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Original para a Internet

A liberdade e as capacidades ilimitadas da mulher

Da edição de março de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 2 de janeiro de 2018.


Assisti recentemente a um filme da BBC sobre as irmãs Brontë: Charlotte, Emily e Anne, que eram inteligentes e criativas e escreviam livros, como forma de exercer seus talentos e também ganhar a vida. Lembrando, Charlotte escreveu Jane Eyre e Emily escreveu O Morro dos Ventos Uivantes. No entanto, devido ao ambiente social na Grã-Bretanha do século XIX, elas se sentiram compelidas a publicar seus romances sob pseudônimos masculinos. 

Essas mulheres foram contemporâneas de Mary Baker Eddy. Embora elas vivessem do outro lado do oceano, as circunstâncias nos aspectos sociais, políticos e legais eram semelhantes. A Sra. Eddy enfrentou a mesma cultura de oportunidades limitadas para as mulheres, que não podiam ter propriedades, votar, ou exercer o pátrio poder sobre os próprios filhos. Às mulheres era atribuída uma capacidade intelectual muito limitada e havia o receio de que, se o intelecto de uma mulher fosse colocado à prova, ela sofreria um colapso mental. Durante séculos, as mulheres foram consideradas testemunhas pouco confiáveis nos tribunais. 

Esses problemas e preconceitos já foram superados na maioria dos países, mas eles eram brutalmente restritivos no século XIX. Apesar disso, a Sra. Eddy foi poderosamente inspirada a dar a conhecer a revelação da Ciência Cristã que ela recebera de Deus, através dos ensinamentos da Bíblia e de Cristo Jesus. Aliás, ela considerava ser responsabilidade sua compartilhar essa interpretação espiritual das Escrituras, a qual tem abençoado muitas pessoas em todo o mundo há mais de um século e meio, conforme documentado por milhares de artigos e testemunhos de cura publicados nos periódicos da Ciência Cristã. 

A Sra. Eddy não se considerava menos inteligente do que um homem, porque ela sabia que Deus era a fonte de sua inspiração. Ela compreendia integralmente a verdade contida na declaração de Paulo, em Filipenses 2:13: “...Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.

Embora as circunstâncias para as mulheres tenham melhorado muito desde o século XIX, ainda existem pressões sociais que desestimulam as mulheres a assumirem papéis de liderança ou até mesmo a expressarem seu ponto de vista sobre negócios, política, religião, e outros campos tradicionalmente dominados por homens. Mesmo hoje, a mídia e algumas pessoas em posições proeminentes nos transmitem a mensagem de que o valor da mulher se baseia mais em sua juventude e atratividade física do que em seu intelecto e realizações.  

Compreendi quão errado seria passar a vida sem reconhecer as curas que eu havia vivenciado por meio da confiança na Ciência Cristã.

Em minha própria experiência, tendo crescido em meio à expectativa de que as mulheres escutassem mais e falassem pouco, precisei superar uma persistente insegurança que tornava quase impossível compartilhar com outras pessoas meu amor a Deus. Eu me sentia inferior e duvidava que as pessoas realmente desejassem ouvir o que eu tinha a dizer, portanto, relutava em falar sobre meus pensamentos mais profundos sobre o assunto mais importante para mim: a Ciência Cristã. Mas o desejo crescente de abençoar outras pessoas me motivou a superar essa sufocante percepção equivocada sobre minha capacidade.

Gradualmente, à medida que afirmava em oração minha identidade espiritual verdadeira como a reflexão, o reflexo, de Deus, o senso mortal, limitado, a respeito de mim mesma, deu lugar à compreensão de minha plenitude e propósito divino. Compreendi quão errado seria passar a vida sem reconhecer as curas que eu havia vivenciado por meio da confiança na Ciência Cristã. 

O desejo de honrar a Deus, como a Bíblia nos orienta: “Engrandecei o Senhor...” (Salmos 34:3), mudou meu enfoque, mudou de um falso senso de identidade como mortal definida pelo gênero e classe social, para um senso de Deus como a fonte irrestrita de toda comunicação. Ao orar para expressar os pensamentos vindos de Deus, encontrei grande estímulo nesta declaração da Sra. Eddy: “O homem é a imagem e semelhança de Deus; tudo o que é possível a Deus, é possível ao homem como reflexo de Deus. Por meio da transparência da Ciência, aprendemos isto, e o recebemos: aprendemos que o homem pode cumprir as Escrituras em todas as circunstâncias; que, se ele abrir a boca, receberá as palavras que tem de dizer — não por ter aprendido nas escolas, nem por erudição, mas pela capacidade natural de expressar a Verdade, capacidade a ele já conferida por reflexo” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 183). 

Essa ideia me proporcionou a confiança necessária para começar a compartilhar livremente minhas curas durante as reuniões de testemunhos das quartas-feiras, na minha filial da Igreja de Cristo, Cientista. Comecei também a escrever para os periódicos da Ciência Cristã, uma das atividades mais gratificantes da minha vida. 

O versículo 17 do Salmo 94 descreve minha gratidão a Deus por essa recém-encontrada liberdade: “Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio”. O medo e a apatia provenientes de um senso de vida mortal, limitado, ou seja, uma vida separada de Deus, não pode silenciar o espírito do Cristo em nós, uma vez compreendida a verdade sobre nossa união com o Amor divino. Como está escrito em 1 João: “O perfeito amor lança fora o medo” (4:18). 

Ao assistir à história das irmãs Brontë, e principalmente refletindo sobre as inspiradas realizações da Sra. Eddy, contemporânea delas, fiquei grata pelos bons exemplos de real feminilidade que elas apresentaram, conduzindo sua vida de maneira honrada e a serviço dos outros. Cada uma à sua própria maneira superou limitações monumentais e elevou o pensamento da humanidade a respeito das capacidades ilimitadas da mulher e do papel extraordinariamente importante que ela desempenha em benefício da humanidade.

Sou muito grata por esses exemplos corajosos que me inspiraram a desafiar os temores que me paralisavam. Sei que o crescimento contínuo na compreensão da verdadeira identidade da mulher eliminará toda resistência que ainda possa permanecer. Conforme observou a Sra. Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Quando aprendemos que o erro não é real, ficamos preparados para o progresso, esquecendo-nos ‘das coisas que para trás ficam’ ” (p. 353).

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