Estou muito entusiasmada com a realização dos Jogos Pan-Americanos no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Esse grande evento esportivo, que acontece de quatro em quatro anos, reúne atletas de todo o continente americano: Américas do Norte, Central e do Sul.
A primeira realização oficial desses jogos ocorreu em 1951, na cidade de Buenos Aires, Argentina, com a participação de atletas de 21 países em 18 modalidades. Em 1963, a sede foi a cidade de São Paulo, que reuniu 1665 atletas em 22 modalidades. Estiveram presentes à cerimônia de abertura aproximadamente 40 mil pessoas.
Como acontece com os grandes feitos que têm um bom propósito, o “Pan”, como já é conhecido mundialmente, cresceu muito. Este ano contará com mais de 5500 atletas de vários países, disputando 28 modalidades esportivas.
Sempre gostei de esportes e, por isso, optei pela Faculdade de Educação Física. Pelo estudo da Ciência Cristã aprendi os sete sinônimos de Deus: Princípio, Mente, Alma, Espírito, Vida, Verdade e Amor (ver Ciência e Saúde, p. 587). Os esportes oferecem a oportunidade de expressar a Vida por meio de atributos divinos como alegria, vitalidade, entusiasmo; o Princípio, ao observar normas, disciplinas e regras; o Amor, ao demonstrar fraternidade para com os participantes da equipe, especialmente em modalidades coletivas; a Verdade, que assegura a perfeição e integridade de todos os atletas. A integração entre os povos também me motiva. Sempre estive atenta a oportunidades que me levassem a conhecer pessoas de outras culturas.
Certo dia, soube que a ACM, Associação Cristã de Moços, estava selecionando jovens para trabalhar em um acampamento de verão nos Estados Unidos. Fiz minha inscrição e fui selecionada. Lá, encontrei pessoas de diversas partes do mundo. Nosso trabalho consistia em dar suporte aos jovens provenientes de várias partes dos Estados Unidos. Minha atividade, como assistente da diretora de waterfront, era ficar no setor de esportes aquáticos ajudando os salva-vidas.
A jornada de trabalho era longa, mas tínhamos bons períodos de folga, quando aproveitávamos para a prática de esportes como nadar, andar de bicicleta, praticar esqui aquático e hipismo. Certa ocasião, vivenciei uma experiência em que constatei que posso confiar plenamente no cuidado de Deus por mim, em qualquer circunstância.
Eu e alguns colegas, aproveitando nosso dia de folga, aceitamos o convite da monitora de hipismo para um passeio. Apesar de gostar de andar a cavalo, não tinha muita prática, mas sempre que surgia uma oportunidade, eu a aproveitava. Ao chegar à estrebaria fiquei um pouco decepcionada porque só havia cavalos muito grandes, e eu preferia os menores. Mas, mesmo assim, escolhi um cavalo bem bonito e saímos.
Passeávamos tranqüilamente, quando a colega que nos orientava perguntou se não gostaríamos de tentar trotar, ou seja, cavalgar em ritmo mais rápido. Como me sentia segura, concordei com a idéia, assim como todos os outros colegas.
Trotamos algumas vezes. Era muito gostoso sentir o ar fresco no rosto e estar ao lado de pessoas queridas, naquele lugar maravilhoso. Porém, na volta para a estrebaria, quando tentei trotar mais uma vez, meu cavalo começou a correr muito, deixando-me assustada. Segui a orientação da monitora para que o animal andasse mais devagar, mas ele não obedeceu aos meus comandos e começou a pular. Eu perdi o equilíbrio e caí. Rapidamente pensei que Deus estava ali comigo e que nada de ruim poderia me acontecer. Consegui sair da estrada e me joguei em cima de um arbusto, porque sabia que outros cavalos estavam vindo atrás do meu. Quando meus colegas Perceberam o que havia acontecido pararam e voltaram para ver se eu estava bem. Eu estava confusa, tudo tinha acontecido muito rápido, e eu só conseguia pensar que Deus estava comigo em todo lugar e que nada poderia acabar com minha alegria.
Eu havia batido fortemente as costas no chão, e elas me doíam muito. Como eu não conseguia andar direito, meus colegas me levaram de volta ao acampamento de caminhonete. Lá fui levada à enfermaria, onde a enfermeira me disse que eu deveria tomar um remédio para controlar a dor que persistia. Eu disse a ela que era Cientista Cristã e que não costumava tomar medicação. Ela comentou que conhecia minha religião, que eu poderia descansar o resto do dia e que só precisaria voltar ao trabalho no dia seguinte se me sentisse melhor. Permaneci em meu quarto afirmando a verdade de que Deus nunca me abandonaria, em lugar nenhum, mesmo estando eu tão longe de casa e da minha família. Esse trecho do Salmo 139, do qual eu gosto muito, me ajudou naquele momento: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (v. 7-10). Também me apoiei nas idéias de cura contidas na lição bíblica semanal, que estudei com muita atenção. Essa lição é composta de trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde publicados no Livrete Trimestral da Ciência Cristã.
À noite, telefonei para minha tia, com quem moro, e lhe contei o que havia acontecido. Ele me confortou muito, afirmando que Deus nunca poderia estar longe de mim, que eu não poderia ser punida por fazer uma coisa que me dava alegria, e que eu não deveria ficar assustada com o acontecido.
Voltei ao trabalho no dia seguinte, sentindo-me totalmente restabelecida. Alguns dias antes de eu deixar o acampamento fui convidada para andar a cavalo novamente e aceitei o convite, sem nenhum receio. Fiz um passeio maravilhoso, ao lado dos colegas que haviam trabalhado comigo no acampamento. Comprovei mais uma vez que Deus está sempre presente e cuida de nós em todos os momentos e situaçães, inclusive durante a prática de esportes, seja por lazer ou competição.
