No ano passado, meu marido e eu fomos convidados para ser padrinhos de casamento de meu cunhado. Como os familiares da noiva não moram em São Paulo, a cerimônia se realizaria na cidade dos pais dela, em outro estado.
Gratos pelo convite e animados com a oportunidade, fizemos todos os preparativos necessários. Mas, meu marido me informou que, devido ao seu trabalho, viajaríamos apenas no dia do casamento, e que seria uma viagem longa. A cerimônia seria às 19h00 e, como não havia voo direto, seria necessário conexão com três aviões.
Saímos de madrugada para o aeroporto e, enquanto aguardava na fila para fazer o check-in, comecei a me sentir mal. Uma inquietação tomou conta de mim e um turbilhão de perguntas me veio à mente: “Será que vai dar tempo de chegarmos para a cerimônia? Como seriam o lugar, as pessoas, a comida? Como seríamos recebidos pelos parentes da noiva? O que ocorreria se um dos aviões atrasasse”? Esses pensamentos me contagiaram e a indisposição piorou. O medo do desconhecido se transformou em uma desagradável sensação de que talvez não devêssemos ter aceito ser padrinhos, embora soubesse que seríamos os únicos parentes de meu cunhado presentes no casamento.
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