O comediante mais famoso do Canadá, Rick Mercer, encena um quadro em que, com humor negro, aborda a gravidade da mudança no clima global. A cena simula um comercial de televisão no qual um homem explica o novo programa de reciclagem do governo. Ele anuncia que, além das caixas azuis para a coleta de vidro e plástico, das caixas cinza para papel e das verdes para biodegradáveis, as quais se encontram nas calçadas das ruas, o governo irá introduzir a caixa branca para a coleta de ursos polares. Em seguida, ele levanta um urso polar morto e o coloca dentro de uma grande caixa branca com rodinhas. Essa caixa é colocada na calçada junto às outras caixas de coleta, enquanto o apresentador explica que o conteúdo da caixa branca será recolhido às terças-feiras, em semanas alternadas.
Naturalmente, é lamentável que o habitat do urso polar esteja derretendo o que, juntamente com outros sinais da mudança no clima, não é motivo de riso no Canadá, no Brasil (onde se encontra a maior parte da Amazônia, “o pulmão do mundo”) nem em nenhum outro país.
Como pode a humanidade se encontrar em uma situação em que o Comitê Intergovernamental das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima declara que “a maior parte do aumento na média das temperaturas globais desde meados do século XX, muito provavelmente, é resultado do aumento na concentração de gazes de efeito estufa ocasionado pela atividade humana?”
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