Lembro-me de ter ouvido, durante minha infância, pessoas comentarem: "Que saudades da terrinha"; "quando vais novamente à terrinha?" Creio que tardou até que eu descobrisse onde era essa terrinha.
Na minha adolescência, tive a oportunidade de conhecer um pianista português, que convidou-me para um concerto na sua terra natal. Como eu morava em Viena, na Áustria, fui de trem. A belíssima paisagem de chegada à cidade do Porto, ficou gravada, como cartão postal, em minha memória! Mas não só a beleza da Ribeira, ao longo do Rio Douro, tocou meu coração, mas também a bondade e o amor daquele povo, principalmente da família de meu amigo que tão carinhosamente abriu as portas de sua casa, acolhendo-me como se fosse uma prima a visitá-los.
Quase vinte anos depois, após cruzar o Atlântico, aterrisso na mesma cidade, e desta vez não para ouvir um concerto de música clássica, mas para ouvir um concerto de melodias sem música, um espetáculo de curas e reflexões, que verdadeiramente chegaram à minha alma.
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