Conheci a Ciência Cristã em outubro de 2006 e me lembro bem da sensação de liberdade que tive, ao perceber que essa Ciência estava muitos degraus acima de tudo o que eu já havia estudado até então.
Este trecho de Ciência e Saúde me chamou a atenção de imediato: "A prova, pela demonstração atual, de que os assim chamados milagres de Jesus não pertenciam especialmente a uma dispensação agora terminada, mas que ilustravam um Princípio divino sempre em atividade. A operação desse Princípio indica a eternidade da ordem científica e a continuidade do ser" (p. 123).
Refleti bastante sobre "Princípio divino sempre em atividade" e entendi que a disponibilização eterna dos efeitos desse Princípio era uma prova do amor de Deus por Seus filhos.
Comecei a estudar os livros escritos por Mary Baker Eddy e a ver a Bíblia com olhos abertos à compreensão. Alguns trechos bíblicos passaram a ter uma clareza que eu nunca havia imaginado, por examplo: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações" (Salmos 46:1). Um novo mundo se abriu a essa verdade; senti de fato a presença confortante do grande Consolador.
Que alento é vivenciar, ainda que aos poucos, a atuação desse Princípio Divino sempre em atividade em nossa vida. Pude sentir e comprovar o Amor divino muito presente em algumas ocasiões, e uma experiência específica envolveu nosso filho Tomás.
Em fevereiro de 2007, minha esposa foi transferida para a Inglaterra e não tive dúvidas de que eu e o Tomás, na época com dois anos, deveríamos acompanhá-la. Tivemos uma grata demonstração do cuidado e do amor de Deus quando, passeando por uma rua em Londres, nos deparamos com uma igreja da Ciência Cristã, onde fomos recebidos com muito carinho por todos e passamos a frequentar os cultos aos domingos e as reuniões de testemunhos das quartas-feiras. Tomás ia junto conosco e adorava a Escola Dominical.
Nem sempre era fácil para mim assimilar os novos conceitos que aprendia. Às vezes, sentimentos de dúvida e de medo tentavam me abater, mas continuava a estudar e a orar para entender melhor os desígnios do Amor divino. Também procurei a ajuda de uma Praticista da Ciência Cristã, que me assegurava que todas as respostas que eu buscava seriam respondidas pelo pastor dual da Ciência Cristã: a Bíblia e Ciência e Saúde.
Ficava impressionado ao ver que, de fato, a Verdade, que é Deus, sempre me enviava as respostas que eu procurava. Certa vez, quando questionava minha fé, abri a Bíblia exatamente neste trecho de Hebreus: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" (11:1). Também descobri em Ciência e Saúde: "O verbo hebreu crer significa também ser firme ou ser constante" (p. 23).
Assim, continuava a perseverar, a estudar e a estar aberto às verdades bíblicas. Minha família e eu fomos curados de gripes, de dores, de machucados, de cortes com sangramentos e infecções, sem recorrer a nenhuma outra forma de tratamento além da oração.
Via, principalmente nos cuidados com o Tomás, o terno Amor divino se manifestando em diversos casos. Com a simplicidade de uma criança, mas também com autoridade divina, quando um sintoma de gripe tenta se manifestar, ele já aprendeu a dizer: "Sai fora espirro! Sai fora gripe! Assim, no dia seguinte, ele normalmente acorda curado.
Com o pensamento alinhado ao bem, vimos o Princípio Divino, sempre em atividade, agindo uma vez mais, e protegendo nosso filho sob as asas do Senhor.
Em uma tarde ensolarada, tínhamos acabado de pousar no aeroporto de Genebra, na Suíça. Minha sogra viajava conosco e Tomás vinha alegre, com toda a energia de um garotinho de 2 anos, curioso, sagaz, interessado em conhecer e em aproveitar todas as novidades.
O avião parou perto do edifício do aeroporto. Deveríamos descer na pista e andar até o saguão. Pedi à minha esposa que fosse na frente com Tomás e minha sogra, pois eu carregaria as bagagens de mão. Tomás tinha a mochilinha de rodinhas do 'Barney e seus amigos' e fazia questão de levá-la.
A escada de saída do avião até a pista do aeroporto não era inteiriça em suas laterais, tinha duas barras de ferro em toda sua extensão, mas era aberta em baixo e no meio.
Quando os três saíam do avião, minha esposa quis pegar a mochila do Tomás para ajudá-lo na descida. A rodinha da mochila acabou prendendo entre a escada e a porta; minha sogra tentou ajudar, mas Tomás insistia em descer com a mochilinha e, nessa confusão, caiu do alto da escada, de uma altura de aproximadamente três metros, direto na pista. Eu cheguei à porta do avião no exato momento em que ele caía. Todos ficaram paralisados. Minha esposa e minha sogra começaram a chorar, as comissárias e os outros passageiros não sabiam o que fazer.
Percebi como preparar o pensamento diariamente e reconhecer que o cuidado de Deus traz auxílio certo em situações aflitivas. Naquele momento, ao elevar o pensamento a Deus, invadiu-me uma calma maravilhosa, como nunca havia sentido antes. Senti a onipresença do Amor divino e simplesmente soube, com uma certeza inabalável, que Tomás estava bem.
As pessoas continuavam paradas, apenas olhando aquele garotinho ali, caído e chorando. Larguei as bagagens de mão, desci a escada atrás de minha esposa e, quando peguei meu filho no colo, só pensava em uma coisa: Deus está presente. Ele continuava a chorar, mas eu só repetia para ele: "Está tudo bem filho, o Amor divino está aqui conosco". Depois de alguns minutos, ele começou a se acalmar e, em seguida, adormeceu. Quando acordou, depois de aproximadamente uma hora, estava totalmente bem e tranquilo, como se nada houvesse acontecido.
Partimos dali para nossas férias inesquecíveis, com a certeza de que o Princípio divino está, de fato, sempre em atividade e que o Amor se manifesta constantemente. Não houve sequelas. Tomás não ficou sequer com uma marca do ocorrido.
Aprendemos, maravilhados, que "...acidentes são desconhecidos a Deus..." (Ciência e Saúde, p. 424), pois tudo está sob o governo infalível da Mente divina, onde não há acaso. Hoje, com quatro anos e meio, Tomás é um garoto admirável, alegre, amoroso, ativo, harmonioso e super feliz, principalmente após a chegada de seu irmãozinho João, em janeiro de 2008.
Fico muito comovido cada vez que me lembro dessa experiência. Também sou muito grato pelo maravilhoso ensino metafísico que Mary Baker Eddy deixou em suas obras. Hoje sei que, ao estudar a Ciência Cristã, todos podem demonstrar a Verdade, curar e ser curados.
