Quando alguém é eleito ou nomeado para um cargo no alto escalão do governo norteamericano, o documento que representa seu mandato começa com esta declaração: "Depositando especial confiança em sua integridade, prudência e capacidade, eu o nomeio para..." e então continua a descrição do cargo para o qual a pessoa foi designada. Minha própria integridade foi testada na Casa Branca, enquanto fui Assessor para Assuntos Internos para o entãa Presidente Nixon, e nomeado co-presidente dos "Plumbers" (Encanadores), uma unidade especial de investigações da Casa Branca sobre vazamento de informações confidenciais. Era uma equipe incumbida de desacreditar o Dr. Daniel Ellsberg no vazamento conhecido como "Papéis do Pentágono". Ele era um ativista antiguerra que havia passado para dois grandes jornais documentos confidenciais sobre a estratégia dos Estados Unidos na guerra contra o Vietnã. Fomos também encarregados de rastrear quaisquer outros "vazamentos" de informações confidenciais. Contudo, para levar a cabo nossa tarefa, infringimos a lei.
Nossas ações vieram à luz à medida que o caso Watergate começou a aparecer na imprensa. Optei por me declarar culpado e voluntariamente aceitei qualquer sentença que o tribunal impusesse, porque percebi que necessitava fazer isso, a fim de restabelecer meu próprio senso de integridade.
Há cerca de 15 anos, comecei uma busca por entender o que havia me levado à violação de conduta legal e ética, enquanto estive no governo. Compreendi também que aquelas palavras "Depositando especial confiança em sua integridade" nem sempre eram levadas a sério.
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