma praticista da Christian Science solicitando que orasse por mim. No segundo dia após o acidente, os próprios médicos e enfermeiros constataram que havia sinais de recuperação. No terceiro dia, o rim já havia se recomposto. No quarto dia, transferiram-me para um quarto normal e no quinto dia meus familiares levaram-me para uma instituição, onde Cientistas Cristãos podem permanecer enquanto recebem tratamento por meio de oração. Meu tratamento foi apenas espiritual, sem nenhum tipo de medicação. As enfermeiras da Christian Science eram muito carinhosas e expressavam muito amor, assim como os voluntários que vinham ler a Lição Bíblica Semanal para nós. A praticista também vinha visitar-me periodicamente. Minha filha chegou no dia seguinte ao acidente e esteve todo o tempo comigo. Três semanas depois, eu já podia andar e voltei para casa. Hoje, eu me movimento normalmente, com total flexibilidade. Esse acidente ocorreu há sete anos e a cura foi completa, não tive nenhuma seqüela ou cicatriz. Uma frase que me foi muito útil na época, e o é até hoje, de Ciência e Saúde, diz o seguinte: "A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa" (p. 283).

Leide: D. Diva, este é um belo exemplo do poder de cura por meio da oração. E o que a senhora teria a dizer sobre o fato de ter sofrido o acidente?

Diva: Eu e minha família tivemos de compreender que Deus só conhece o que é bom e toda Sua criação permanece sempre em ordem e intacta. Também sabemos que Deus ama a todos e é por isso que a oração tem um poder restaurador. Nossas orações se apoiaram muito neste trecho de Ciência e Saúde: "Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unirnos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia. Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição" (p.424). Minha vida hoje é bem tranqüila e não tenho medo de acidentes.

Leide: É muito bom poder ver pelos exemplos mencionados, como todos podemos expressar longevidade e ter uma vida bem ativa, independentemente de nossa idade.

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