Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Sentir-se ofendido

Da edição de julho de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Há uma enorme sabedoria no antigo provérbio: “Aquele que é lento em irar-se é melhor do que o poderoso.”  Conforme a Bíblia King James. A Bíblia em português, João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, diz: “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.” (Prov. 16:32). Hannah More disse: “Se eu quisesse punir meu inimigo, eu o faria odiar alguém.”

Castigar a si mesmo pelas faltas dos outros é a maior loucura. A flecha mental que sai do arco de outra pessoa é praticamente inócua, a não ser que nosso próprio pensamento lhe afie a ponta. É nosso orgulho que torna irritante a crítica dos outros, é nossa vontade própria que torna ofensiva a atuação dos outros, é nosso egotismo que se ofende com a manifestação do ego dos outros. Devemos, sim, ficar sentidos pelas nossas próprias faltas; mas não podemos nos dar ao luxo de nos sentir infelizes pelas faltas dos outros.

Um cortesão disse a Constantino que uma turba havia quebrado a estátua dele a pedradas. O imperador levou a mão à cabeça e comentou: “É surpreendente, mas não sinto a mínima dor.”

Deveríamos nos lembrar de que o mundo é grande; que há milhões de vontades humanas diferentes, opiniões, ambições, gostos e afetos; que cada pessoa tem uma história diferente, uma constituição, cultura, caráter diferentes de todos os outros; que a vida humana é o trabalho, o jogo, a incessante ação e reação desses diferentes elementos uns sobre os outros. Por isso, deveríamos enfrentar a vida com a mínima expectativa, mas com a máxima paciência; com um senso afiado de apreciação por tudo o que é belo, grandioso e bom, mas com um gênio tão manso que as fricções do mundo não consigam desgastar nossa sensibilidade; com um espírito equânime tão firme que não se agite por nenhuma brisa nem por nenhum distúrbio acidental; com um amor suficientemente grande para encobrir todo o mal do mundo, e suficientemente doce para neutralizar o que há de amargo nele, — decididos a não nos ofender, quer tenha havido intenção de ofender quer não, a menos que a ofensa seja contra Deus.

Nada menos do que nossos próprios erros deveria nos ofender. Aquele que de forma intencional tenta causar danos ao outro é objeto de piedade em vez de ressentimento; e eu me pergunto se acaso existe alguém tão bajulador, tão tolo ou tão mentiroso que consiga ofender uma mulher totalmente espiritualizada.

“Sentir-se ofendido” de Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896 de Mary Baker Eddy © 2007   The Christian Science Board of Directors Cortesia de The Mary Baker Eddy Collection.


De acordo com diretrizes estabelecidas por Mary Baker Eddy, o texto original inglês aparece nas páginas que confrontam a tradução de seus escritos. Todas as outras páginas serão em português, como de costume.

Taking Offense

There is immense wisdom in the old proverb, “He that is slow to anger is better than the mighty.” Hannah More said, “If I wished to punish my enemy, I should make him hate somebody.”

To punish ourselves for others’ faults, is superlative folly. The mental arrow shot from another’s bow is practically harmless, unless our own thought barbs it. It is our pride that makes another’s criticism rankle, our self-will that makes another’s deed offensive, our egotism that feels hurt by another’s self-assertion. Well may we feel wounded by our own faults; but we can hardly afford to be miserable for the faults of others.

A courtier told Constantine that a mob had broken the head of his statue with stones. The emperor lifted his hands to his head, saying: “It is very surprising, but I don’t feel hurt in the least.”

We should remember that the world is wide; that there are a thousand million different human wills, opinions, ambitions, tastes, and loves; that each person has a different history, constitution, culture, character, from all the rest; that human life is the work, the play, the ceaseless action and reaction upon each other of these different atoms. Then, we should go forth into life with the smallest expectations, but with the largest patience; with a keen relish for and appreciation of everything beautiful, great, and good, but with a temper so genial that the friction of the world shall not wear upon our sensibilities; with an equanimity so settled that no passing breath nor accidental disturbance shall agitate or ruffle it; with a charity broad enough to cover the whole world’s evil, and sweet enough to neutralize what is bitter in it, — determined not to be offended when no wrong is meant, nor even when it is, unless the offense be against God.

Nothing short of our own errors should offend us. He who can wilfully attempt to injure another, is an object of pity rather than of resentment; while it is a question in my mind, whether there is enough of flatterer, a fool, or a liar, to offend a whole-souled woman.


Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 2007

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.