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ARTIGO CLÁSSICO

Existe esperança!

Da edição de agosto de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Journal


Nestes dias de turbulências e crescentes inquietações, aqueles que ainda não conhecem a Ciência Cristã e a segurança reconfortante que ela nos proporciona, talvez possam repetir o clamor angustiado e pungente registrado em Jeremias: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos... Acaso, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico..."? (8:20, 22).

As angustiantes indagações da humanidade na atualidade são respondidas pelos Cientistas Cristãos com esta amorosa afirmativa: "Sim, há bálsamo; há cura; há esperança"! Entre todas as pessoas, nesse momento crítico da história humana, os Cientistas Cristãos estão firmes, "sempre preparados", conforme as palavras de Pedro: "para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós" (1 Pedro 3:15). Os Cientistas Cristãos não poderiam responder de outra forma, pois descobriram uma religião que lhes dá segurança, que está fundamentada sobre a prova tangível e duradoura das bênçãos que aguardam a todos os que humilde e sinceramente buscam, dia a dia, assimilar e verdadeiramente viver seus ensinamentos.

O dom inestimável da compreensão espiritual, em meio a dificuldades prementes clamando por soluções, capacitou Jó a exclamar: "Porque eu sei que o meu Redentor vive..." (19:25), e daí a alcançar sua própria libertação, domínio e paz. Com essa certeza de um Redentor da humanidade próximo, passível de ser conhecido, a Ciência Cristã concede generosamente seu consolo, essencial e suave, à pessoa que se aproxima dessa religião e de seus ensinamentos pela primeira vez. Multidões de homens e mulheres, inclusive o articulista, abandonaram sua confiança no cinismo e no "realismo" negativo e se apossaram firmemente da Ciência Cristã, quando descobriram que ela não é mero otimismo, nem um sistema mental humano, ou um programa de pensamento positivo visando ao próprio bem-estar, ou a uma abordagem superficial sobre as dificuldades do mundo mediante um sentimentalismo banal ou banalidades emocionais.

A esperança da Ciência Cristã é real e tangível e não oferece nenhuma panaceia etérea que, uma vez alcançada, simplesmente se desvanece nas mãos daquele que está ansiosamente em busca de libertação. A intrépida Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, que comprovou sua sagrada missão e exigiu que a mesma se manifestasse por meio da cura e de resultados específicos, tornou esse ponto inequivocamente claro em Ciência e Saúde, em que ela escreveu: "A palavra de ternura e o encorajamento cristão dados a um doente, a paciência compassiva para com seus temores e o afastamento destes, valem mais do que hecatombes de borbotantes teorias, de discursos estereotipados e plagiados, e de argumentos que não passam de outras tantas paródias à Ciência Cristã legítima, abrasada de Amor divino" (p. 367).

Não, a prática da Ciência Cristã não tem nenhum paralelo na filosofia ficcional, bem-intencionada, do tipo Poliana, incentivando a todos para que simplesmente fiquem "alegres", sem explicar como isso pode ser conseguido e mantido, diante do enigma e da frustração humanos. Nem está a prática da Ciência Cristã fundamentada na sugestão mental, encantamento ou auto-hipnotismo, como meios de se obter saúde e paz. Para o aflito e desencantado, a Ciência Cristã não oferece palavreados vazios, slogans triviais ou sermões afáveis que não trazem nenhum alento ou tranquilidade. Tampouco o Cientista Cristão obtém sua esperança, expectativa e convicção meramente dando as costas para o mal. Ele não imita os dois caçadores retratados no desenho de uma revista popular, em que, perdidos em uma selva sem armas e confrontados por um animal selvagem gigantesco, um caçador grita cheio de medo para o outro: "Vamos apenas fechar os olhos e esperar. Talvez o animal vá embora". Pelo contrário, a "razão da esperança que há" no Cientista Cristão está fundamentada na compreensão espiritual que, conforme as palavras de Tiago: "...Muito pode, por sua eficácia a súplica do justo" (5:16).

