Sou grata pelas oportunidades que tenho de provar que, quando prestamos atenção à orientação de Deus e a seguimos, vivenciamos a proteção divina. Eu me lembro de um exemplo disso que se deu durante um evento de que participei como representante do meu país, em uma reunião internacional em outro país. Como parte do programa, fomos convidados a um jantar tradicional, preparado em panelas de barro. A comida era deliciosa e todos estavam se divertindo muito.
Entretanto, depois de alguns minutos, eu senti de repente que devia parar de comer. Foi uma sensação tão forte que eu fiquei em dúvida se tinha sido um pensamento meu, ou se eu tinha ouvido algum anúncio pelo alto-falante. Olhei ao redor para ver se os outros convidados estavam parando de comer, mas todos estavam comendo com gosto. Portanto, não dei atenção àquele pensamento e continuei a comer. Quase de imediato, veio de novo a ideia de eu deixar meu garfo no prato. Mais uma vez, não dei atenção. Então, me veio claramente o pensamento de que a comida estava contaminada. Dessa vez foi tão marcante que imediatamente parei de comer e comecei a orar, como eu havia aprendido no estudo da Ciência Cristã.
Vieram-me muitas ideias elevadas e passei o resto do jantar orando silenciosamente. Principalmente, o que me tranquilizou foi a frase do livro Pulpit and Press [O Púlpito e a Imprensa], escrito pela Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, que diz: “Sabei, então, que possuís poder soberano para pensar e agir corretamente e que nada poderá desapossar-vos dessa herança e violar o Amor” (p. 3).
Afirmei que, como ideia espiritual que reflete a Mente divina, eu podia pensar corretamente, naquele momento, ali mesmo. Isso significava rejeitar a sugestão errônea de que o alimento tivesse o poder de causar dano. Raciocinei que, se eu acreditasse que o corpo pode ser governado pela crença errônea de intoxicação alimentar, eu não estaria “agindo corretamente”. Então, eu tinha autoridade para desafiar e destruir toda sugestão de alguma condição errônea do corpo, mediante a lei espiritual de saúde e harmonia ininterruptas.
Muitas provas anteriores do amor e do cuidado onipresentes de Deus haviam me ensinado que podemos sempre confiar no Amor divino para nos manter protegidos e saudáveis. Além disso, refleti sobre esta instrução da Sra. Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Toma posse de teu corpo e governa-lhe a sensação e a ação. Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a capacidade e o poder divinamente outorgados ao homem” (p. 393). Isso me acalmou e me animou. Mentalmente, argumentei que a lei de Deus, e não o corpo, é que estava no controle e que nada, nem mesmo a comida, poderia controlar o corpo de forma nociva.
Ciência e Saúde oferece muita orientação sobre o tema da comida e da saúde, tal como esta pergunta: “Se os mortais pensam que a comida possa perturbar as funções harmoniosas da mente e do corpo, é preciso ou abster-se da comida, ou abandonar esse modo de pensar, visto que a penalidade está associada à crença. Qual é a decisão certa?” (pp. 388–389). Eu sabia que tinha chegado a hora de abandonar aquele pensamento apreensivo de que a comida poderia talvez causar distúrbio à nossa saúde.
Mais tarde, naquela noite, de volta ao meu quarto de hotel, comecei a não me sentir bem. Imediatamente declarei que as verdades espirituais com as quais eu havia orado anteriormente eram eficazes e que a necessidade daquele momento já estava atendida. Sempre gostei muito desta estrofe do hino de Mary Peters, que nos assegura que:
“Quando no Amor confiamos
E em Deus nos apoiamos,
A Verdade, o bem vem dar-nos,
Vai tudo bem”.
(Hinário da Ciência Cristã, 350, adapt.
e trad. © CSBD)
Confiei em que o Amor divino estava ao meu lado, atendendo a essa necessidade e, portanto, eu podia cantar com regozijo e boa expectativa: “Vai tudo bem”. Dentro de poucos minutos todos os sintomas desapareceram e eu dormi tranquilamente a noite inteira.
Na manhã seguinte, funcionários do governo anfitrião estavam no saguão do hotel distribuindo remédios a toda a delegação, porque várias pessoas tinham sido levadas ao hospital durante a noite, com sintomas de intoxicação alimentar. Como a maioria dos representantes haviam relatado que passaram mal depois do jantar, os funcionários ficaram muito surpresos ao me verem completamente bem. Eles recomendaram que eu tomasse o remédio por precaução, mas eu consegui assegurar-lhes que estava bem e que continuaria bem. E assim foi. A cura foi completa e permanente.
Nosso amoroso Pai-Mãe Deus está sempre presente, nos protegendo e nos transmitindo a orientação que necessitamos e que podemos compreender. A oração e o estudo habituais capacitam cada um de nós a ouvir a voz de Deus e a seguir Sua orientação.
Desde que houve essa cura, meu pensamento tem se expandido a fim de compreender de modo cada vez mais claro que as verdades espirituais com as quais eu orei, naquela noite, são universais e são verdadeiras para meus colegas daquele jantar e para toda a humanidade, tanto quanto o foram para mim. O Amor divino não conhece fronteiras. Todos os filhos de Deus são eternamente amados e protegidos. A Sra. Eddy confirma isso com esta declaração na página 494 do livro Ciência e Saúde: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana”.
Maryann McKay
Lee’s Summit, Missouri, EUA
