Vivíamos juntos em um ecovilarejo localizado nas Terras Altas da Escócia, encravado na encosta elevada de uma montanha na face sul, com vista para um extenso lago que refletia o céu. Estávamos estabelecendo uma comunidade alternativa, trabalhando no sentido de construir uma vida autosustentável e com desperdício zero.
Esse foi nosso lar durante alguns meses, para mim, e outras pessoas, independentemente de, na ocasião, minha identidade estrangeira estar definida não pela cidadania, mas em função de minha natureza ascética. Desde que me formara na faculdade, andava errante por várias partes do globo, refugiando-me na solidão humana e nas paisagens selvagens. Minha identidade espiritual haiva se tornado um tanto obscura devido à estrita observância dos ideais de Henry David Thoreau [Filósofo americano, criador de um estilo de vida não-conformista e individualista, precursor do desenvolvimento de uma consciência ecológica e do movimento verde – Wikipédia]. Eu interpretava erroneamente individualidade como não-conformismo, e essa não-conformidade como resistência às influências sociais.
Em vez de me identificar com verdades espirituais insondáveis, eu aceitava o quadro humano material como se fosse a identidade verdadeira. Ao me mudar para o ecovilarejo, buscava encontrar companheiros ambientalistas com quem pudesse me identificar. Com o tempo, acabei descobrindo uma identidade espiritual ilimitada.
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