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O que a perseverança consegue

Da edição de agosto de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


A imagem da perseverança, para mim, é a de meu pequeno cachorro, chamado Max, colocando, pela centésima vez, uma bola de tênis no meu colo, com o rabo abanando, sempre cheio de expectativa.

Tento, repetidas vezes, afastálo com um “agora não”, ou “mais tarde”. Decidido, seus brilhantes olhos pretos olham da bola para mim e de novo para a bola. Sua pura vivacidade finalmente me convence e, com um sorriso de má vontade, atiro o primeiro de muitos arremessos.

Sempre que enfrento um problema, que simplesmente não vai embora, eu me lembro da perseverança cheia de entusiasmo do Max. Além disso, percebo que o que se faz mais necessário é a mudança em meu pensamento e na minha expectativa. Ao invés de desânimo ou de uma sensação derrotista de que essa situação nunca mudará, percebo a necessidade de redefinir minhas expectativas, de estimular minha esperança, de impulsionar minha coragem de seguir adiante.

Para mim, o que realmente provoca essa mudança é a oração — volver-se humilde e profundamente a Deus. Na medida em que faço isso, eu me direciono rumo à luz solar espiritual, por assim dizer, sentindo o calor penetrante do amor de Deus, substituindo as dúvidas e os temores cruéis que haviam se desenvolvido, enquanto eu permanecia sob minha própria sombra. Descubro, então, um novo ânimo brotando dentro em mim e uma expectativa do bem ao meu redor.

O efeito dessa oração se alinha com uma das promessas atribuídas a Jesus: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mateus 7:7–8). Grande parte da nossa experiência sugere que não recebemos aquilo que pedimos, portanto, parte do que está implícito nesse processo é a perseverança, que busca até encontrar.

Ao explicar o poder da oração para curar, Mary Baker Eddy escreveu: “Nada há de difícil ou trabalhoso nessa tarefa, quando o caminho está indicado; mas só a abnegação de si mesmo, a sinceridade, o cristianismo e a persistência obtêm o prêmio, como geralmente acontece em todas as atividades da vida” (Ciência e Saúde, p. 462).

Aprendi essa lição uma vez, com um problema periódico de dermatite causado por erva venenosa. Naquele verão, a primeira erupção havia sido terrível, mas, depois disso, mais ou menos a cada mês, ela voltava quase que com a mesma intensidade da primeira vez. Quando criança, havia sido banhada em várias loções e medicamentos, que apenas aliviavam um pouco o problema. Desta vez, porém, resolvi me volver a Deus para obter uma solução permanente.

À medida que passava mais tempo em oração — reconhecendo a presença e todo o poder de Deus ao meu redor, governando e, até mesmo, definindo minha identidade espiritual — ficou mais fácil perceber o que havia se desenvolvido como uma erva daninha em meus pensamentos. Havia uma correlação, um tanto óbvia, entre aquelas erupções e o fato de eu me sentir irritada com várias descortesias pessoais e injustiças que havia sofrido em minha vida. Essa espécie de reação emocional exigiria perseverança para ser desarraigada e, para isso, era preciso oração e mais oração.

Logo depois, surgiu uma outra situação social problemática. À medida que comecei a refletir sobre isso no chuveiro, a reação, que me era familiar, começou a irromper em meus braços, diante de meus olhos. Desta vez, fui direto a Deus em meu coração e até falei em voz alta: “Não importa quanto desconforto minha pele possa sentir hoje, nada poderá surgir entre mim e Deus”. Fiz essa declaração com muita seriedade.

Dentro de poucos minutos, a reação acalmou. Permaneci com Deus em meus pensamentos o dia todo. A outra situação, que provocara a reação, passou a não ter a menor importância. Esse foi o ponto decisivo. Uma ou outra vez, durante os meses seguintes, houve um momento em que notei uma pontada de desconforto em minha pele, mas isso apenas fez com que me volvesse com mais determinação a Deus. Eu havia descoberto que a oração podia mudar uma perspectiva mental enraizada e abranger meu bem-estar físico, também. A oração perseverante havia ganhado o dia, ou seja, uma melhor compreensão sobre Deus, sobre mim mesma e sobre os outros. Além do mais, isso é algo que vale a pena buscar...e encontrar.

Tenho certeza de que o Max concordaria comigo. Você não quer jogar a bola primeiro?

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