Tudo começou como uma diversão, com o pensamento errado de que o álcool e as drogas poderiam me proporcionar um melhor momento, uma gargalhada mais alegre, um momento inesquecível com meus amigos.
Recordo o primeiro dia em que fumei maconha. Os risos fluíam de todos os lados, mas também o descontrole e a perda de domínio de todo o meu corpo. Caminhamos pela rua daquele balneário como “zumbis”, sem direção, as pernas descontroladas e um riso louco.
Tudo parecia ser um bom momento, mas no outro dia pude sentir o verdadeiro efeito das drogas. Cansaço, relutância, apatia e um mal-es-tar insuportável [a palavra “ressaca” é usada para bebida]. O único modo de sanar esse dia era continuar consumindo a droga. Era o que eu fazia.
Às vezes parava, para conseguir estudar, mas sempre com a vontade e o desejo de que chegasse o fim de semana, para poder me juntar com amigos para fumar ou beber. Entretanto, depois de um tempo essas drogas já não me divertiam, e comecei a provar outras. Cheguei a gastar muito com cocaína e até roubar dinheiro de minha família.
Passaram-se os anos e consegui me livrar do consumo de cocaína, mas continuei com o hábito de fumar maconha. Era o escape para meu pobre progresso, tanto trabalhista e familiar, como espiritual. Estava afundado na depressão, devido ao desemprego, e à má relação com minha família e com meu próprio corpo.
Como minha mãe já estudava a Ciência Cristã havia vários anos, comecei a me interessar por essa Ciência, na busca de uma solução para os meus problemas.
Ao estudar a Bíblia e o livro Ciência e Saúde e compreender alguns conceitos metafísicos, houve uma mudança em meu pensamento, mas não pude, de princípio, liberarme dos vícios. Foi uma luta árdua, com muitos altos e baixos. Não me sentia firme em nenhum lado, trilhava dois caminhos. Foram momentos de muitas dúvidas e escuridão.
Persisti nos estudos da Ciência e fiz o Curso Primário de Ciência Cristã. Durante o curso, compreendi melhor a Deus e minha relação com Ele.
Tive um grande progresso depois desse curso, o que me levou a tomar a decisão de abandonar por completo as drogas. Não foi em seguida, demorou alguns meses, nos quais se iniciou a verdadeira transformação, o que vejo como o que Mary Baker Eddy definiu em Ciência e Saúde como quimicalização mental: “...quimicalização é a efervescência que se produz quando a Verdade imortal está destruindo a crença mortal errônea. A quimicalização mental traz à tona o pecado e a doença, obrigando as impurezas a desaparecerem, como no caso de um líquido em fermentação” (p. 401).
Certa vez, comecei a pensar em minha infância. Recordei o menino alegre, puro e inocente que eu era e compreendi que eu nunca havia deixado de ser e sempre serei puro, inocente e alegre, como Deus me criou. Consegui dizer “basta” e começar a viver sem as drogas e a desfrutar os esportes, a natureza, a família e minhas atividades.
Logo em seguida, consegui também um emprego em uma escola para ensinar teatro a meninos, e me vi constantemente rodeado de belas ideias espirituais, que transmitiam tanto amor e inocência!
Agradeço a Deus pela nova compreensão de que somos Seus filhos amados, puros e livres, e de que vivemos no infinito sustentador. Já faz mais de um ano que estou livre de drogas e nunca me senti tão alegre e feliz em minha vida. O melhor prazer é vivenciar o Amor divino e saber que ao elevar-nos ao céu, jamais cairemos.
Um abraço a todos!
Anibal
O Anibal colocou-se a disposição para ajudar os jovens que estão passando por uma situação semelhante. Quem quiser entrar em contato com ele para conversar e receber apoio e ajuda é só enviar um email para escoladominicalcs@gmail.com que seus dados de contato serão encaminhados para você.
