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Descubra constância em sua carreira

Da edição de maio de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Sentinel


Diz-se que hoje em dia uma pessoa comum pode desenvolver variadas carreiras durante sua vida. Portanto, planejar pode ser difícil. As coisas mudam a um ritmo acelerado e as empresas evoluem; empregos são definidos e redefinidos; cargos são preenchidos e eliminados; indústrias inteiras desaparecem praticamente do dia para a noite, enquanto outras emergem com a mesma rapidez; e as universidades se readaptam constantemente para absorverem novos métodos e tecnologias de ensino exigidos.

Somam-se a isso as atuais estatísticas globais de desemprego que permanecem elevadas em muitos países, e as projeções para a taxa de recuperação que foram drasticamente reduzidas. Os números recentemente divulgados são preocupantes para os observadores, devido ao que eles sugerem para a economia global. Para qualquer pessoa que baseie suas expectativas de encontrar emprego nessas estatísticas, as perspectivas podem parecer funestas.

Mas, se olharmos além das estatísticas, pode haver algumas boas notícias. Competir por um emprego com muitos candidatos qualificados, como se fosse uma situação de perdedores versus ganhadores, realmente é algo alheio à nossa identidade criada e mantida por Deus. É útil começar com o fato espiritual fundamental de que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, conforme Gênesis 1 inequivocamente o declara. Cada um de nós tem seu próprio propósito e valor, inabaláveis e irreprimíveis, que estão ancorados na realidade espiritual e são representados em tudo o que fazemos.

Como a expressão contínua de Deus, nós “damos” ou expressamos inteligência, criatividade, integridade, e assim por diante

Como isso pode ser útil no mundo real? Compreender que temos um valor único, essencial, inspira coragem e discernimento, ajudando-nos a permanecer no rumo mesmo em meio a águas profundas. Quando estava com cinquenta e poucos anos, Winston Churchill foi demitido de suas funções junto ao governo britânico e permaneceu politicamente à deriva por quase dez anos. Mas, isso não impediu seu valor inato e inestimável de encontrar a necessária e poderosa expressão durante os anos difíceis da II Guerra Mundial. Ele certa vez escreveu: “Ganhamos a vida com aquilo que obtemos e construímos a vida com aquilo que damos”.

Então, o que nós damos? Como a expressão contínua de Deus (a Mente, a Alma, o Princípio divinos) nós “damos” ou expressamos inteligência, criatividade, integridade e assim por diante. Por conseguinte, quando os motivos para o nosso trabalho estão alinhados com a Mente, nós resolvemos as questões com coragem e de maneira sábia e, até mesmo, eliminamos inúmeros problemas em sucessão. Chegamos no horário onde somos necessários e trabalhamos o dia inteiro. Tratamos nosso trabalho como se ele fosse nosso próprio negócio, uma vez que ele realmente o é! Não consideramos ser esforço a mais quando temos de prolongar nosso horário de trabalho além do ajustado pelo salário. Nossa identidade, como a expressão de Deus inclui tudo o de que necessitamos, bem como um emprego lucrativo e útil.

O medo que acompanha o desemprego não ajuda no processo de encontrar nosso trabalho correto e de desempenhá-lo com êxito. O medo de que não encontremos um emprego ou de que alguém possa tomá-lo de nós e preencher nosso espaço, é eliminado quando compreendemos que nossa individualidade única inclui sua própria expressão e suprimento corretos, e nada jamais poderá nos privar deles ou nos manter separados deles, ou fazer com que continuemos em um emprego depois que já tenhamos superado nossas atividades diárias.

As qualidades de Deus permanecem constantes, úteis e adaptáveis

Além da aparência turbulenta da vida humana, as qualidades de Deus permanecem constantes, úteis e adaptáveis, qualidades tais como: honestidade, persistência, coragem, percepção, foco e disciplina. Essas qualidades refletidas sempre encontrarão oportunidades de expressão na trajetória da nossa carreira. São verdadeiramente “capacidades transferíveis”, que elevarão o nível de cada emprego que viermos a ter. A Bíblia diz: “O presente que o homem faz alarga-lhe o caminho e leva-o perante os grandes” (Provérbios 18:16).

Certo dia, logo após me formar na faculdade, dirigia ao longo da estrada Lakeshore Drive de Chicago, via a cidade à minha esquerda e o belo Lago Michigan à minha direita. Enquanto dirigia e avaliava o propósito que teria em minha vida, resolvi que deixaria que meu trabalho fosse estabelecido por Deus. Tinha a sensação de que ceder à orientação de Deus em minha carreira permitiria que meu trabalho fosse mais eficiente, mais útil e, provavelmente, mais agradável de uma maneira geral. Portanto, comecei a procurar trabalho dentro da indústria de artes gráficas, o que parecia lógico para mim na ocasião, e dei início ao processo com disciplina. Tinha um bom currículo e seguia todas as indicações. Também entrei em contato com um Praticista da Ciência Cristã para que me ajudasse em oração a me concentrar em meus esforços. Sabia que tinha valor e, de alguma maneira compreendia, mesmo naquela época, que meu talento individual único não estava em competição com o talento de qualquer outra pessoa.

