Há mais de dois anos, senti um caroço no seio e liguei imediatamente para um Praticista da Ciência Cristã para que orasse por mim. Foi somente uns dois dias depois que me dei conta de que estávamos no mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama. Percebi como o grande número de laços cor de rosa, e muitos outros itens cor de rosa, haviam sutilmente me influenciado a pensar sobre essa doença, e compreendi como é importante tratar disso por meio da oração.
Comecei a entender e a afirmar em oração a minha verdadeira feminilidade. Tinha de compreender claramente que, embora eu talvez ficasse tentada a acreditar nas sugestões mentais a respeito da doença, meu verdadeiro existir, completamente espiritual e originado em Deus, jamais poderia realmente ser tocado pela doença. Tive algumas inspirações com o estudo dos escritos e hinos de Mary Baker Eddy, inspirações essas que foram anotadas em um caderno de ideias sanadoras que eu mantenho.
Sabia que precisava tratar do assunto em meu pensamento, e que meu corpo corresponderia. Eu queria compreender mais claramente minha natureza espiritual, portanto, procurei na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy significados espirituais para as palavras que se relacionavam a seio, maternidade e feminilidade, com a ajuda de um programa de computador (Concord), e das concordâncias impressas.
No Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escriturasda Sra. Eddy, vi que as definições espirituais de Tumim(“perfeição”) e Urim(“luz”) eram um ponto de partida fundamental. Ambas se referem às pedras que deviam ser penduradas no peito de Arão (o sumo sacerdote) e o significado espiritual delas, dado no Glossário é “a santidade e a purificação do pensamento” (pp. 595, 596). Tomei isso como lembrete para refletir sobre como eu verdadeiramente expresso perfeição e luz espirituais, e sobre como eu poderia me empenhar em expressar santidade para purificar meus pensamentos e ações.
Ler e estudar a Lição Bíblica Semanal do Livrete da Ciência Cristã, composta de trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde, proporcionou-me uma base sólida sobre a qual edificar. Toda semana, eu me sentia iluminada com as novas ideias que se relacionavam à minha situação. Por exemplo, o Salmo noventa e um me proporcionou conforto e paz. As Lições têm um valor inestimável! No site JSH-Online.com encontrei curas obtidas por meio da Ciência Cristã, que me mostraram quantas pessoas, antes de mim, já haviam enfrentado esse desafio, haviam orado e encontrado a cura completa.
Eu sabia que seria curada. Por quê? Eu já vivenciara curas antes, e sabia, por meio do meu estudo da Ciência Cristã, que há apenas uma Mente, Deus, que é realmente a única causa verdadeira. Cada um de nós é criado por Deus e é uno com Ele, e esse laço é indestrutível e inalterável. Declarava diariamente que eu “não me desvio da verdade, sou incontaminada e livre de hipóteses humanas”. Essa afirmação parafraseia a nota explicativa que consta no Livrete Trimestral da Ciência Cristãe se refere à Lição Bíblica lida nos cultos da Ciência Cristã todos os domingos. Eu sentia que a verdade dessa afirmação se aplicava também à minha identidade espiritual. Foi nessa afirmação que eu realmente me mantive firme em minha oração. Busquei diariamente crescer em minha compreensão espiritual.
Certo dia, me dei conta de que minha oração não era apenas para mim. Percebi que, à medida que eu crescia espiritualmente, demonstrava a verdadeira feminilidade e contribuía de maneira modesta para curar essa crença de doença em toda a humanidade,
Eu precisava ver que não era a “minha” crença de câncer, e que eu não deveria pensar nela como algo pessoal. As crenças errôneas são completamente impessoais. O câncer é uma alegação que não tem nada a ver com o homem de Deus, e nela não existe nenhuma verdade. Manter-se firme na verdade espiritual dissolve crenças errôneas. Meu pensamento passou de uma visão pessoal, centrada em mim mesma, para uma ilimitada visão do feminino, isenta de ego, e para uma maior compreensão a respeito da irrealidade dessa doença, mas eu precisava crescer ainda mais nessa compreensão.
Lutava contra o medo e a dúvida quase que diariamente. Meu marido, que não é membro da igreja, me apoiava na forma como eu estava lidando com a situação, contudo, estava preocupado e queria que eu mantivesse todas as opções em aberto, ou seja, que eu buscasse tratamento médico, caso sentisse necessidade. Esse pensamento do “se” eu precisasse me deixou ansiosa. O problema físico persistia havia meses e eu estava desanimada.
Em determinado momento, achei que procurar um médico era o que eu deveria fazer. Pensei que, naquela noite, em um grupo de estudos de que participo, eu iria conversar com um conhecido que é médico, para marcar uma consulta. Entretanto, nunca tive a oportunidade de fazer isso, nem senti que seria apropriado. Quando pensei em realizar um exame médico, tive a certeza de que sou a imagem de Deus, o bem, e que não poderia haver nenhum problema a ser identificado. Eu era, na realidade, totalmente pura. Percebi que essa era a resposta a respeito do “se”, e que esse dilema mental estava curado.
Acho muito bom saber que Deus, a Mente divina, é quem governa realmente e não nós. Continuei com o tratamento pela Ciência Cristã com um praticista dessa Ciência por vários meses ainda, persistentemente trabalhando para demonstrar minha verdadeira identidade — a filha pura de Deus.
Em determinado momento, o caroço desapareceu, mas percebi, mais tarde, que eu não havia ainda aceitado mentalmente a cura total. Eu ainda prestava atenção a pensamentos sobre a doença e, ao examinar e reexaminar a matéria, eu estava consciente de questões correlatas que não pareciam estar bem. Precisava continuar a enfrentar a dúvida e os pensamentos ruins.
Certo dia, ao ler a Lição Bíblica, a seguinte afirmação de Ciência e Saúdeme chamou a atenção, como se tivesse sido escrita em neon: “Algumas pessoas cedem lentamente ao toque da Verdade. Poucas cedem sem luta, e muitas relutam em reconhecer que cederam; mas, a não ser que se faça essa admissão, o mal vai se vangloriar de ser superior ao bem. O Cientista Cristão se alistou para minorar o mal, a doença e a morte; e os vencerá por compreender que eles são o nada, e que Deus, o bem, é Tudo” (p. 450). Claro! Essa era a resposta às minhas orações.
Refleti e procurei compreender as ideias nessa citação. Percebi que precisava aceitar e reconhecer que a cura total estava acontecendo. Abri meu pensamento a essa revelação e abri mão de todo pensamento obscuro — de câncer, de dúvida, de não conseguir alcançar a demonstração e da falta de confiança na cura em geral. Eu precisava pôr de lado cada um desses pensamentos e ceder às mensagens de Deus.
Foi assim que a Verdade me libertou. Os erros no pensamento haviam sido destruídos, portanto, não poderiam persistir. Na manhã seguinte, tive a certeza e declarei com confiança: “Vai tudo bem!” Eu estava livre! Entendi que minha última preocupação sobre a cura estava esclarecida; eu sabia disso no meu íntimo. Pouco depois, todo sinal da doença desapareceu. A cura está completa há mais de um ano.
Sou muito grata pelo dom da Ciência Cristã, que revela e prova que Deus é nosso verdadeiro Médico. Sou muito grata por todos os que estudam e praticam essa Ciência e vencem as crenças humanas por meio da oração. Graças a cada prova de cura, nós contribuímos para a cura de toda a humanidade, não apenas para a nossa própria. Isso é grandioso!
Alice Chedister Ellis
Newport, Carolina do Norte, EUA