Sobre esse fundamento consagrado da oração, do pensamento e da ação, a esperança inerente da Ciência Cristã não esmorece nem falha diante de algum teste, qualquer que seja sua profundidade e ponto de apoio. Certa vez, um amigo imerso em teorias médicas, e temeroso da propaganda dessas teorias, perguntou a um estudante de Ciência Cristã: "O que você faria se fosse confrontado por uma doença grave"? Sem aceitar a pergunta como um desafio pessoal, nem por um momento, o estudante respondeu humildemente: "Ora, apenas ficaria grato porque poderia me afastar, com confiança e compreensão, dos limitados recursos humanos e me volver aos recursos espirituais e infinitos de Deus. Também ficaria grato porque a mesma oportunidade está sempre disponível para todos aceitarem, particularmente para aqueles a quem seus médicos dizem que a doença não tem remédio ou que é incurável".

Nesse ponto, um pesquisador, desinformado a respeito da Ciência Cristã e seus ensinamentos, poderia perguntar: "Mas como posso esperar ou sentir a expectativa do livramento de Deus, quando a Divindade é para mim somente um nome ou um símbolo e quando é tão óbvio que o vazio, o desespero, a incurabilidade, a frustração e a sombria resignação ao mal acorrentam a mim e a muitos outros como eu? O que há que indique que o Deus que nunca realmente conheci está sequer ciente das minhas necessidades ou daquelas da humanidade? O que há para se ter esperança"?

Aqui a Ciência Cristã prontamente apresenta a disponibilidade da esperança duradoura e a explica em termos que podem satisfazer verdadeiramente ás necessidades, porque ela é racional e pode ser imediatamente aplicada. Nossa Líder declara em Ciência e Saúde: "O racionalismo espiritual e o livre pensamento acompanham a Ciência que se aproxima e não podem ser reprimidos" (p. 223). Agora, a pessoa que está buscando descobre que o desabrochar da compreensão espiritual em sua consciência desperta a esperança de livramento por meio da percepção da realidade divina, em contraste com os falsos conceitos materiais de qualquer nome ou natureza. Portanto, a esperança na Ciência Cristã se torna tão racional como o esclarecimento inteligente, tão realista como a convicção positiva, tão substancial como os frutos que seguramente se seguirão para aqueles que se volvem ao Senhor sem reservas, em busca de livramento, ao Deus cuja natureza sagrada e perfeita a Ciência Cristã revela àqueles que O amam.

Mesmo os médicos de hoje encorajam os doentes a terem esperança e bom ânimo. O doente, em tais circunstâncias, talvez pergunte: "Ter esperança em quê, e ter bom ânimo sobre o quê"? A resposta é: "Em nada e sobre nada, enquanto o materialismo e a mortalidade limitarem cegamente as fronteiras da nossa expectativa do bem". Mas a esperança é certeza espiritual e nos sobrevém quando a consciência pura e confiante se volve para o reino infinito do Espírito, da Mente, e para a realidade divina.

A esperança é certeza espiritual e nos sobrevém quando a consciência pura e confiante se volve para o reino infinito do Espírito, da Mente, e para a realidade divina.

O Cientista Cristão consagrado seria o primeiro a reconhecer que existe pouca esperança para os homens se essa estiver apoiada só no sentido material e em um conceito de existência errática, totalmente dentro do período coberto pelo nascimento, crescimento, maturidade, morte e dissolução mortais. Contudo, ao mesmo tempo o Cientista Cristão afirma que de fato existe esperança abundante, livramento e redenção seguros, na saúde, no lar, no caráter, no meio ambiente, no suprimento, no trabalho e em todos os relacionamentos humanos, para aqueles que conhecem a Deus como Espírito e que contemplam o homem e o universo como Seu reflexo espiritual perfeito.

