A Ciência Cristã me encontrou por meio de uma colega quando eu estava enfrentando muitos desafios, por volta de 1993. Minha jornada espiritual começou com as curas de asma, problemas de relacionamento, problemas ginecológicos e com os dentes, preocupações com o trabalho, para citar alguns. Dentro de dois anos eu me tornei membro de uma Sociedade da Ciência Cristã na cidade onde eu vivia e membro de A Igreja Mãe, e depois de cinco anos fiz o Curso Primário da Ciência Cristã para aprender de forma mais completa sobre a cura pela Ciência Cristã.
O Sermão do Monte de Cristo Jesus no Evangelho de Mateus, na Bíblia, sempre tocou o meu coração. Gostava muito de lê-lo, mas achava alguns ensinamentos difíceis de praticar. Em 2007, tive uma oportunidade específica para pôr em prática algumas verdades desse Sermão e isso me aliviou do fardo de guardar rancor.
Fiquei magoada com a atitude de uma parente próxima. Eu me senti muito mal porque havia feito muito por ela em uma época de necessidade. Esse sentimento perdurou e enfim constatei que nunca mais queria falar com ela, quando ela telefonasse para nossa casa. Eu me senti justificada em rotulá-la como uma pessoa ingrata. Embora eu estivesse escondendo meus sentimentos, minha relutância de falar com ela tornou-se visível para os outros membros da família e um deles até comentou isso. Mas, nunca quis envolver ninguém, inclusive meu marido. Ao contrário, decidi curar o problema pondo em prática o que eu aprendera sobre o amor, depois que me tornei uma estudante da Ciência Cristã.
Estava determinada a curar completamente esse ressentimento. Agora que se tornara uma prática ler o Sermão do Monte diariamente, abri em Mateus neste meu versículo favorito que me ajudara muitas vezes a resolver problemas de relacionamento com meus amigos e colegas de trabalho: “... amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste” (Mateus 5: 44, 45).
Eu senti que essa minha parente havia me usado, mas aqui foi dito para orar por ela, pois ela é também uma filha do nosso Pai, Deus. Novamente a retidão própria começou a dominar meus pensamentos e dizer: “Como ela pode ser filha do meu Pai, pois eu sou sempre muito grata, e ela é tão ciumenta e competitiva?” Lutei mentalmente para perdoá-la e decidi escrever em uma folha de papel suas qualidades, semelhantes as de Deus. Fiquei feliz que pude escrever muitas.
Um dia, recebi uma linda mensagem angelical de que eu estava expressando gratidão, que como qualidade derivada de Deus é refletida pelos Seus filhos naturalmente e sem esforço. Também me lembrei da instrução dada na “Regra para Motivos e Atos”, do Manual da Igreja, de Mary Baker Eddy (p. 40). Nessa ocasião, orei mais diligentemente para me livrar de julgar e condenar erroneamente essa parente.
Depois de um mês orando com essas ideias, eu me senti tão leve, com se tivesse me livrado de um fardo. Uma noite, tive uma forte inspiração de pegar o telefone para falar com minha parente, apenas para um bate-papo e obedeci. Parecia que ela estava esperando meu telefonema; ela me disse que no passado hesitara em me perturbar com telefonemas, pois pensou que eu estava ocupada com meu escritório e com o trabalho da igreja, Nós duas estávamos felizes e decidimos nos encontrar em um futuro próximo. Foi o que fizemos e desde essa época temos nos encontrado muitas vezes
Sou muito grata pela eficácia das ideias encontradas no Sermão do Monte e por poder perdoar não somente minha parente, mas todos aqueles dos quais guardei rancor, e até esqueci o que eles disseram ou fizeram. Ainda me sinto leve e completamente aliviada desse fardo. De fato, sou grata pelo Curso Primário da Ciência Cristã, que me ensinou a confiar no poder da oração para resolver nossos problemas, aplicando a eles a Ciência divina. Depois disso, fui inspirada a deixar meu emprego e com muita gratidão me tornei Praticista da Ciência Cristã em 2010, com meu nome anunciado no The Christian Science Journal.
Poonam Likhi
Chandigarh, Índia