Uma característica particularmente inspirativa dos Evangelhos é a forma como Cristo Jesus se relacionava com Deus. Era um relacionamento íntimo e terno, fruto de um conhecimento profundo da natureza divina. Para Jesus, Deus não era uma autoridade temível e distante, entronizada em algum lugar etéreo. Para ele, Deus era “Papai”.
Sim, “Papai” é o significado da palavra Aba, que o Mestre utilizou em sua oração, no Jardim das Oliveiras: “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Marcos 14:36). No idioma aramaico, Aba era a expressão utilizada pelas crianças da época para dirigir-se ao pai. Era uma forma carinhosa de tratamento achava-se entre as primeiras palavras que a criança aprendia a falar.
Em contraposição, o termo hebraico para “pai” era 'av e tinha diversos significados além do de pai biológico. Indicava também o chefe de uma família, um ancestral, o fundador de uma nação (como “pai Abraão”), um protetor, além de ser usado como termo de respeito para com alguém que tivesse autoridade, como um profeta ou sacerdote.
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