A porta da frente de casa dá direto para a calçada da frente do edifício de apartamentos onde moro, no Bronx, em Nova Iorque. Durante o verão, há muito movimento na vizinhança. As mães saem com suas cadeiras dobráveis para desfrutar da brisa do anoitecer. Os jovens ligam o som estéreo dos carros, certos de que todos nós compartilhamos de seu gosto por música. Os cachorros se divertem. As crianças jogam bola.
Assim que a temperatura começa a esquentar, coloco vários vasos com flores coloridas na calçada, dos dois lados da minha porta. Meu filho disse que os vasos seriam simplesmente roubados; o zelador do prédio disse a mesma coisa. Mas, mesmo assim, coloquei os vasos ali, como um presente meu para os vizinhos (que passam suas noites em frente ao meu apartamento). Além disso, ao invés de ficar vigiando as flores, procurei vigiar meus pensamentos e resistir àquelas suposições céticas.
Antes que você me chame de ingênua, vou lhe contar por que tomei essa atitude. Há algum tempo, meu carro fora roubado a poucas quadras do meu apartamento. Naturalmente, fiquei aborrecida porque havia perdido meu carro. Mas, na verdade, o que me aborreceu mais foi pensar que meus vizinhos fossem ladrões e mentirosos. Creio que Deus existe e que Ele criou cada um de nós à Sua imagem, por isso, faz parte da nossa natureza, como imagem de Deus, sermos honestos e prudentes. Além disso, devo isso aos meus vizinhos, ou seja, considerá-los como a semelhança de Deus e naturalmente bondosos, mesmo que as circunstâncias indiquem o contrário.
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