Por que a esperança sincera e cheia de propósito de estadistas e humanistas sérios, não se concretiza em manifestações mais animadoras da unificação progressiva de nações, grupos, comunidades e organizações de seres humanos? Não seria porque essa esperança, por mais sincera que seja, ainda assim lida com homens e nações que têm sua base no sonho mortal, temporal da existência material e na crença perniciosa de muitas mentes, ao invés de estarem fundamentadas nos termos da Mente única infinita, Deus, e Suas ideias infinitas, incluindo o universo e o homem? Aquele que compreende isso na Ciência Cristã, também compreende que existe a mais completa justificativa, não somente para a esperança, mas para a fé absoluta, que conduz à compreensão espiritual do destino verdadeiro e indestrutível que espera homens e nações, isto é, a beleza da santidade, a bondade perceptível de Deus.

Então, nossa primeira necessidade obrigatória e nosso ponto de vista inevitável a respeito da esperança, é começar a perceber a bondade de Deus conforme revelada à humanidade por Mary Baker Eddy nos sete termos sinônimos que expressam Sua natureza e totalidade divinas: Mente, Alma, Espírito, Princípio, Amor, Verdade e Vida. Se tomarmos a verdadeira natureza de Deus como sendo a única e indivisível, o EU SOU O QUE SOU revelado a Moisés, não sobra mais nada a não ser a bondade e a perfeição do nosso Pai-Mãe Deus e Seus recursos infinitos sobre os quais fundamentar nossa expectativa confiante. Como pode isso alguma vez deixar qualquer pessoa sem esperança ou desamparada, se essa pessoa começar agora a orar diariamente para a obtenção da compreensão espiritual e da consciência da realidade eterna?

O leitor alguma vez sentiu qualquer coisa menos que orgulho, satisfação e confiança ao recomendar aos outros um amigo rico e confiável, de grande caráter e proficiência moral? Então, com muito mais certeza e um profundo senso de privilégio, podemos trazer esperança ao doente, ao necessitado e ao desesperado, quando recomendamos a eles o Próprio Deus sem sentir nenhuma responsabilidade pessoal ou qualquer reserva com relação ao resultado da nossa ação!

O trabalhador sincero na vinha da Ciência Cristã está vivamente ciente da oportunidade e desafio implícitos em seu esforço diário, em espírito de oração, de deixar a luz que brilha diante dos homens mediante suas palavras e ações, ser traduzida em esperança para todos cuja vida toca a sua, em sua experiência cotidiana. Naturalmente, a única medida da eficácia desse trabalho está na fidelidade de nosso propósito sincero de viver uma vida que abençoa os outros com sua devoção espiritual, em vez de somente com palavras. Mais de uma vez o articulista percebeu a necessidade de permanecer alerta para avivar a diminuta centelha de esperança em algum amigo talvez não familiarizado com a Ciência Cristã que, embora bem-disposto exteriormente, estava na verdade encobrindo um medo ou um pavor angustiante, na crença de que não havia nenhum remédio disponível. O resultado do meu estado de alerta foi a oportunidade de apresentar a Ciência Cristã a um bom número de pessoas que consideravam sua situação sem esperança e que acabaram testemunhando os bons frutos que resultou disso.

Em um desses casos, um colega de trabalho em um jornal diário estava acostumado a mencionar frequentemente a Ciência Cristã para mim de forma irônica, mas nunca recebeu uma resposta que desse margem a uma discussão. Certo dia, esse colega, muito preocupado e desanimado, repentinamente anunciou que seu médico havia acabado de informálo que ele sofria de uma doença incurável, declarando também que ele não mais conseguiria ganhar a vida na profissão de jornalista. Eu lhe disse calmamente: "Você está me contando isso agora para que eu possa lhe mostrar que existe esperança para você na Ciência Cristã"?

"Sim", respondeu meu amigo balbuciante, "não tenho mais ninguém a quem recorrer".

Dentro de poucas horas, ele estava seguindo as orientações que lhe foram dadas: visitou uma Sala de Leitura, obteve ajuda em oração de uma Praticista da Ciência Cristã e foi curado. Hoje, vinte e seis anos mais tarde, ele é um jornalista saudável e bem sucedido.

Quão confiantemente pode o Cientista Cristão ativo cantar a canção da convicta esperança, dada aos homens no Salmo (42:11): "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu".

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