Durante o processo, fui rejeitado por muitos empregadores, inclusive alguns, em cujos empregos eu estava realmente interessado. Mas, minha busca continuava de forma meticulosa, ativa e cheia de esperança. Finalmente, aceitei um emprego bem menos atraente do que eu esperava e que pagava muito menos também. Mas, parecia ser o passo correto a dar, e assim comecei a trabalhar. Durante minha primeira semana de trabalho, uma agência de propaganda que havia visto meu currículo pediu que eu comparecesse para uma entrevista. Disse-lhes que já havia aceitado um emprego e que não estava mais disponível. Mesmo assim, eles perguntaram se eu poderia me encontrar com o presidente da agência no sábado e eu fui. Ele me mostrou as instalações do setor de artes gráficas, as quais eram maravilhosas. A agência tinha tudo o que eu desejava, escritórios elegantes no centro da cidade, clientes interessantes, muito para aprender, etc. Então, ele me fez esta declaração: “Apenas me diga quanto eu tenho de lhe pagar para que você mude de ideia”.

Deixaria o Princípio me levar adiante no próprio ritmo do Princípio

Uma semana antes, eu teria apertado sua mão e aceitado a oferta sem hesitar. Ela certamente parecia ser a melhor das situações. Meu atual empregador não havia investido muito em mim ainda, e eu não havia assinado um contrato. Não teria sido inconveniente demais. Havia trabalhado lá por apenas cinco dias.

Mas, à medida que avaliava a situação em oração, concluí que não foram considerações humanas que me guiaram. Havia anteriormente resolvido deixar Deus guiar minha carreira. Além disso, fora somente por meio da oração que eu havia aceitado o emprego que tinha no momento. Portanto, teria sido um erro? Precisava corrigi-lo? Teria eu em realidade confiado em Deus completamente para me guiar? Levou apenas um segundo para que compreendesse que eu realmente tinha uma confiança completa em Sua orientação para mim. Consequentemente, achei que permaneceria com as tarefas que Deus já havia designado para mim e que deixaria o Princípio me levar adiante no próprio ritmo do Princípio. Agradeci ao presidente da agência, recusei educadamente a nova oferta e nunca olhei para trás.

Durante cinco anos trabalhei nesse emprego, progredindo firmemente, desenvolvendo habilidades úteis e sistemas eficientes, e gravitando rumo a um cargo de gerência. No primeiro ano em que trabalhei ali, a empresa se mudou para um edifício inteiramente novo e durante o período de cinco anos de trabalho naquela empresa meu salário triplicou.

Se deixarmos a Mente divina agir, veremos cada detalhe de nossa carreira se desdobrando de forma maravilhosa

Finalmente, senti que havia chegado o mais longe que podia ali e comecei a pensar que podia fazer mais. De novo, com confiança, orei e deixei que Deus me guiasse. De alguma maneira, uma descrição de funções de um emprego chegou às minhas mãos e, enquanto a lia, eu, de certo modo, “reconheci-a” como o meu emprego. Era como se tivesse sido escrita para mim. Não estava particularmente ansioso por fazer esse trabalho, porque parecia que ele iria exigir muito de mim, como também envolvia mudar de cidade, mas, mesmo assim, eu estava disposto a aceitar. Consequentemente, depois de uma série de entrevistas (e muita consagração em espírito de oração!), eu estava a caminho.

Portanto, ao invés de simplesmente planejar uma carreira, talvez seja mais útil começar com um objetivo, ou seja, uma ideia geral das qualidades espirituais a expressar e a ver expressadas, e com um conjunto de valores de referência. Então, o trabalho que fazemos poderá satisfazer às necessidades do momento, enquanto que a orientação nunca varia, mas constantemente aponta para Deus, nosso “verdadeiro Norte”. Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy compartilha isto sobre sua própria jornada: “A descobridora da Ciência Cristã acha menos difícil o caminho, quando tem a meta elevada sempre presente em seus pensamentos, do que quando conta seus passos no esforço de alcançá-la. Quando o objetivo é desejável, a expectativa acelera nosso progresso” (p. 426).

Se pudermos sair do caminho e deixar a Mente divina agir, descobriremos cada detalhe da nossa carreira se desdobrando, se desenvolvendo, de forma maravilhosa: a sincronia perfeita, harmoniosa; a remuneração satisfazendo nossa necessidade; e as experiências recompensadoras, sempre nos preparando para o que vem a seguir.*

Artigo originalmente publicado na edição Christian Science Sentinel.

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