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Matéria de capa

Dentro da lei e com lucro

Da edição de agosto de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Estava com problemas de saúde e orei a Deus, pedindo que me indicasse o caminho da cura e da tranqüilidade.

Em março de 2006, fiz uma viagem à capital de meu país, o Distrito Federal do México e conheci uma pessoa que me havia dado muito apoio moral durante os meses anteriores por telefone. Eu sentia que ele poderia me ajudar, mas ele mesmo não via como. Foi, então, que seu filho lhe sugeriu que me desse de presente o livro Ciência e Saúde.

Achei o livro fascinante e procurei descobrir a melhor maneira de aprender a desfrutar seus ensinamentos. Durante uma semana me dediquei à leitura do capítulo sobre a oração, em que está escrito: "Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras. Guardar os mandamentos de nosso Mestre e seguir-lhe o exemplo, é nossa verdadeira dívida para com ele e a única prova digna que podemos oferecer de nossa gratidão por tudo quanto ele fez. O culto exterior não é, por si só, suficiente para expressar gratidão leal e profunda, pois ele disse: 'Se me amais, guardareis os meus mandamentos' " (Ciência e Saúde, p. 4).

Essas palavras me fizeram pensar em como poderia melhorar minha maneira de ser. Comecei a analisar meu caráter e a aperfeiçoar a maneira como tratava os demais. Havia algo em particular que me preocupava em relação à idéia de "crescer em graça." Eu e outra pessoa éramos sócios em uma pequena empresa é não pagávamos corretamente todos os impostos.

Depois de pensar sobre o assunto por alguns dias, disse a meu sócio que queria regularizar tudo que estava incorreto em relação aos impostos. Naquela época, a situação econômica da empresa não estava muito boa. Tínhamos dividas com fornecedores, alguns clientes não estavam em dia com os pagamentos e, além de tudo isso, o pagamento de todos os impostos implicaria um aumento das despesas. Para encontrar uma solução, recorri ao livro Ciência e Saúde e encontrei esta passagem: "O pesar por haver feito o mal é apenas um passo para a reforma, e é o mais fácil de todos. O próximo passo a dar, o grande passo que a sabedoria exige, é a prova de nossa sinceridade — a saber, a reforma. Para esse fim somos postos sob a pressão das circunstâncias. A tentação incita-nos a repetir a falta..." (p.5).

No meu país, o povo acredita que o governo é corrupto e que o dinheiro pago em forma de impostos é roubado pelos governantes. Até mesmo em algumas faculdades de contabilidade ensinam que uma empresa não sobrevive se paga todos os impostos. Há até aqueles que afirmam que o sistema foi feito para facilitar a sonegação.

Tanto meu sócio como os assessores fiscais me diziam que a idéia de pagar todas as taxas não era boa e que iríamos à falência se o fizéssemos. Além disso, de que serviria esse esforço, se o dinheiro seria roubado por pessoas corruptas que ocupam cargos no governo?

Disse a eles que não podia garantir que os governantes não fossem corruptos, mas que tinha certeza de que nós não estávamos sendo totalmente honestos. Comentei-lhes sobre o versículo bíblico em que Jesus diz: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (João 8:7). Como era possível julgar algumas pessoas, se nós mesmos estávamos usando um dinheiro que não era nosso, mesmo que fosse pela sobrevivência da empresa? Também orava com outra citação bíblica que me vinha ao pensamento com freqüência: "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21). Esses dois versículos me convenceram de que as idéias que me vinham eram factíveis de serem realizadas.

Nossos assessores fiscais, que se beneficiavam com a sonegação de impostos, nos disseram que não poderiam continuar com o controle fiscal de nossa empresa, se não seguíssemos o sistema estabelecido por eles e nos asseguraram que iríamos à falência se pagássemos todos os impostos. Meu sócio, porém, agora já concordava com minha opinião, a de que deveríamos fazer o que era correto, independentemente de o governo ser honesto ou não.

Mudamos de assessoria e nos dispusemos a pagar de forma retroativa o que tínhamos pago a menos. Contudo, quando começamos a fazer os cálculos, vimos que não tínhamos o dinheiro para pagar. Mesmo assim, continuei a orar enquanto os contadores faziam todo o trabalho de calcular as somas devidas.

Para obter essa cura moral, solicitei que um praticista me apoiasse em oração. Ele me assegurou que Deus nos ajudaria e que de forma alguma ficaríamos sem trabalho por fazer o que é correto.

Ocorreu algo surpreendente, três acontecimentos muito favoráveis e completamente inesperados: primeiro, apareceu a oportunidade de fazer uma doação a um vilarejo em necessidades, o que nos ajudaria a diminuir um pouco os impostos; depois, promulgou-se uma lei que diz que, se uma empresa pagasse de forma voluntária os impostos atrasados, 80% de sua dívida seria perdoada; e, por último, um banco nos telefonou e ofereceu uma linha de crédito sem requerer garantia hipotecária, já que não temos propriedade. Enfim, Deus nos ofereceu todos os meios para fazer o que é certo.

Já se passaram vários meses desde que tudo se regularizou na empresa. Pagamos todos os impostos e sabemos que estamos fazendo o que é correto. Além de a empresa não ir à falência, as vendas ainda aumentaram o suficiente para cobrir os pagamentos de todos os impostos.

A empresa continua pequena, mas agora dormimos tranqüilos, pois sabemos que estamos fazendo o que é justo. Podemos ter a certeza de que o governo também pode deixar de envolver-se em corrupção e ter a expectativa de que essa cura está ocorrendo agora mesmo.

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